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Cartões corporativos
"Eu gostaria de obter respostas:
por que o Planalto afirma que as informações sobre os cartões corporativos são confidenciais? Por que
seguranças da família Lula têm os
cartões se estes são para o alto escalão? Por que é permitido comprar
materiais de construção e aparelhos de ginástica com eles? Cadê a
relação dos saques de R$ 58 milhões em dinheiro nos caixas eletrônicos?
Eu, como cidadão que paga os impostos que patrocinam mais essa
farra do governo Lula, quero saber."
LUIS FERNANDO P. SANTOS (São Paulo, SP)
"Não é que eu recebi o meu jornal
nesta segunda-feira de Carnaval e
me assustei ao ler a notícia de que o
segurança da filha do presidente
tem um cartão corporativo?
Veja só, ninguém mais precisa estudar neste país. É só se filiar e ser
cabo eleitoral do PT que estará com
a vida -a própria e a de toda a família- garantida.
Aliás, esse cartão deveria se chamar "incorporativo"."
ADEMIR FRANCO DA CUNHA (São José dos Campos, SP)
"A série de trambiques armados
com esse tal cartão corporativo com
certeza vai ser um dia confirmada
como a maior dos últimos anos. Esse é o papo que rola solto em cada
uma das nossas esquinas.
O trabalhador ficou estático ao
saber que os seguranças da filha do
presidente usaram o cartão em locais onde não deveriam usar e esbanjaram dos cofres públicos mais
de cem salários mínimos.
E o povo ficou indignado ao saber
que o general Jorge Félix (do Gabinete de Segurança Institucional) e
Franklin Martins (ministro da Comunicação Social) são contrários à
divulgação das despesas com esses
cartões.
Mas o mais decepcionante de tudo é ver que Lula poderá tentar barrar a abertura de uma CPI liberando as diretorias da Eletrobrás, da
Eletronorte e da Eletrosul para partidos que só sabem legislar na base
dos conchavos."
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)
"Waldomiro Diniz, sanguessugas, mensalão, dinheiro na cueca e
agora os cartões corporativos. Milhões de reais de dinheiro público
desviados de forma desonesta e
com corrupção. Um escândalo atrás
do outro, e o governo Lula continua
firme e forte. Depois que o PT assumiu o poder, parece que os políticos
do Brasil aboliram a palavra "oposição" do dicionário.
E pensar que Collor foi cassado
por causa de uma merreca de uma
Elba -na época em que o PT fazia
uma oposição ferrenha e séria a todos os governos."
GILBERTO DE CAMARGOS CUNHA (Uberlândia, MG)
Universidade
"Estou bem desconfiado de que o
doutor Naomar de Almeida Filho,
reitor da UFBA, desconhece o significado das palavras conservador e
reacionário, como demonstrou ao
se referir no artigo "Sobre o Reuni"
(6/2) ao que de melhor existe na
universidade brasileira no momento: seus estudantes."
LEOVEGILDO PEREIRA LEAL, professor universitário (Belo Horizonte, MG)
Triste Bahia
"Não sem motivo, a Bahia aparece duas vezes no preciso "Notas sem
confete", de Fernando de Barros e
Silva (Opinião, 6/2).
Há 40 anos freqüento o Carnaval
baiano e acompanhei de perto a sua
involução: de uma festa popular para um espetáculo de massas, com a
exploração de espaços e recursos
públicos para o usufruto comercial
de uma minoria formada por artistas medíocres, publicitários inescrupulosos e políticos vigaristas.
E o pior. Esse grupo evoluiu, juntando-se a ele, nos últimos anos,
expoentes da boa música brasileira,
atraídos pela grana fácil, e as chamadas "celebridades", que, em geral,
são invenções midiáticas célebres
só pela assombrosa ignorância."
CLÁUDIO GUEDES (Lauro de Freitas, BA)
Vai, educação, vai
"Ainda ecoa no planalto paulista
os sons de uma escola de samba
que, em cenário colorido, enalteceu
a educação.
O mesmo enredo foi colocado no
papel em 1932, no documento "Pioneiros da Educação Nova". Passaram-se 76 anos e a educação brasileira está entre as piores do mundo.
Vamos rasgar as fantasias e discursos falsos para poder comemorar no futuro a transformação social do país pela educação.
ISAAC ROITMAN (Brasília, DF)
Energia
"Faço referência à reportagem
"Indicados do PMDB ao setor elétrico são alvo da Justiça" (Brasil, 5/2).
Por ter sido diretor de Finanças
da Cemig até janeiro de 2007, fui
arrolado, com o presidente e o ex-vice-presidente da Cemig, numa
ação na Justiça Federal da qual tomei conhecimento pelo telefonema
do jornalista. A questão tem sua
origem em pagamentos de participação nos lucros da Cemig, sobre os
quais o INSS entende que deveria
ter sido recolhida contribuição previdenciária.
A Cemig entende de forma diferente, já tendo inclusive obtido ganho de causa parcial por mandado
de segurança e está litigando para
obter o ganho final da causa. A ação
judicial mencionada na reportagem
é decorrente desses fatos, tendo o
procurador federal entendido existir crime dos dirigentes da Cemig
pelo não-recolhimento da contribuição ao INSS e feito a denúncia
de sonegação fiscal e falsidade ideológica referida na reportagem.
Mesmo sem ter sido notificado
pela Justiça, estou tomando as providências judiciais cabíveis, visando demonstrar que a denúncia não
configura infração penal, pois a matéria é administrativa e fiscal e está
sendo discutida pela Cemig junto
ao juiz federal cível."
FLAVIO DECAT DE MOURA (Niterói, RJ)
Língua
"Entrei como Pilatos no "Credo"
no artigo "Todos os nomes" (Esporte, 2/2), em que José Geraldo Couto comenta a enxurrada de
Wellingtons, Michaels ou Williams
entre jogadores de futebol.
Nem meu projeto de defesa da
língua portuguesa é insensato nem
está no meu universo proibir nomes personativos escritos segundo
a origem. Até porque eles já são
proibidos, pelo "Formulário Ortográfico" de 1943.
O que o articulista chama de "canibalização", a deglutição ortográfica de Michael por Maicon, nada
mais é do que o aportuguesamento
a que deveria ser submetida toda
palavra estrangeira que entra em
nosso idioma, com exceção dos sobrenomes. É por isso que chamamos o herói suíço de Guilherme, e
não de Wilhelm Tell. Coisa nossa?
Os espanhóis dizem Guillermo, os
franceses, Guillaume, os italianos, Guglielmo.
Já o nome latino do papa, Benedictus, é escrito Benedetto no italiano, Benedict no inglês, Benedikt
no alemão, Benoît no francês, Benito no espanhol.
Em português, deveria ser Benedito, como usou Machado de Assis
(diga-se: criador do Bento mais famoso da literatura) em "O Alienista", referindo-se a "Benedito 8". Mas
essa é outra história, talvez de preconceito da elite portuguesa com o
santo negro-escravo-analfabeto.
No mais, Couto segue a boa doutrina quando reconhece que "a assimilação pura e simples dos nomes
estrangeiros" é "submissão cultural".
Ao menos isso.
ALDO REBELO, deputado federal -PC do B-SP (Brasília, DF)
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