São Paulo, segunda-feira, 09 de novembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Uniban
"Quando uma universidade permite que uma de suas estudantes seja ameaçada por centenas de outros estudantes, sem garantir sua segurança, ficamos preocupados.
Quando a mesma universidade deixa de fazer um pedido público de desculpas, ficamos consternados.
Quando, por fim, a mesma universidade expulsa a aluna, como forma de culpabilizá-la pelos episódios de intolerância ocorridos, ficamos perplexos. Pergunto-me se uma universidade assim tem o direito de continuar funcionando. Com a palavra, o Ministério da Educação e o Ministério da Justiça."
DOUGLAS GARCIA ALVES JÚNIOR (Belo Horizonte, MG)

 

"Tudo tem limites. A loira provocante foi expulsa e terá agora o direito e a oportunidade de mostrar seu corpo como quiser e onde quiser, mas fora da escola. Foi um final feliz para todos, inclusive para a Uniban, que agiu corretamente e deu uma aula grátis aos que se interessam por aprender."
GILBERTO DIB (São Paulo, SP)

 

"Gostaria de sugerir à Uniban uma estratégia de marketing: a assim chamada universidade pode aproveitar a visita do presidente Ahmadinejad, do Irã, para estabelecer um programa de intercâmbio.
Tenho certeza de que os candidatos à policia de costumes iraniana teriam muito a aprender com os alunos da Uniban, principalmente sobre "dignidade acadêmica e moralidade". Já os estudantes da Uniban que hostilizaram Geisy Arruda poderiam vivenciar no Irã um ambiente acadêmico de acordo com seus "elevados padrões morais" e ainda trazer para o Brasil os últimos modelos de véu para as colegas."
HENRIQUE FERREIRA PACINI (São Paulo, SP)

 

"O caso envolvendo Geisy evidencia que discriminação e intolerância são valores ainda implícitos na sociedade brasileira. Triste notar que a Uniban aceita tais valores. Pior ainda é saber que uma instituição transmite valores aos seus alunos e que, portanto, parte dos estudantes da Uniban levarão consigo discriminação e intolerância."
GUILHERME CARNAÚBA (Campinas, SP)

 

"É difícil acreditar na decisão da Uniban. As declarações do assistente jurídico da universidade, Décio Lencioni Machado, são claras quanto à inspiração preconceituosa que informou a absurda decisão.
Segundo ele, "o problema não era a roupa, mas a forma de se portar, de falar, de cruzar a perna, de caminhar". A universidade adiciona o golpe da intolerância e do obscurantismo moralista à violência sofrida pela estudante. Ficamos a nos perguntar quanto tempo vai levar para que o Ministério Público e a Justiça se manifestem sobre o assunto e tomem medidas concretas para a garantia dos direitos de Geisy Arruda e para a punição dos seus algozes, inclusive a universidade."
ATILA ROQUE (Brasília, DF)

 

"É estarrecedor que uma moça, estudante de uma "faculdade", seja dela expulsa sob a alegação de ter-se insinuado para outros. Essa expulsão nos remete àquela velha história bíblica segundo a qual a mulher é a culpada de todos os pecados dos homens. Fruto de um fundamentalismo religioso reacionário, esse é mais um fato que nos obriga, a nós que amamos a liberdade, a permanecer alerta, para não sermos dominados por gente e instituições que ficariam melhor na Idade Média."
PAULO LUIZ BASTOS SEREJO (Brasília, DF)

Crucifixo
"A proibição do uso de crucifixos em escolas públicas da Itália, sugerida por tribunal multinacional europeu, perde um pouco o foco quando relaciona o símbolo com a Igreja Católica. Na realidade, a civilização ocidental é uma civilização cristã, forjada em 2.000 anos de história baseada nos ensinamentos de Cristo, com muito acerto e com muitos erros. O crucifixo é o símbolo da civilização cristã. No Japão, é comum a estátua do Buda. Em vários países orientais predominam outros ícones. A decisão parece querer agradar aos imigrantes de outras culturas, que devem ter seus sentimentos respeitados, mas também respeitar os nossos. O tribunal deve ter coisa mais importante para fazer."
RUI FLÁVIO CHÚFALO GUIÃO , diretor-presidente do Grupo Santa Emília (Ribeirão Preto, SP)

 

"É lamentável que, em pleno século 21, predominem opiniões como a de Ives Gandra ("Tendências/ Debates", 7/11). O Estado brasileiro é laico. Aconselho a quem não estiver satisfeito que se mude para países em que existem crenças compulsórias. O argumento de que deve prevalecer a opinião da maioria é tão válido quanto dizer que todas as repartições deveriam expor o escudo do Flamengo."
PAULO ROBERTO NEGRATO FILHO (Osasco, SP)

 

"Ser agnóstico é opção. Minoritária, aliás, mundialmente. Portanto, exerça sua opção sem ferir o direito dos que creem. Que são esmagadoramente majoritários."
JOSÉ CARLOS PRADO ALVES (Ituiutaba, MG)

Educação
"Muitos insistem na teoria de que brincar é importante para a criança.
Concordo plenamente, mas, quando o estudo era praticamente só público, as crianças entravam no primeiro ano, aprendiam e recebiam um livro já no último trimestre (pois estavam lendo e escrevendo).
Havia naquela época muita brincadeira de rua, de bonecas e de carrinhos, mas havia também trabalho em casa para ajudar a mamãe ou o papai, havia responsabilidade até com os brinquedos.
Hoje, não há os mesmos brinquedos, por causa da tecnologia, não se pode ensinar coisas lúdicas às crianças, pois as autoridades da área reagem como exploração, não se pode aplicar represálias (de maneira nenhuma), pois se está humilhando, desrespeitando a criança. Existe aí uma discrepância.
A criança de ontem era bem menos informada e aprendia tudo com muito menos idade e com mais responsabilidade. A criança de hoje é bem mais informada e aprende menos e com menos responsabilidade.
Onde está o erro?"
SILVIA MARIA DE ALMEIDA SÃO PEDRO (São Paulo, SP)

Capivara
"Esdrúxula e injusta foi a comparação da capivara que aportou no espelho d'água do Congresso Nacional com os políticos que por lá transitam, lançada pelo leitor Luiz Guilherme Ferreira de Castro neste painel (7/11). Ao igualá-los, violou a imagem daquele animal dócil e inofensivo, ao contrário dos mandatários. Que se restaure o respeito ao animalzinho, então!"
CÉSAR DANILO RIBEIRO DE NOVAIS (Chapada dos Guimarães, MT)

Empresas
"As ideias de Emílio Odebrecht no artigo "Papel social das empresas" (Opinião, ontem) merecem ser reverberadas com insistência pelo Brasil. Ele afirma a falência do Estado para resolver os problemas sociais e propõe o engajamento do empresariado. Mais que uma posição de vanguarda, apresenta-se com a serenidade suficiente para convencer e atrair adeptos."
SALOMÃO BENEVIDES GADELHA (João Pessoa, PB)

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