São Paulo, sábado, 07 de janeiro de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


São Paulo 1
"Anteontem, a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo informou à Folha que o material impresso distribuído aos jornalistas durante entrevista coletiva concedida na manhã do mesmo dia pelo secretário de Finanças, Mauro Ricardo Costa, tinha caráter ilustrativo e textos ainda não aprovados. Não podia, portanto, ser levado em conta como fonte de informação -até porque, como advertimos, o tal texto citado pela reportagem não estará no carnê do IPTU. O repórter sabia disso e, mesmo assim, ignorando o "Manual da Redação" da Folha, procurou criar um fato consumado, uma "tempestade em copo d'água", com a reportagem "Serra infla "realizações" em panfleto do IPTU" (Cotidiano, 6/1). Poderia ter economizado o espaço do jornal e o tempo dos leitores."
Sérgio Rondino, assessor de imprensa do prefeito José Serra (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Fabio Schivartche - Somente três horas após ser confrontada -por volta das 16h de anteontem- com os números divergentes é que a prefeitura disse que o texto divulgado à imprensa era "fake" (falso) e meramente ilustrativo. Pela manhã, quando distribuiu cópia do material aos jornalistas, o secretário municipal das Finanças, Mauro Ricardo Costa, disse que o folheto com o balanço da gestão José Serra era uma prestação de contas detalhada. Em nenhum momento disse que os dados estavam incorretos.

São Paulo 2
"A reportagem "Serra prioriza intervenções na região central" (Cotidiano, 5/1) usa critérios incoerentes para justificar seu título. Uma simples comparação do esforço envolvido em cada uma das realizações implantadas na periferia com as que ocorrem no Centro vai mostrar que a verdade é exatamente o contrário do que diz o título do texto, simplesmente porque a periferia é maior e mais carente. A própria reportagem "Subprefeituras investiram em recapeamento", na mesma página, cita que a prefeitura recuperou 330 km de vias públicas -a grande maior parte fora da região central. Mas isso não foi considerado pelo redator nem contabilizado no gasto per capita. A mesma reportagem volta a citar um dado completamente estapafúrdio sobre "verba per capita destinada às subprefeituras", que afirma que Pinheiros recebe mais verbas do que o M'Boi-Mirim. Por que Pinheiros é comparado com M'Boi-Mirim e não com Perus (periferia pobre da cidade), o primeiro em gastos segundo o quadro? Além disso, o leitor não é informado de que os dados não levam em consideração todos os gastos realizados pela prefeitura nessas subprefeituras através das outras secretarias de governo. Por exemplo, os investimentos em escolas novas para substituir as de lata, ou as reformas de postos de saúde, ou a construção e reforma de hospitais -obras essas realizadas principal, se não totalmente, nos bairros mais carentes. Assim, trata-se de aspectos parciais dos gastos que não são comparáveis. É incrível que a Folha publique um quadro composto por informações tão frágeis."
Ricardo Teixeira, chefe-de-gabinete da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Alencar Izidoro - A reportagem enfatizou que as novas intervenções foram concentradas na região central. O quadro aponta os gastos de todas as subprefeituras. O texto cita só um exemplo -e Perus era considerado pela pasta como um caso atípico por ter a menor população. Os dados são comparáveis e a reportagem diz que se trata de recursos das subprefeituras, e não de todas as secretarias do governo.

Aborto e tartarugas
"Em referência às notas "Mundo animal 1" e "Mundo animal 2" ("Painel", Brasil, pág. A4, 6/1), as frases retiradas do contexto deixaram dúbia a idéia exposta. O cerne do meu artigo "O Projeto Matar e o Projeto Tamar: o Aborto", publicado no site da OAB-SP, é o seguinte: se alguém destruir apenas um único ovo de tartaruga, comete crime contra a fauna, espécie de crime contra o ambiente (lei nš 9.605/93). O projeto que pretende descriminalizar o aborto, o projeto matar, dá mais importância à vida das tartarugas do que a do ser humano. Da forma como estava na nota "Mundo animal 2", fica parecendo que estou propondo a descriminalização da destruição de ovos de tartaruga, no entanto a frase tem mais um sabor de ironia."
Cícero Harada, conselheiro da OAB-SP (São Paulo, SP)

Caixa
"Estranha a posição do Tribunal de Contas da União, que, em relatório preliminar, tenta condenar a Caixa Econômica Federal e seu presidente, Jorge Mattoso, por operação que deu resultados positivos para a instituição -na compra de carteira do BMG- com o único argumento de que a operação foi feita em tempo recorde. O ilícito detectado é que a Caixa lucrou R$ 226 milhões. Isso é improbidade administrativa? Alegam que o BMG teve lucro na venda das carteiras. Então o resultado mais correto seria que ele tivesse tido prejuízo? Por que a empresa pública não pode ter agilidade e conseguir os resultados positivos obtidos por outra instituição privada, como o Itaú, que realizou operação semelhante? É tempo de caça às bruxas, no qual a mera disputa política se transforma em condenação prévia sem que os acusados, homens de bem, tenham tido qualquer possibilidade de defesa."
Paulo Teixeira, vereador pelo PT (São Paulo, SP)

Pato
"Tenho conversado com proprietários de automóveis bicombustíveis de diversas marcas e é um sentimento geral de que se trata de uma imitação do pato, que não nada direito, não voa direito e não anda direito. Veículos bicombustíveis não têm o rendimento de um carro a gasolina nem o desempenho de um carro a álcool. Os governos estaduais calculam o seu IPVA como se fosse movido a gasolina. Resultado: IPVA mais caro do que para o mesmo veículo a álcool. Para completar, a produção de cana-de-açúcar está na mão de fazendeiros que mais parecem aves de rapina. Tenho a impressão que o meu Ford Fiesta 1.6 Flex é o pior carro que jamais tive. Assina um desapontado consumidor da tecnologia genuinamente brasileira."
Pedro Frosi Rosa (Uberlândia, MG)

Salários da convocação
"É uma hipocrisia essa doação dos salários por quem não tem direito a eles por não trabalhar. Isso é cortesia com chapéu alheio ("Deputados doam salário extra a base eleitoral", Brasil, 4/1). Além de não trabalharem, usam o dinheiro para promoção pessoal em seus currais eleitorais, posando de bonzinhos."
Deraldo Fernandes Santos (Ribeirão Preto, SP)

Boas-festas
"A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels (São Paulo, SP); Victório Carlos de Marchi, AmBev - Cia. de Bebidas das Américas (São Paulo, SP); Odete A. Duarte, diretora de Comunicação Corporativa da Rhodia, e Roberto Custódio, Press Express Comunicação (São Paulo, SP); Pedro Novis, diretor-presidente da Odebrecht S.A. (Salvador, BA); Grupo Máquina (São Paulo, SP); Ronaldo Mourão (Rio de Janeiro, RJ).


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