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PAINEL DO LEITOR
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Lula
"No time do "cara" é assim: sai
Marina, entra a bispa Hernandes."
CARLOS ALBERTO BÁRBARO (São Paulo, SP)
Maus companheiros
"Excelente coluna do Clóvis Rossi (Opinião, 5/9); deveria ser leitura obrigatória em lugares públicos,
para atingir os "mal informados"
deste país, inclusive o presidente,
que infelizmente não tem o hábito
da leitura (pois esta provoca-lhe
azia), e talvez relembre esta frase
antiga e verdadeira: "dize-me com
quem andas e te direi quem és"."
SONIA MARIA PIVA AMARO (São José do Rio Preto,
SP)
América do Sul
"Ideologias à parte, Álvaro Uribe
e Hugo Chávez no fundo se merecem. A ganância de poder fala sempre mais alto que a democracia."
GUILHERME FREITAS (São Paulo, SP)
Tributos
"Sugiro ao governo uma condição
inalienável para aprovar a CSS
[Contribuição Social para a Saúde]:
que nenhum membro dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário
tivesse suas contas de médicos, exames e internações pagas pelos impostos e que fossem obrigados a só
usar o SUS, já que a saúde pública
vai ficar tão boa."
MÁRIO A. DENTE (São Paulo, SP)
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"Estradas, segurança, educação,
saúde, quase tudo é terceirizado.
Por que não terceirizar o recolhimento dos impostos? Não seria
mais eficaz?"
FRIDOLINO FEHLAUER (Curitiba, PR)
Eleições
"A colunista Eliane Cantanhêde
"reclama" da maneira como o governo federal usa os programas sociais
visando as eleições do próximo ano
["A faca, o queijo e muito mais", 4/9].
Isso me leva a acreditar que esses
programas estão dando certo, ao
contrário do que se diz por aí, principalmente na imprensa. É legítima
a "alternância do poder" a que ela se
refere, mas como eleitora, sabendo
que tal alternância atende pelos nomes de José Serra, PSDB e DEM,
vou preferir o continuísmo por enquanto, o que também me parece
legítimo, ou não?"
MARA CHAGAS (São Paulo, SP)
Lei antifumo
"Nada contra a lei antifumo do
Estado de São Paulo. A saúde dos
não fumantes deve mesmo ser preservada. Acho curiosas as exceções,
no entanto, especialmente as cadeias e presídios. Pode-se argumentar que, sendo o estabelecimento a
ser multado, o próprio Estado arcaria com as multas, e o que é mais engraçado, haveria seu eventual fechamento por 30 dias ou mais em
caso de reincidências. Resulta disso
que cidadãos fumantes que respeitam as leis têm menos direitos que
criminosos, ou então que estamos a
punir os presos não fumantes com a
pena extra da possibilidade de câncer e outras doenças.
Mas me parece que, na verdade, é
a confissão explícita da incompetência de um Estado que não consegue mandar nem sequer dentro das
próprias prisões. Os presos decidem quais leis querem obedecer."
SERGIO PINHEIRO LOPES (São Paulo, SP)
Pré-sal
"É correta a decisão do presidente Lula de pedir urgência na tramitação das propostas de lei para o
pré-sal. Afinal de contas, com este
Congresso, tanto faz se são 90 ou
9.000 dias."
THOMAS HAHN (Cotia, SP)
![](http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
"É válida a opinião do deputado
Henrique Fontana ("Tendências/
Debates", 5/9), que defende o projeto visando a criação de uma estatal
petrolífera para a exploração dos
recursos do pré-sal, bem como a
partilha da produção entre os Estados da União.
No entanto, há uma pequena ressalva. O Brasil deve, sim, adotar um
sistema de exploração coerente das
reservas de petróleo para que tamanha riqueza não termine nas mãos
de acionistas e corporativistas estrangeiros, resultando em uma receita comparativamente pequena
para o país. Contudo, o gerenciamento do capital deve ser feito por
um órgão competente e confiável. A
criação de uma estatal direcionada
a esses fins pode levar à derrocada
de todo um projeto desenvolvimentista nacional, caso nossa estrutura
política não se recicle imediatamente, eliminando o fisiologismo
coronelista que reina no controle
das instituições do poder público.
Caso isso não aconteça, a "segunda independência do país", nas palavras do presidente Lula, pode virar
o maior reflexo da estrutura arcaica, ineficiente e patrimonialista da
política nacional."
GUSTAVO AZZALIS SCAIRATO (São Paulo, SP)
Sem-terra
"A foto que este jornal publica na
edição de 2/9 sobre a "reintegração
de posse da fazenda Southall" (Brasil) pela Brigada Militar do RS é
chocante. Observe-se o detalhe do
soldado no controle do cachorro
que salta sobre o prisioneiro que está em pé, mãos sobre a parte posterior da cabeça, à frente de uma fila
de corpos estirados uns sobre os outros como peças de dominó.
Não bastasse essa sinistra paródia de Abu Ghraib, 300 soldados
numa operação de guerra contra civis desarmados, um adulto morto,
um bebê atingido por estilhaço de
bomba, tortura a rodo. Tudo isso
onde, para evitar humilhações e
constrangimentos, não se algemam
grã-finos, Sarney e Virgílio ocupam
o centro do palco e o grande capital,
quando pisa na bola, é rapidamente
socorrido pelo Estado."
LÚCIO FLÁVIO RODRIGUES DE ALMEIDA (São Paulo,
SP)
Educação
"Costuma-se dizer que o melhor
secretário de Segurança Pública seria um bom secretário da Educação.
Sem dúvida, quando se educa bem
uma criança, depois não há necessidade de corrigir um adulto. Por outro lado, na grande maioria das conversas sobre educação, é muito comum, por comodismo, sempre pôr
a culpa no governo.
O culpado é sempre o outro! Depois de mais de 30 anos como professor universitário, dependurei as
minhas chuteiras porque é extremamente desgastante tentar ensinar para quem não quer aprender.
Em algumas escolas particulares de
ensino superior, existe aluno que tira zero, pede revisão de prova, e o
professor é obrigado a atender seu
pedido. Afinal o aluno está na coluna de receita e o professor está na
coluna de despesa. Um absurdo!
Sem cada um assumir suas responsabilidades, não há ensino de qualidade. O resto é balela!"
LUIZ ANTÔNIO DA SILVA (Ribeirão Preto, SP)
Engenharia
"Corroborando José Roberto
Cardoso, em "Escola de engenharia
em crise: tragédia" (Cotidiano, 4/
9), é realmente uma tragédia, não
só no campo das engenharias como
de outras especialidades.
Desde a década de 70, nada se fez
em matéria de ensino, principalmente no ensino básico.
Uma revolução na estrutura da
escola se faz necessária, para que os
alunos, ao terminarem o primeiro
grau, sejam orientados segundo
suas competências e interesses para o ensino médio, seja ele de base
humanística, científica ou tecnológica. A melhoria do quadro atual só
se fará a longo prazo, contando com
profissionais competentes, em
constante atualização e bem remunerados."
ANGELO SCHOENACKER (São Paulo, SP)
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