São Paulo, sexta-feira, 08 de outubro de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Homossexualidade
"Quero ressaltar a lucidez empregada -como de costume- por Contardo Calligaris no artigo "A cura da homossexualidade" (Ilustrada, pág. E8, 7/10). Além de o projeto de lei fluminense afrontar a Constituição Federal, refoge ao senso comum a estapafúrdia proposta de cura do homossexualismo apenas com a entrada em vigor de uma lei. A maioria de nossos representantes deveria (re)educar-se para apresentar propostas que visem à evolução da condição humana."
Wagner Anderson Galdino (Matão, SP)

Goiás existe
"Sou assinante da Folha há vários anos e adoro lê-la. Mas há um problema recorrente no jornal, pois ele discrimina as coisas de Goiás. Quando recebo o jornal, leio na capa "Edição Nacional", mas há várias provas de que não se dá atenção a muitos fatos. Fiquei muito triste com a cobertura destas eleições. Nas edições de domingo, segunda, terça e quarta, não se falou nada, absolutamente nada, sobre a eleição em Goiânia. É um absurdo, pois houve um fato interessante aqui. Um político tradicional, Iris, disputou a eleição para prefeito -depois de ter perdido na busca do governo do Estado-, e o candidato do governador, que estava em segundo lugar nas pesquisas, não foi ao segundo turno -entrou o candidato do PT. Foi um fato novo, mas nada sobre Goiânia foi dito. Parecia que Goiânia não existia. Goiânia tem 1,5 milhão de habitantes e uma importância regional intensa. Porque se falava de outras cidades, como Campo Grande, e não sobre Goiânia? Não me decepcionem, Goiânia existe!"
Emerson Rodrigues de Oliveira (Goiânia, GO)

Força
"Admiro a apresentadora e agora vereadora eleita Soninha desde a ocasião em que ela, dando de ombros às possíveis retaliações que poderia sofrer -e sofreu-, admitiu ser usuária eventual de maconha. Foi contra a hipocrisia e o falso moralismo que ainda existem em nossa sociedade, ainda que, por vezes, de forma velada. Gostaria de deixar minha manifestação de solidariedade, desejando-lhe muita força e coragem para enfrentar a batalha pela saúde de sua filha Julia -sem dúvida sua mais importante batalha-, da qual torcemos para que saia mais uma vez vencedora."
Patricia Gregorio (São Paulo, SP)

Futuro
"Muito bom o artigo de Cláudia Costin publicado ontem ("Quem vai ler nosso futuro?') sobre o problema da leitura. A verdade é que as novas tecnologias da era do computador não são aplicáveis se não se aprende a ler e a compreender o que foi lido. É por isso que o livro é essencial a qualquer processo de formação. O drama do livro precisa ser levado a sério. Tomara que governantes e governados acordem e ajam em consonância."
Mauro Salles, publicitário (São Paulo)

Pampulha
"Em resposta à declaração dada pelo senhor Agnaldo Farias ao jornalista Fabio Cypriano na reportagem "Com exotismo e críticas, Caci abre as portas em MG" (Ilustrada, 29/9), o Museu de Arte da Pampulha tem a dizer que repudia "a situação de penúria" com a qual foi classificado no texto. No atual panorama institucional brasileiro, o Museu de Arte da Pampulha considera a sua atuação exemplo de uma instituição viva e dinâmica, que, nos últimos três anos, organizou mais de 30 exposições individuais de artistas brasileiros, um programa de estímulo à produção emergente, a Bolsa-Pampulha e ainda ajudou a enriquecer o patrimônio artístico nacional com a incorporação de novas obras ao seu acervo. A penúria material à qual o senhor Farias parece se referir, sem uma explicação mais generosa, preferimos traduzi-la como austeridade, que, com criatividade e trabalho, resulta num projeto institucional preciso e bem-sucedido, como diversos colegas e artistas atestam constantemente."
Priscila Freire, diretora do Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte, MG)

Planetário
"Diferentemente do publicado no texto "Restauração de planetário terá de ser refeita" (Cotidiano, pág. C8, 30/9), não procede a informação sobre uma suposta dívida do Grupo Cyrela para com a Prefeitura de São Paulo -que, segundo a reportagem, seria de R$ 3,1 milhões. A empresa nada deve ao município. Ressaltamos também que a empresa, ao ser procurada pela reportagem da Folha, não foi questionada sobre a existência dessa suposta dívida, ou seja, não tivemos sequer a oportunidade de confirmar ou não tal informação. Sobre outros aspectos mencionados na reportagem, esclareço o que segue: 1. A empresa tinha conhecimento da necessidade de empreender correções de caráter estético em pontos específicos da obra, trabalho que será realizado até a entrega do planetário. 2. Estranhou-nos, portanto, que o assunto tenha sido publicado não apenas pela Folha como por outros veículos antes mesmo da entrega definitiva da obra. 3. Obras de restauro geralmente são de execução complexa e, por isso, sujeitas a alterações até a sua conclusão. No caso do planetário, as correções estão sendo efetuadas em conformidade com o projeto original e com acompanhamento integral por parte de órgãos da prefeitura."
Marcelo Quaglio, assessoria de imprensa do Grupo Cyrela (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Amarílis Lage - A informação de que a realização da obra era uma permuta de dívidas da Cyrela foi passada pelo secretário do Verde e do Meio Ambiente, Adriano Diogo, em reunião da qual também participou o engenheiro Antonio Zorzi, da Cyrela. Quanto às demais informações destacadas pelo assessor de imprensa, todas estão contempladas no texto.

CPI da Pirataria
"Ante a notícia de que o Supremo Tribunal Federal, a pedido do chefe do Ministério Público, instaurou inquérito policial para apurar extorsão praticada pelo deputado Medeiros contra o empresário Law Kin Chong (Brasil, pág. A7, 7/10), o deputado disse que "isso mostra o poder corruptor do sr. Law" e que "a pressão de Law sobre juízes e procuradores chegou a níveis escandalosos". O deputado mais uma vez lança graves e levianas acusações sem nenhum resquício de prova. Diante desse fato, o Ministério Público Federal pode somar mais um inquérito à lista dos vários procedimentos criminais a que responde o deputado e apurar crime contra a honra não só de Chong mas da impoluta figura do procurador-geral da República."
Luiz Fernando Pacheco, advogado de Law Kin Chong (São Paulo, SP)


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