São Paulo, domingo, 10 de setembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Triste destino
"FHC ataca sem convencer. Lula rebate. Quem perde com toda essa charlatanice é a sociedade, pois, em meio a tantos falsos moralistas, não consegue enxergar a consistência e a seriedade de um Cristovam Buarque ou a perseverança de uma Heloísa Helena. Pobre Brasil, fadado a mais quatro anos de neoliberalismo entreguista, seja com Lula, seja com Alckmin."
ANSELMO FERNANDO GRECCO (Votorantim, SP)
 

"Achei positiva uma das pouquíssimas autocríticas de FHC em relação à marmelada que foi a troca de favores entre o PSDB e o PT para livrar a cara, respectivamente, dos senadores Azeredo e Mercadante durante a CPI do Mensalão. Foi uma vergonha que teve como conseqüência a absolvição inesperada de Lula, que não desperdiçou a oportunidade de dar a volta por cima, sob as barbas inermes do PSDB. Só faltou a FHC falar também da luta suja que produziu a emenda da reeleição -em vergonhoso proveito próprio-, sem a qual estaríamos melhor atualmente."
PAULO SERÓDIO (São Paulo, SP)

Pro brejo
"Pelo jeito, a tal de ética foi "pro brejo" mesmo. Vi na página A7 de sexta-feira o apoio que as principais igrejas evangélicas estão dando para a reeleição do presidente Lula, numa anistia escancarada a todas as falcatruas ocorridas nesse governo desde o ano passado ("Corrente da Assembléia de Deus pedirá votos para Lula'). Posição essa, aliás, que a própria Igreja Católica não adotou, pois tem feito severa contestação aos mensaleiros e sanguessugas. Como evangélico, estou estarrecido."
SAMOEL LOURENÇO FERREIRA (Franca, SP)

Fraude
"No artigo "A fraude" ("Tendências/Debates", 7/9), o deputado federal tucano Alberto Goldman interroga: "A que classe Lula pertence? E o PT, que classe representa?". Ora, para responder a isso, basta ver nas pesquisas a intenção de voto para presidente de acordo com renda ou classe social. O parlamentar também menospreza a capacidade de discernimento do povo brasileiro ao dizer que a reeleição de Lula "seria a confirmação de que mais vale um Bolsa-Família do que a consciência das mudanças de que a sociedade necessita"." E, em relação ao tema corrupção/CPIs, se eleito vice-governador de São Paulo, não lhe faltará pretexto para, se quiser,"lutar" para a instalação de CPIs no Estado, já que mais de 60 tentativas foram abortadas durante a gestão de seu companheiro Geraldo Alckmin."
AMAURI ALVARES (Marília, SP)

Educação
"No artigo de Milú Villela de 6/9 ("Todos pela educação de qualidade'), acredito que tenha faltado uma sexta meta: Valorizar, não só financeiramente mas também profissionalmente, o professor que faz a diferença na escola. Também falta "combinar" com os alunos que o sucesso não vem de graça. Para ser um bom aluno, é preciso estudar -e muito-, pois, até hoje, não inventaram nenhuma técnica educacional ou teoria pedagógica que transforma alunos fracos em brilhantes sem a participação ativa do próprio aluno."
TIAGO RAIMUNDO DA SILVA (Guaratinguetá, SP)

Amazônia
"O caderno Ciência de sexta-feira trouxe uma reportagem construtiva sobre o novo sistema de controle do transporte de madeira no Brasil, o DOF (Documento de Origem Florestal). O texto da jornalista Andréa Michael faz uma abordagem sóbria e séria de um tema crucial para os destinos do Brasil -o problema da derrubada e do comércio de madeiras retiradas ilegalmente das florestas brasileiras. Apenas gostaria de fazer uma pequena observação quanto ao título. Como foi construído ("Novo sistema do Ibama já sofre fraudes'), ele pode sugerir ao leitor que o DOF, embora muito jovem (inaugurado havia cinco dias), já estaria sendo burlado. Na verdade, foi justamente "por causa do DOF" que foi possível identificar as duas "tentativas de fraude". Para ser fiel aos fatos, em minha opinião, o título mais adequado talvez pudesse ter sido: "Novo sistema do Ibama já detecta fraudes". Parabéns à jornalista e à Folha pela cobertura."
ANTÔNIO CARLOS HUMMEL , diretor de Florestas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -Ibama (Brasília, DF)

Caetano
"Caetano Veloso casou de véu e grinalda com a direita (literalmente também) e ainda quer se esconder sob um manto de intelectual moderno e descompromissado (Ilustrada, 7/9). Chato e arrogante, como sempre. E salve o Chico Buarque de Holanda!"
JULIA CORTES (Piracicaba, SP)

Judiciário
"O artigo "Um Poder Judiciário atuante" ("Tendências/Debates", 6/9) talvez seja fruto da desatualização do senhor Hélio Bicudo. O sistema de juizados especiais é uma experiência bem-sucedida em todo o país e, em São Paulo, representa importante fator de inclusão social, permitindo a diminuição da chamada demanda reprimida. O quadro de lentidão que ora se verifica decorre da falta de recursos e de pessoal, e não do sistema em si. De nada adiantará a criação de outro sistema se perdurar a falta de recursos. Quanto à afirmação de que juízes trabalham das 13h às 17h, sem contato com o jurisdicionado, trata-se de absurdo. Juízes trabalham durante toda a semana e em finais de semana, sem exceção, mantendo, ao longo do expediente, as portas abertas a quem quer que seja. O acesso aos juízes é, certamente, mais fácil do que o acesso a qualquer outra autoridade."
SWARAI CERVONE DE OLIVEIRA , juiz de direito (São Paulo, SP)

Ética
"Gostaria de cumprimentar Paulo Betti pela coragem de manifestar seu pensamento, na contramão do politicamente correto estabelecido entre os chamados formadores de opinião. O tom irônico, e até jocoso, que permeou seus desdobramentos mostra como estamos distantes de viver uma democracia de fato e reforça o que se vem sentindo sutilmente há algum tempo: a intolerância a expressões divergentes do pensamento da vez. Está mais do que na hora de dar voz e respeito à diversidade de pensamento -político, sexual, racial ou religioso- sem que se sofra constrangimento ou coerção. Discutir, sim. Perseguir, não."
IZIDE FAVARON ELIAS (Campinas, SP)

Não-ficção
"Dá para imaginar o que Quentin Tarantino ou Oliver Stone fariam com o texto de Sergio Costa de 7/9 ("Cidade sitiada')? Claro, um filme de ficção! Único plano em que se poderia imaginar tal conjuntura."
IZIDE FAVARON ELIAS (Campinas, SP)

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