São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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ONGs
"Gostaria de manifestar minha total concordância com a posição de Paul Singer ("A crise das ONGs e das políticas sociais", "Tendências/ Debates", ontem) sobre as dificuldades que o Estado brasileiro tem de fazer convênios com as organizações não-governamentais.
Agora é o momento de este governo, tão mais próximo das demandas do povo, legitimar a sociedade civil com um marco legal próprio, que atenda as especificidades do setor, sem tentar enquadrá-lo junto a órgãos com os quais não guarda identidade.
O governo precisa impedir a atuação das "falsas ONGs", sem impossibilitar que ONGs autênticas, independentemente de seu tamanho, possam assumir o seu legítimo lugar de parceiras do Estado."
MOACIR GADOTTI (São Paulo, SP)

Dez minutos
"Será que a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo acha que o cidadão paulista é bobo? Essa história de colocar os dez minutos dos intervalos entre cada aula como parte do horário de preparação das aulas é uma piada de mau gosto.
Como disse o autor do projeto da lei federal, o senador Cristovam Buarque, o governo do Estado transformou a lei em uma farsa, pois dez minutos não servem nem para preparar aulas nem para corrigir provas decentemente.
É triste constatar, mais uma vez, que a educação não tem importância nenhuma para os nossos governantes -e por isso é conduzida de qualquer jeito."
SANDRA MARET SCOVENNA (São Bernardo do Campo, SP)

 

"Há cerca de 20 anos, circulavam automóveis em São Paulo com um adesivo com a seguinte frase: "Hei de vencer, mesmo sendo professor".
Em vista do que os sucessivos governos do PSDB, incluindo o atual, têm feito com a educação paulista, um outro adesivo poderia ser feito: "A educação há de vencer, apesar do PSDB".
VÍTOR MÁXIMO (Guaratinguetá, SP)

A distância
"Tânia Gonçalves ("Painel do Leitor", 4/10), mestre em filosofia da educação, mostrou-se extremamente passional ao atribuir ao governo do PSDB a responsabilidade pela possibilidade de a USP ter cursos de graduação a distância, usando a formação de professores como experiência.
Considerar que o PSDB avacalhou o salário dos professores e que agora quer massificar a formação de professores pode ser um direito, ainda que todos saibam que a situação precária na educação vem se instalando muito antes da existência do partido. No entanto, não é correto contrariar a lógica dos fatos.
A USP goza de autonomia universitária e administrativa, e decisões como essa passam necessariamente pela Congregação da Faculdade de Educação e, posteriormente, pelo Conselho Universitário, órgãos sobre os quais o governo do Estado tem influência mínima.
Portanto, se a USP quiser implantar ensino a distância, será uma decisão tomada exclusivamente no âmbito da instituição.
Curioso é que muitas das faculdades de quinta categoria, conforme a missivista, possuem ensino a distância, sem nenhuma avaliação, e mantêm acordos com o atual governo federal através do Prouni.
Não podemos deixar que paixões políticas interfiram em nossas análises."
GILDAZIO PALHA ROCHA (São José dos Campos, SP)

 

"Além de outros recursos educacionais, é importante poder contar agora com a contribuição das três universidades paulistas nas ações democratizantes do ensino. Muitas grandes instituições de ensino superior (como MIT, Harvard, Califórnia, Oxford, Cambridge e Londres) já oferecem cursos inteiros de graduação e de pós-graduação on-line. E essa abordagem está longe de ser algo novo.
Neste ano, a Universidade de Londres comemorou 150 anos de cursos por correspondência (a primeira geração de aprendizagem a distância), tendo outorgado títulos de bacharelado a pessoas que mais tarde se destacaram na política e na ciência, como Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e cinco cientistas vencedores do Prêmio Nobel.
A educação a distância vai muito além de aprendizagem por meio de atividades estruturadas em formato de cursos."
FREDRIC M. LITTO , presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (São Paulo, SP)

Promotor
"Efetivamente, o senhor Thales Schoedl cometeu um crime. Mas crime também cometeu o próprio Ministério Público, que deu a uma criança de 24 anos poder, dinheiro -um considerável salário- e uma arma. Some-se a tudo isso um pouco de prepotência do senhor Thales e o resultado é o fato que hoje lamentamos.
Será que o MP instruiu o senhor Thales sobre como usar tal arma?
Será que ele sabia manuseá-la? Provavelmente não, pois, no exame oral feito pelo MP, certamente não se aquilatou a personalidade do senhor Thales nem se ele tinha condições de suportar tal encargo (salário, poder, arma e uma pitada de prepotência)."
JORGE ROBERTO AUN , advogado (São Paulo, SP)

Demissão na escola
"Gostaria de registrar que nem a Folha, nem "O Globo", nem, sobretudo, a Escola Parque procuraram ouvir o corpo docente dessa instituição de ensino no caso relacionado ao professor Oswaldo Teixeira.
O fato é importante, principalmente quando se leva em consideração o gabarito e a experiência pedagógica de seus profissionais, que em grande número são mestres e até doutores.
Se a voz dos professores fosse mais valorizada, certamente nossa sociedade poderia ser um pouco mais justa, e nossa democracia, mais plena.
Afinal, o que os professores da Escola Parque têm a dizer sobre tudo isso?"
FLAVIO LANZARINI , professor da Escola Parque Gávea (Rio de Janeiro, RJ)

Defensoria
"Em relação à reportagem "Mesmo morto, preso é julgado até pelo STJ" (Cotidiano, 5/10), cabe esclarecer que a Defensoria Pública atuou no processo referente ao réu Afonso Benedito Severiano Júnior, participando das audiências e realizando todos os atos processuais que lhe cabiam, inclusive recorrendo da sentença condenatória.
O recurso interposto pela Defensoria Pública foi acolhido parcialmente na sessão de julgamento pelos desembargadores, que reduziram a pena do condenado, mas, infelizmente, após mais de um ano de sua apresentação, depois de o réu já ter morrido.
Assim, houve defesa em todo o processo.
Ressalte-se que a Defensoria não foi informada da morte do réu por funcionários do presídio nem tampouco por familiares dele."
RENATA FLORES TIBYRIÇÁ , defensora pública, coordenadora de Comunicação Social e Assessoria de Imprensa da Defensoria Pública do Estado (São Paulo, SP)

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