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PAINEL DO LEITOR
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Cartões
"Quase R$ 110 milhões gastos
com cartões de débito pelo governo
de Serra apenas em 2007, sem portal de transparência, sem nada.
Acho que neste fim de semana
nem vou dar milho aos pombos, ficarei lendo e relendo os comentários e opiniões neste fórum, principalmente de tucanos e democratas,
que são grande maioria aqui.
Mas, conhecendo um pouco de
política, o silêncio deve imperar.
Sorte dos pombos."
MARCELO HOLTZ (Avaré, SP)
"O cartão de débito/crédito (federal, estadual ou municipal) foi
instituído apenas para tornar mais
rápido o pagamento de algumas
despesas (emergenciais e/ou de pequeno valor), a título de antecipação. Disso não decorre, pelo princípio da moralidade, que todo tipo de
gasto seja permitido nem que mesmo o gasto legítimo esteja dispensado de comprovação posterior, no
mínimo pela apresentação de nota
fiscal.
Só mesmo o laconismo para se
contrapor à engenhosidade dos que
tentam se explicar/justificar."
VALTER KIYOTAKA IWAI (São Paulo, SP)
"A estratégia utilizada pelo governo no Congresso para a criação
de uma CPI apenas no Senado, ampliando-a para abranger os gastos
do governo FHC, é, no mínimo, estapafúrdia.
Está claro que a tentativa do governo é desnortear as investigações. Mas, desta vez, o presidente
Lula não poderá dizer que não sabia
de nada, pois há meses a oposição
pede explicações sobre o uso indevido dos cartões.
Suponhamos, apenas suponhamos, que no governo FHC tenha
acontecido uma farra com cartões.
Isso dá ao governo Lula o direito de
fazer o mesmo? O uso dos cartões
corporativos é necessário, mas o governo Lula abusou dos mecanismos
que têm nas mãos."
MURILO AUGUSTO DE MEDEIROS (Guará, DF)
"O Portal da Transparência deveria ser obrigatório para todos os tipos de gastos de todas as esferas públicas -municipais, estaduais e da
União-, e não só no Executivo, mas
principalmente no Judiciário e no
Legislativo, onde as verbas de gabinete são uma verdadeira caixa-preta indecifrável.
Essas verbas -"de gabinete", "caixinha", "adiantamento", "conta tipo
B'- deveriam ser extintas, pois no
Brasil a coisa mais fácil é arranjar
notas fiscais frias para justificar supostas despesas emergenciais.
Os cartões corporativos não são o
problema, pois são muito mais
transparentes e muito mais fáceis
de fiscalizar, mas sua quantidade e
o limite de gasto deveriam ser muito mais baixos para não permitir
abusos."
CRISTIANO REZENDE PENHA (Campinas, SP)
"Nada no Brasil pode dar certo
com os governos e as oposições que
nós temos.
Essa agora, de a oposição dizer
que uma CPI para apurar o uso irregular de cartões corporativos desde
o governo FHC irá tirar o foco do
problema, é mais uma demonstração da falta de seriedade e de compromisso com a verdade dos nossos
políticos.
O objetivo desta CPI deve ser o de
apurar quem gastou indevidamente
dinheiro público, sem nenhuma conotação política. E, se fosse o caso
(mas não é), deveria abranger desde
a chegada de Pedro Álvares Cabral
até hoje."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
"Já que, depois de mensalão, sanguessugas, dossiês e congêneres, estão na pauta agora os tais "cartões
corporativos", caberia à sociedade
politizada criar um cartão vermelho especialíssimo e aplicá-lo ao governo Lula, que vem traindo descaradamente nossos votos de confiança. Até quando seremos complacentes com esse "time", que joga
muito mal e contra os interesses do
Brasil?"
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)
Igreja
"A Igreja Católica, via CNBB, acaba de lançar a Campanha da Fraternidade 2008, cujo lema é: "Escolhe,
pois, a vida".
Enquanto isso, proíbe o uso da
camisinha, ajudando a disseminar
as DST, especialmente a Aids; luta
contra as pesquisas com células-tronco, uma esperança de salvar vidas hoje com doenças incuráveis;
quer derrubar a lei que permite o
aborto quando a vida da mãe está
em perigo .
Aparentemente, a Igreja Católica
não aprendeu a lição com Galileu
Galilei, Copérnico, Darwin etc.
Ou seja, está fugindo da sua missão e desejando ressuscitar a intolerância da Inquisição."
JACQUES PENNEWAERT (São Paulo, SP)
Eleição nos EUA
"Impressiona a cobertura que a
imprensa brasileira vem dando às
prévias eleitorais norte-americanas. Nem a campanha presidencial
brasileira mereceu tamanho empenho de jornais, revistas e televisões
do país.
E para quê? Que diferença fará ao
Brasil se ganhar Obama ou a senhora Clinton? Quantos brasileiros estão realmente interessados nisso
ou mesmo em saber quem são
aquelas pessoas? Será que a imprensa está tão sem assunto que
não acha nada melhor para encher
espaços? Ou é a velha submissão às
coisas do "grande irmão do norte'?
Se nas prévias está assim, já imaginou quando for para valer?"
PAULO ANDRÉ CHENSO, médico e professor
(Londrina, PR)
Prisões e lucro
"Disse o professor de sociologia
do direito Laurindo Dias Minhoto
("Paraná e Ceará desistem da co-gestão, considerada polêmica por
especialistas" Dinheiro, 7/2) sobre
a privatização do sistema penitenciário: "Não seria aceitável lucrar
com o sofrimento infligido a outras
pessoas".
Existe algum lucro que não explore ninguém, que não provoque
sofrimento alheio? Conhece o professor algum capitalista "Robin
Hood'? Reza o sociólogo da FGV
pela cartilha da ladra "mão invisível
do mercado'? Acredita em duendes
ou os promove em causa própria?"
SERGIO ELOY PIMENTA (Niterói, RJ)
Praias
"Tendo em vista o surpreendente
resultado de balneabilidade das
praias do litoral norte de São Paulo,
faço as seguintes perguntas:
1) a quem cabe fazer o diagnóstico
das causas da poluição?
2) a quem cabe fazer a fiscalização de irregularidades?
3) com que freqüência é medida
pela Cetesb a qualidade da água (dado importantíssimo, pois uma praia
própria para banho pode ficar imprópria antes da próxima medição.)
Assisti estarrecido à tão comentada praia de Camburi receber sua
primeira bandeira vermelha da Cetesb neste começo de ano e não
aceito respostas evasivas do tipo
"excesso de turistas", que mantêm a
passividade do poder público.
É sintomático, e extremamente
triste, que essa praia, que sempre
foi um exemplo de cuidado com o
ambiente, esteja com suas águas
poluídas."
OTAVIO DUTRA DE TOLEDO (São Paulo, SP)
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