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PAINEL DO LEITOR
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Gaspari
"É a segunda vez que Elio Gaspari
(6/1, pág. A10) escreve sobre a história de um irmão do marechal Castello Branco, demitido da Receita
Federal porque o então ditador-presidente não gostou que ele tivesse sido presenteado com um carro
por seus colegas de repartição pública. Ora, a torpeza dos regimes autoritários não depende da maior ou
menor propensão dos ditadores ao roubo e à pilhagem dos bens nacionais. Salazar, opressor de Portugal,
Angola e Moçambique, não enriqueceu nos seus 40 anos de ditadura. No que nos concerne, Castello
Branco comandou um golpe de Estado que instalou a pior ditadura
que o Brasil conheceu nos seus quase dois séculos de nação independente. É um grande disparate apresentá-lo como um estadista e um
exemplo de moralidade pública."
LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO , professor de história
do Brasil da Universidade de Paris (Paris, França)
"Foi com um nó na garganta que
li na coluna de Elio Gaspari o caso
do irmão de Castello Branco. Como
o Brasil pôde se tornar um país tão
inescrupuloso? É, recordar é viver."
FRANCISCO DIAS DE OLIVEIRA (Pouso Alegre, MG)
Ilustrada
"A cidade recebeu com grande
alegria a notícia da expansão da coluna de Mônica Bergamo, de longe a
mais inclusiva e democrática da imprensa paulista. Nela, notáveis ainda anônimos são também prestigiados por suas realizações como sinal
de que a visibilidade na mídia é legítima não apenas pelo sobrenome
ou pelas horas que se passa portando taças em festas, mas pela efetiva
realização de alguma coisa útil nesta sociedade. Parabéns ao jornal!"
RAQUEL LUCAT (São Paulo, SP)
"Considero absolutamente lamentável a decisão de extinguir a
coluna de Bernardo Carvalho. Os
textos do colunista, que é um dos
melhores escritores brasileiros em
atividade, eram um oásis de densidade e profundidade de reflexão em
meio ao jornalismo rasteiro e pretensioso que domina a Ilustrada.
Merece igualmente pêsames a extinção da coluna de Guilherme
Wisnik, um dos poucos espaços de
análise inteligente sobre questões
ligadas ao urbanismo e à arquitetura. A Folha fica enormemente empobrecida com essas ausências!"
ROBERTO ALVES (São Paulo, SP)
Cotidiano
"Já está se tornando rotina: mais
um promotor paulista é acusado da
prática de homicídio. É inaceitável
que tantos membros do Ministério
Público de São Paulo estejam envolvidos num tipo de crime tão grave. O Ministério Público é uma instituição essencial ao Estado Democrático de Direito e existe para defender a sociedade. O mínimo que
se espera é que saiba escolher melhor seus integrantes, que devem
ser pessoas com equilíbrio emocional, maturidade e ponderação."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)
A perseguição que a imprensa faz
contra as autoridades é implacável.
Está certo que a imprensa deve zelar para que a lei seja aplicada contra quem quer que seja, mas no caso
do promotor que atirou contra um
"motoqueiro" que tentou lhe roubar,
não podemos admitir. O "motoqueiro", apesar de desarmado, fez menção de portar arma, o que chamamos de legítima defesa putativa.
Além disso, ele já estava na posse de
cinco relógios, tudo segundo relato
de testemunhas e policiais."
CLÓVIS TEBET BARRETTO (São Paulo, SP)
Educação
"Achei interessante o artigo de
Ruy Castro "De volta à sala de aula".
Sou professora do ensino fundamental e sofri duras críticas de minhas coordenadoras quando lecionava em escolas públicas por querer manter "vivas" as quatro atividades essenciais que praticávamos em
sala de aula -leitura em voz alta, ditado, cópia e redação. Essas atividades não cabiam dentro do "construtivismo". Atualmente leciono numa
escola particular e a situação é bem
diferente. Essas quatro atividades
fazem parte do meu plano de aula e
são trabalhadas com freqüência
muito grande. Felizmente tenho
apoio não só da escola como também dos pais. O resultado só podia
ser esse: alunos bastante participativos e interessados e, da minha
parte, uma satisfação muito grande
em poder executar o meu trabalho."
ANA LÚCIA CHIARINI PENA (Campinas, SP)
Operação Condor
"Como consolidar nossa democracia sem julgar os que a subverteram? Os anos passam e novamente
a ditadura do silêncio só é quebrada
pela ação de governos estrangeiros.
O Brasil nada faz para elucidar esse
trágico e injusto período, e assim
seguimos, como queriam os generais, colocando uma grande pedra
em cima da história e dos corpos
dos dissidentes políticos."
WADY ISSA FERNANDES (São Paulo, SP)
Trânsito
"Já passou da hora de o governo
acordar e, com coragem, enfrentar
essa carnificina que presenciamos
nos feriados prolongados. Precisamos de leis e medidas urgentes, severas e eficazes, e não essa absurda
legislação que obriga as autoridades
a avisar os usuários sobre onde estão localizados os radares. Os espertinhos infelizmente são muitos, reduzem a velocidade ao serem alertados e, depois, saiam da frente os
prudentes e respeitadores da lei."
OSCAR TRIBST FILHO (Campinas, SP)
Sesc
"A Folha publicou na capa de
Cotidiano de 5/1 a foto da calçada
em frente ao Sesc Pompéia, destruída pela prefeitura. A cada dia fico
mais estarrecida com a truculência,
a falta de respeito e a incompetência do governo. Enquanto na rua
Benedito Chaves um enorme buraco bem no meio da rua é ignorado
pelo prefeito, colocando em perigo
a vida dos motoristas que por ali
passam, o mesmo prefeito destrói
uma calçada em perfeito estado de
conservação antes mesmo de saber
o seu valor histórico e cultural."
MARIA GILKA (São Paulo, SP)
Estrangeirismos
"De grande valia será, se aprovado, o projeto de Aldo Rebelo. Nós,
estudantes, não agüentamos mais
decorar expressões americanizadas, como "feedback", "just in time",
"network", que poderiam muito
bem ser utilizadas com suas devidas
traduções ao português. A reação da
Câmara vem no momento certo para que muitos brasileiros não sejam
excluídos das redes de relacionamento devido a esse estrangeirismo
desvairado em nosso país."
DANIEL BARBOSA DE CARVALHO (São Paulo, SP)
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os
votos de boas-festas recebidos de:
Eliane Stephan (São Paulo, SP);
Hermelindo Ruete de Oliveira,
presidente do Conselho de Administração da Copersucar (São Paulo, SP); David Neto (São Paulo,
SP); Therezinha de Jesus Lima e
Oliveira (São José dos Campos,
SP); Isnard Camara de Oliveira
(Bragança Paulista, SP); e Amplaa
Brazil Eventos (Porto Alegre, RS).
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