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LUCIANO MENDES DE ALMEIDA
Vida religiosa celebra jubileu
Este é o ano jubilar, em que se
comemoram 50 anos de fundação
da Conferência dos Religiosos no Brasil (CRB).
A CRB nasceu sob a inspiração do
Congresso Multinacional dos Religiosos, convocado pelo Papa Pio 12 em
Roma (1950), e sob o dinamismo da
criação da CNBB, em 1952. Reuniram-se no Rio de Janeiro, em 11 de fevereiro
de 1954, os Superiores e Superioras
maiores de ordens e congregações religiosas e das sociedades de vida apostólica. Estavam presentes 1.800 membros dos institutos.
A CRB foi fundada para ser elo de
unidade entre os institutos -femininos e masculinos-, veículo de compreensão e ajuda mútua, articuladora
de atividades num plano comum e dinamizadora dos carismas próprios a
serviço da Igreja. Cabe ainda à CRB
ser organismo representativo da vida
religiosa do Brasil na Sé Apostólica
bem como na CNBB e nos demais organismos eclesiais. À CRB compete
também o diálogo e a colaboração
com as conferências de outros países e
em especial com a Clar -Confederação Latino-Americana de Religiosos- e com a União de Superiores
Gerais,
Nestes 50 anos, a CRB multiplicou
suas iniciativas e serviços na fidelidade
ao Evangelho e na comunhão eclesial,
incentivando, no seio das Igrejas particulares, o apelo à santidade, à vida
comunitária, à dimensão profética e à
colaboração entre institutos e o zelo
missionário. Atualmente, a CRB se organiza em 20 regionais. São 35.600 religiosas, pertencentes a 452 ordens e
congregações, e 11.456 religiosos, sendo 7.627 clérigos e 3.829 irmãos leigos.
Mais ainda do que os números, devemos considerar a importância para a
Igreja do testemunho de vida consagrada a Deus e ao próximo, com predileção pelos mais carentes. De 5 a 9 de
julho, realizou-se a 20ª Assembléia
Geral da CRB, em São Paulo, com o tema: "CRB, 50 anos - Testemunho,
Profecia, Esperança".
É momento privilegiado para agradecer a Deus os frutos de santidade
que a vida consagrada tem alcançado
entre nós. Consideremos a beleza da
total entrega dos que se dedicam nos
mosteiros a contemplar o mistério de
Deus e a rezar pela humanidade. A
eles, unem-se os que se devotam às
crianças abandonadas e carentes, à
educação da juventude, ao cuidado
dos enfermos e idosos, à acolhida dos
imigrantes e refugiados e a tantas outras formas de amor evangélico na
imitação mais de perto do Divino Redentor. É esse amor maior a Jesus
Cristo que introduz à comunhão na
vida trinitária e abre perspectivas até
heróicas de doação ao próximo, a começar dos mais necessitados.
Ao celebrarmos com alegria o jubileu de ouro da CRB, deixemos desfilar
diante de nós a plêiade de mulheres e
homens -desde o missionário beato
José de Anchieta até irmã Dulce, a serviço dos doentes- cujas vidas consagradas e generosas refletem de modo
maravilhoso a caridade de Jesus.
No dia 9 de julho, a Romaria dos Religiosos do Brasil a Aparecida (SP) encerrou o ano jubilar e expressou de
modo inesquecível a gratidão àquela
que é exemplo e intercessora dos que
dedicam toda a vida a Deus e ao próximo.
Dom Luciano Mendes de Almeida escreve aos
sábados nesta coluna.
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