São Paulo, quarta-feira, 07 de setembro de 2005 |
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ANTONIO DELFIM NETTO Ajuste fiscal Alguns economistas temem que
um esforço fiscal maior, com corte de despesas sem aumento de impostos, em lugar de reduzir a relação
dívida/PIB e de induzir uma redução
imediata da taxa de juro real futura,
possibilitando a criação de uma "curva de juro interna" (equivalente à nossa "curva de juro externa"), possa causar uma profunda recessão. Outros temem que a queda da relação dívida/
PIB, por mais importante que seja,
não será suficiente para produzir uma
queda da taxa de juro real. São objeções respeitáveis, feitas por profissionais competentes. Elas foram expostas
no Ano 01, Volume 02, julho/agosto
de 2005 de um novo magnífico boletim "Economia & Tecnologia", do
Centro de Pesquisas Econômicas da
Universidade Federal do Paraná,
coordenado pelo professor José Luís
Oreiro. A taxa de inflação desabou de 60% ao ano em 2000 para 7,6% ao ano em 2005. A taxa de juro real (antes a maior do mundo) anda hoje em torno de 7,5%. Como todas as moedas do mundo, a libra turca valorizou-se no último ano em relação ao dólar em 8% (o real valorizou-se 23%!). O PIB tem crescido a uma média de 7,1% nos últimos três anos (2002 a 2004). E a dívida pública, que em 2001 continha 10% de papéis prefixados, tem hoje em torno de 45%. Antonio Delfim Netto escreve às quartas-feiras nesta coluna. @ - dep.delfimnetto@camara.gov.br Texto Anterior: Rio de Janeiro - Carlos Heitor Cony: Trajes menores Próximo Texto: Frases Índice |
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