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PAINEL DO LEITOR
Alca
"Discordo da maneira como o PSTU e
as pessoas que participam do plebiscito
sobre a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) estão tratando
um assunto tão complicado.
Todos se esquecem de que, diante um
mundo globalizado, não podemos ficar
sozinhos. E as alternativas que nos restariam seriam o Mercosul e a União Européia. Tendo em vista que os Estados Unidos não ajudam a Argentina e fazem força para que o país entre rapidamente na
Alca -sem muitas exigências-, temos
de eliminar a possibilidade do Mercosul.
A melhor alternativa no momento é
negociar."
Vinicius Luiz Rodrigues Silveira Morais
(Goiânia, GO)
Plano Diretor
"A Associação de Moradores da Vila
Nova Conceição manifesta a sua posição
contrária às alterações feitas no Plano
Diretor na calada da noite.
São ainda mais grotescas as explicações contraditórias dadas pelo vereador
José Mentor, que, primeiramente, diz
que não se lembra dos autores e, depois,
contradizendo-se, declara que não pode
revelar os nomes de tais vereadores, que
agem na surdina.
No caso do nosso bairro, a mudança
no zoneamento de apenas um quarteirão
tem claramente o intuito de beneficiar o
comércio irregular, principalmente a
Daslu, que provoca trânsito e deteriora o
ambiente do bairro em detrimento dos
moradores que lutam por uma qualidade de vida melhor.
A disputa que se coloca é muito clara:
de um lado, o comércio irregular das
grandes grifes; de outro, o movimento
social organizado no bairro.
É essencial que a prefeita tome uma
posição -vetando as alterações escusas,
cujos autores nem sequer têm a coragem
de aparecer- para que não pairem dúvidas a respeito de que lado ela realmente
está na política e do seu real comprometimento com a transparência e com a ética."
Alex Canuto, conselheiro da Associação de
Moradores da Vila Nova Conceição
(São Paulo, SP)
"O novo Plano Diretor traz grandes
avanços, e não pode começar capenga.
Esperamos que a prefeita Marta Suplicy, com a sua sensibilidade e visão, vete rapidinho essas emendas escandalosas que privilegiam meia dúzia -que
enxergam a cidade como um simples
balcão de shopping center.
Como dizia Darcy Ribeiro, o mercado
não tem coração. Só visa a grana e não vê
a cidade, apesar de seus conflitos, como
espaço da democracia, dos encontros,
da diversidade e da beleza. Enfim, o espaço que todos queremos e com que todos sonhamos."
Raul Pereira (São Paulo, SP)
Patrimônio
"Muito bem-vindo o artigo de Elio
Gaspari de ontem ("A Infraero arrisca esbanjar uma beleza do Rio), no qual ele
critica a forma pela qual foi feita a escolha do projeto de ampliação do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
É bastante gratificante observar em um
jornal de grande prestígio como a Folha
a defesa do nosso patrimônio arquitetônico.É de grande importância que o público leigo saiba que não só igrejas, palácios e museus foram -e são- projetados com grande apuro pelos arquitetos,
mas que também indústrias, estações de
metrô e aeroportos têm muitas vezes
qualidades arquitetônicas que devem
ser consideradas patrimônio cultural.
Parabéns à Folha e a Elio Gaspari, que
soube denunciar um atentado à integridade de um belo exemplar da arquitetura moderna brasileira e, de forma brilhante, defendeu a contribuição do arquiteto no desenho de nossas cidades."
Márcio Roberto Bariani
(São Paulo, SP)
Educação
"Parabenizo o ministro Paulo Renato
Souza pelo excelente artigo publicado
ontem em "Tendências/Debates" ("Melhor educação para todos').
Realmente, é muito fácil -e também
um costume de brasileiro- fazer críticas sem analisar profundamente o assunto sobre o qual se fala. Olhamos a
educação apenas sob o ponto de vista das
grandes cidades e suas periferias, esquecendo que existem locais como a Amazônia e o sertão nordestino, onde um
professor, até pouco tempo atrás, recebia
um salário mensal menor do que aquilo
que uma diarista ganha em São Paulo
por dia.
Faço meu o comentário do ministro:
"Oxalá esse esforço não seja destruído
por quem vier a suceder o presidente
Fernando Henrique"."
Soraya Felix (São Paulo, SP)
"O sr. ministro da Educação fez uma
defesa inaceitável de sua gestão à frente
do ministério.
Gostaria de sugerir ao senhor ministro
que lesse a coluna de Elio Gaspari publicada nesta Folha em 27/2/2000 ("A escola pública vira sucata. A privada ganha
BNDES.') ou que consultasse o livro ali
citado, "Universidade em Ruínas", de
Hélgio Trindade.
Na área médica, foram criadas, sob a
sua chancela, numerosas escolas médicas, muitas sem a menor condição de
funcionamento. Sobre isso, sugiro ao senhor Paulo Renato Souza que leia a entrevista do educador Thomas Maack, da
Weill Cornell Medical College de NovaYork, publicada no jornal da Sociedade
Brasileira de Nefrologia em dezembro
de 2000. Vejamos um dos comentários
do ilustre professor, brasileiro de nascimento: "No Brasil, o maior problema é a
proliferação desenfreada de escolas médicas de baixíssimo padrão profissional
e científico".
O desastre da nossa medicina será
muito maior depois da presença do senhor Paulo Renato no Ministério da
Educação. Porque EUA e Canadá fecharam 94 escolas médicas entre 1906 e
1933? O presidente Roosevelt detectou
escolas de má qualidade e fechou-as gradualmente após ampla e rigorosa avaliação."
João Batista de Menezes
(Ribeirão Preto, SP)
Indignação
"Como mulher e cidadã, fiquei indignada e revoltada ao ver Paulinho, vice de
Ciro Gomes, chamar uma ministra de
"mal amada".
Além de mostrar uma grande falta de
educação e de controle, também demonstrou um preconceito contra as mulheres. Pessoas desse tipo não merecem
nossos votos.
São atitudes como essa que estão fazendo Ciro perder votos e despencar nas
pesquisas. O meu voto ele já perdeu."
Fabiana Gomes dos Reis (São Paulo, SP)
Internet
"Parabenizo a Folha pela reportagem
"Internet abre universidade para a periferia" (Cotidiano, pág. C4, 8/9).
A internet é uma das maiores fontes de
pesquisa e informação do mundo, o que
a torna uma ferramenta essencial para
potencializar as carreiras profissionais
dos jovens.
O projeto "Cidade do Conhecimento",
que pretende promover a interação entre a universidade e a periferia, é um importante passo nesse sentido."
Ronaldo Koloszuk (São Paulo, SP)
Cartel
"Muito importante a reportagem sobre
o cartel antitrabalhador publicada ontem (Dinheiro, pág. B1), que desmascara mais um comportamento moderno
das empresas brasileiras em tempos de
neoliberalismo.
Eu já tinha ouvido falar de uma lista
negra com nomes de bancários que se
defendiam no Judiciário e, pela reportagem, constato que a situação é muito
mais grave do que poderia imaginar.
A democracia não pode parar na porta
do escritório ou no portão da fábrica e
da fazenda. Dizem que o pelourinho foi
extinto há dezenas de anos. Prestem
atenção, senhores sindicalistas!"
Mario Teixeira Filho (São Paulo, SP)
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