São Paulo, domingo, 10 de abril de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Massacre no Rio
Desse triste episódio fica uma lição: como é bom ter um policial do lado do cidadão, um policial que na hora precisa vem em seu socorro e evita que ocorra uma tragédia maior. Foi assim que agiu o sargento Márcio Alves, que impediu o assassino de duplicar o número de suas vítimas. Parabéns ao sargento, que não ficou inerte diante da denúncia feita por duas crianças e que acorreu logo ao local sem usar da desculpa tão frequente de que não poderia se afastar do posto.
PAULO RICARDO GADELHA PINHEIRO (Rio de Janeiro, RJ)

 


Há muito tempo vejo jovens soturnos, enigmáticos e incompreensíveis perambulando por aí. Muitos tornam-se adultos solitários, os "esquisitões" que todo mundo conhece. Em sua maioria viverão infelizes e isolados. Dentre milhares um poderá se tornar um assassino. Não é o bullying o único responsável por isso. O preconceito contra a doença mental é tão maligno quanto qualquer outro. Muita gente ainda acredita no "maluco beleza", mas o sofrimento de quem adoece mentalmente é inimaginável. Se o apoio fosse dado antes, talvez não estivéssemos hoje nos perguntando: por quê?
ELSON DA SILVA LIMA, psiquiatra (Campinas, SP)

 


Se acreditarmos em fatalidade, temos que assumir que outros massacres ocorrerão de novo. Não saio em defesa de Wellington, mas será que os sinais não eram claros? A sociedade se cega diante dos "loucos". Aparentemente foi fácil comprar armas, munição, recarregador. Quando as autoridades dizem que foi uma fatalidade, elas simplesmente racionalizam e se eximem de responsabilidade. Concluo que são irresponsáveis.
PAULO REIMANN (Cotia, SP)

 


Sejamos racionais! Não há como prevenir-se contra um psicopata. O assassino do Realengo por acaso tinha armas de fogo, mas, se não as tivesse, certamente faria uso de outros meios para matar. Talvez não matasse tantos, mas mataria do mesmo jeito. O governo federal fala já há alguns meses em desarmamento. O caso do Realengo é um pretexto para voltar ao tema, repudiado pela sociedade há poucos anos. Não foi uma arma legal que matou aquelas crianças, e os bandidos não entregarão suas.
MARIA CRISTINA ROCHA AZEVEDO (Florianópolis, SC)

 


Diante da tragédia no Rio, é nojento ver políticos que aí estão há décadas sem fazer nada agora querendo mostrar indignação. Novamente falam que devem lutar pela proibição da venda de armas. É o que esperamos, mas fica a pergunta: adianta uma lei sem meios para fazê-la valer? Temos um efetivo ridículo de policiais federais para policiar as nossas regiões de fronteira, por onde entram todos todos os tipos de armas, e fiscalização interna para coibir a venda não existe.
PETER GUIMARÃES STOIMENOF (Brasília, DF)

Empregos
A perda de empregos industriais no Brasil (Opinião, 9/4) tende a se acelerar, com consequências danosas para todos nós. Uma delas será a redução de posições de trabalho de qualidade e a impossibilidade de criar novas para viabilizar a ascensão social de grande parte da população. Diversas indústrias de bens de capital estão, progressivamente, se tornando empresas importadoras e revendedoras de máquinas. A reversão desta tendência é possível com uma política industrial que tenha foco na inovação, para trazer competitividade e novo fôlego às nossas indústrias.
MARCO ANTONIO BANDEIRA (São Paulo, SP)

Judiciário
Segundo o STJ, denúncia anônima ou obtida através da imprensa não servem. Mas por que o goleiro Bruno, do Flamengo, está preso? Prova-se mais uma vez que poderosos e políticos nunca pagarão pelas suas falcatruas. Por esta e outras decisões e por advogados espertalhões, o Brasil nunca será passado a limpo. E nunca será um pais sério.
ALDO PAVANELLO (Jaraguá do Sul, SC)

 


Os ministros Celso Limongi e Haroldo Ferreira, do STJ, sepultaram de vez a Operação Castelo de Areia simplesmente porque as provas obtidas pela Polícia Federal partiram de denúncias anônimas, que possibilitaram à polícia realizar uma das mais completas e competentes investigações criminais, chegando à conclusão que foram cometidos crimes possivelmente envolvendo bilhões de reais. Tudo isso foi considerado irrelevante pelos juízes, pois a polícia não apresentou nomes, CPF nem RG dos denunciantes. A Justiça deu uma manifestação de que possivelmente forças ocultas e poderosas estão fornecendo provas aos nossos juízes bem mais interessantes e convincentes que as da Polícia Federal.
JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)

Trânsito
A frota de veículos aumenta a cada dia mais e não há mais espaço para circular. Não houve aumento de ruas, avenidas, e a maioria compra carros com financiamento a longo prazo. As grandes e médias cidades estão no limite da trafegabilidade dos automóveis. Se continuarmos despejando mais carros nas ruas estaremos correndo o risco de aumento da poluição e de ficarmos prisioneiros no trânsito.
YVETTE KFOURI ABRÃO (São Paulo, SP)

Gagárin
No próximo 12 terá transcorrido meio século do maior feito da conquista espacial. Essa data ficou marcada pelo êxito do ser humano na invasão da morada Dele. Aqui embaixo, homens vivem um quadro de selvageria e desamor ao próximo. Depois do 12 de abril de 1961 a ciência progrediu e a tecnologia atingiu patamares inimagináveis. Mas isso não contribuiu para a humanização do homem, que, diante de tamanhas conquistas, espiritualmente continua no Neanderthal.
JAIR GOMES COELHO (Vassouras, RJ)

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