São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Educação
"Alguém já imaginou o Brasil com milhões de homens e mulheres com a coragem e a lucidez do senhor Camilo da Silva Oliveira ("Governo do Estado só me atrapalha", Entrevista da 2ª)? Desculpem, já sei, então não seria o Brasil.
Mas o MEC tem a solução de sempre: trocar seis por meia dúzia.
Pior: agora quer trocar uma dúzia por quatro ("MEC quer trocar matérias por áreas", Cotidiano, 5/5). É isso aí, está tudo resolvido. A enorme massa não vai nem ficar sabendo, enquanto alguns, bem posicionados, vão fingir que entendem e concordam.
Lembram quando, há pouco tempo, tivemos de pagar viagens de nossos "experts" em educação para descobrirem qual era o segredo do ensino médio de altíssima qualidade da Finlândia?
Claro, ninguém é de ferro. Helsinque é uma cidade belíssima, mas haveria umas paradinhas "técnicas" em Paris e Estocolmo. Só que o "segredo" da Finlândia é que o salário inicial de um professor de ensino médio lá é de 6.300. Pois é, queridos mestres, apenas uns R$ 18 mil.
MILAN TRSIC (São Carlos, SP)

 

"Fiel a este "Painel do Leitor", acompanho diariamente as opiniões a respeito da educação.
Acrescento que só uma escola pública qualificada, com profissionais valorizados, pode garantir os mesmos direitos a todos os estudantes num país com tamanha desigualdade social. Mas mesmo assim vemos nossos gestores insistirem em caminhar em direções opostas às indicadas pelos educadores.
Numa infeliz tentativa, o governo Serra mostra na TV o colorido rico de uma escola pública, com alunos felizes e professores satisfeitos. Por trás, está a realidade sem graça de um ensino infeliz, pobre, amputado e distorcido."
JOSÉ MARIA CANCELLIERO , presidente do Centro do Professorado Paulista (Piracicaba, SP)

 

"A ideia de reformar o currículo do ensino médio me parece boa, porém utópica. Como ex-aluna do ensino médio público, conheço suas dificuldades e necessidades.
Reformar é preciso, mas essas escolas não estão preparadas para tal mudança, pois sua estrutura física e humana carece de recursos. Nossos governantes deveriam concentrar esforços em entender as necessidades dos alunos, que precisam de transporte, segurança, bons profissionais e uma gestão eficiente."
PRISCILA SANTOS (Americana, SP)

Passagens
"Caiu na vida a última vestal do serralho ("Suplicy usou cota para voos da namorada", Primeira Página, ontem). E agora? Será que existe um único brasileiro (fora os apaniguados) que acredite ser o Senado uma necessidade para o país? O comportamento dos Legislativos brasileiros, todos, não nos faz sorrir amarelo; provoca-nos um choro amargo."
JÚNIA ANANIAS DE SILLOS (Batatais, SP)

 

"Sempre acreditei que existiam políticos honestos. E me senti muito mal com a constatação de que Fernando Gabeira tinha usufruído das tais passagens de parlamentar.
O mesmo se dava com o senador Suplicy.
Ora, o salário dessas pessoas é muitíssimo maior que o meu. E eu consigo pagar minhas passagens nas férias. Será que esses ilustres senhores não pensaram em quem estava efetivamente pagando isso?"
CARLOS AUGUSTO C. SANTOS (Brasília, DF)

Índios
"Os índios que ocupam o prédio da Funasa em São Paulo estão cobertos de razão em suas reivindicações (seus medicamentos estão atrasados, há falta de saneamento e os veículos de assistência estão sucateados), e a sociedade brasileira já lhes oferece um tratamento diferenciado em razão do passado.
O que não está correto é a forma que utilizaram para atingir os seus pedidos. No país, há leis e há ordem -por mais que os políticos as desprezem. Portanto, qualquer reivindicação de origem étnica, social ou econômica tem de ser pleiteada pelos meios legais disponíveis."
ANIBAL V. FILLIP (Santos, SP)

Chuvas
"Foi muito bonito ver como toda a mídia brasileira, tanto jornais como rádio e televisão, mobilizou a população, quando ocorreu a tragédia em Santa Catarina, para que o Brasil auxiliasse a população desabrigada. Todos participaram.
No entanto, a mesma tragédia está ocorrendo agora na região Nordeste, que é muito mais carente, de mais difícil acesso e onde a população atingida é muito maior. Creio que o papel das instituições, da imprensa e dos meios de comunicação deva ser o de novamente mobilizar a população -e com a mesma boa vontade utilizada quando o caos foi na região Sul."
EDGARD ALVES DUTRA (São Paulo, SP)

Juros
"Já que o governo tem demonstrado uma ânsia de mexer na caderneta de poupança, por que não demonstra a mesma fúria em baixar o "spread" dos bancos e, consequentemente, os juros bancários? A mesma providência com o preço da gasolina não seria interessante?
Nossos juros continuam entre os mais altos do mundo, o mesmo ocorrendo com a nossa gasolina.
Até em países que nem têm petróleo, como o Paraguai e o Uruguai, a gasolina é mais barata que aqui no Brasil.
Dou a seguinte sugestão: que o governo baixe a alíquota do Imposto de Renda dos fundos e deixe a caderneta de poupança como está. O custo político para quem mexe na poupança é elevadíssimo."
RUBENS DE CAMPOS RAMOS (São José do Rio Preto, SP)

Lei antifumo
"Gostaria de saber se a USP, a Assembleia Legislativa e instituições afins permanecerão fechadas por 30 dias em caso de desrespeito à lei antifumo.
Essa Folha já publicou reportagem recentemente informando que nesses locais as pessoas fumam livremente em ambientes fechados. Ou será que a lei só vai valer para os "outros'?"
CAMILA NOGUEIRA (São Paulo, SP)

Crack
"A leitora Fábia Regina Wanderley ("Painel do Leitor", ontem), com toda a razão, está preocupada com a saúde dos dependentes de crack no centro da cidade. Mas, para que possa haver tratamento, é preciso que o paciente queira se cuidar, assim como acontece com tabagistas e alcoólatras, entre outros.
Não depende de as autoridades "obrigarem". Não há como fazer isso por ordem judicial ou usando a força."
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Roberto Luis Troster: O fim da era do dólar

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.