São Paulo, sábado, 09 de fevereiro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Cartões
"Quase R$ 110 milhões gastos com cartões de débito pelo governo de Serra apenas em 2007, sem portal de transparência, sem nada.
Acho que neste fim de semana nem vou dar milho aos pombos, ficarei lendo e relendo os comentários e opiniões neste fórum, principalmente de tucanos e democratas, que são grande maioria aqui.
Mas, conhecendo um pouco de política, o silêncio deve imperar. Sorte dos pombos."
MARCELO HOLTZ (Avaré, SP)

"O cartão de débito/crédito (federal, estadual ou municipal) foi instituído apenas para tornar mais rápido o pagamento de algumas despesas (emergenciais e/ou de pequeno valor), a título de antecipação. Disso não decorre, pelo princípio da moralidade, que todo tipo de gasto seja permitido nem que mesmo o gasto legítimo esteja dispensado de comprovação posterior, no mínimo pela apresentação de nota fiscal.
Só mesmo o laconismo para se contrapor à engenhosidade dos que tentam se explicar/justificar."
VALTER KIYOTAKA IWAI (São Paulo, SP)

"A estratégia utilizada pelo governo no Congresso para a criação de uma CPI apenas no Senado, ampliando-a para abranger os gastos do governo FHC, é, no mínimo, estapafúrdia.
Está claro que a tentativa do governo é desnortear as investigações. Mas, desta vez, o presidente Lula não poderá dizer que não sabia de nada, pois há meses a oposição pede explicações sobre o uso indevido dos cartões.
Suponhamos, apenas suponhamos, que no governo FHC tenha acontecido uma farra com cartões.
Isso dá ao governo Lula o direito de fazer o mesmo? O uso dos cartões corporativos é necessário, mas o governo Lula abusou dos mecanismos que têm nas mãos."
MURILO AUGUSTO DE MEDEIROS (Guará, DF)

"O Portal da Transparência deveria ser obrigatório para todos os tipos de gastos de todas as esferas públicas -municipais, estaduais e da União-, e não só no Executivo, mas principalmente no Judiciário e no Legislativo, onde as verbas de gabinete são uma verdadeira caixa-preta indecifrável.
Essas verbas -"de gabinete", "caixinha", "adiantamento", "conta tipo B'- deveriam ser extintas, pois no Brasil a coisa mais fácil é arranjar notas fiscais frias para justificar supostas despesas emergenciais.
Os cartões corporativos não são o problema, pois são muito mais transparentes e muito mais fáceis de fiscalizar, mas sua quantidade e o limite de gasto deveriam ser muito mais baixos para não permitir abusos."
CRISTIANO REZENDE PENHA (Campinas, SP)

"Nada no Brasil pode dar certo com os governos e as oposições que nós temos.
Essa agora, de a oposição dizer que uma CPI para apurar o uso irregular de cartões corporativos desde o governo FHC irá tirar o foco do problema, é mais uma demonstração da falta de seriedade e de compromisso com a verdade dos nossos políticos.
O objetivo desta CPI deve ser o de apurar quem gastou indevidamente dinheiro público, sem nenhuma conotação política. E, se fosse o caso (mas não é), deveria abranger desde a chegada de Pedro Álvares Cabral até hoje."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

"Já que, depois de mensalão, sanguessugas, dossiês e congêneres, estão na pauta agora os tais "cartões corporativos", caberia à sociedade politizada criar um cartão vermelho especialíssimo e aplicá-lo ao governo Lula, que vem traindo descaradamente nossos votos de confiança. Até quando seremos complacentes com esse "time", que joga muito mal e contra os interesses do Brasil?"
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)

Igreja
"A Igreja Católica, via CNBB, acaba de lançar a Campanha da Fraternidade 2008, cujo lema é: "Escolhe, pois, a vida".
Enquanto isso, proíbe o uso da camisinha, ajudando a disseminar as DST, especialmente a Aids; luta contra as pesquisas com células-tronco, uma esperança de salvar vidas hoje com doenças incuráveis; quer derrubar a lei que permite o aborto quando a vida da mãe está em perigo .
Aparentemente, a Igreja Católica não aprendeu a lição com Galileu Galilei, Copérnico, Darwin etc. Ou seja, está fugindo da sua missão e desejando ressuscitar a intolerância da Inquisição."
JACQUES PENNEWAERT (São Paulo, SP)

Eleição nos EUA
"Impressiona a cobertura que a imprensa brasileira vem dando às prévias eleitorais norte-americanas. Nem a campanha presidencial brasileira mereceu tamanho empenho de jornais, revistas e televisões do país.
E para quê? Que diferença fará ao Brasil se ganhar Obama ou a senhora Clinton? Quantos brasileiros estão realmente interessados nisso ou mesmo em saber quem são aquelas pessoas? Será que a imprensa está tão sem assunto que não acha nada melhor para encher espaços? Ou é a velha submissão às coisas do "grande irmão do norte'?
Se nas prévias está assim, já imaginou quando for para valer?"
PAULO ANDRÉ CHENSO, médico e professor (Londrina, PR)

Prisões e lucro
"Disse o professor de sociologia do direito Laurindo Dias Minhoto ("Paraná e Ceará desistem da co-gestão, considerada polêmica por especialistas" Dinheiro, 7/2) sobre a privatização do sistema penitenciário: "Não seria aceitável lucrar com o sofrimento infligido a outras pessoas".
Existe algum lucro que não explore ninguém, que não provoque sofrimento alheio? Conhece o professor algum capitalista "Robin Hood'? Reza o sociólogo da FGV pela cartilha da ladra "mão invisível do mercado'? Acredita em duendes ou os promove em causa própria?"
SERGIO ELOY PIMENTA (Niterói, RJ)

Praias
"Tendo em vista o surpreendente resultado de balneabilidade das praias do litoral norte de São Paulo, faço as seguintes perguntas:
1) a quem cabe fazer o diagnóstico das causas da poluição?
2) a quem cabe fazer a fiscalização de irregularidades?
3) com que freqüência é medida pela Cetesb a qualidade da água (dado importantíssimo, pois uma praia própria para banho pode ficar imprópria antes da próxima medição.)
Assisti estarrecido à tão comentada praia de Camburi receber sua primeira bandeira vermelha da Cetesb neste começo de ano e não aceito respostas evasivas do tipo "excesso de turistas", que mantêm a passividade do poder público.
É sintomático, e extremamente triste, que essa praia, que sempre foi um exemplo de cuidado com o ambiente, esteja com suas águas poluídas."
OTAVIO DUTRA DE TOLEDO (São Paulo, SP)

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