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São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Coleção brasileira
"A propósito de nota publicada na coluna de Gilberto Dimenstein de domingo passado (Cotidiano, 5/10) sobre a coleção Nemirovsky, venho informar que aquilo que foi dado como certo é ainda uma hipótese. De fato, o Conselho Curador da Fundação José e Paulina Nemirovsky foi procurado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, que sugeriu abrigar a coleção no edifício do antigo Dops. Depois dessa proposta, houve uma visita dos membros do conselho às instalações oferecidas e uma visita formal à secretária. Como se sabe, em casos como esse, em especial quando estão envolvidos uma fundação e um órgão governamental, existe muito a ponderar, inclusive juridicamente. O conselho curador ficou muito sensibilizado com a generosidade da oferta, mas até o momento avalia a questão. Não há, portanto, nenhuma decisão tomada e nenhum comprometimento formal. Como estou certa de que o jornalista quer bem informar os seus leitores e de que as pessoas envolvidas nesse assunto merecem todo o nosso respeito, tomei a iniciativa de mostrar a real situação. É nossa firme intenção encaminhar esse precioso legado ao usufruto público e, nesse sentido, estamos trabalhando com a maior responsabilidade." Maria Alice Milliet, diretora técnica da Fundação José e Paulina Nemirovsky (São Paulo, SP)

Recursos
"A Policia Federal, as embaixadas brasileiras e o Poder Judiciário, por falta de recursos financeiros, vêm apresentando problemas sérios para desempenhar suas funções -isso sem falar nas Forças Armadas. Será que a falta de recursos tem afetado também os salários dos ministros e os de algumas esposas destes que exercem cargos de confiança? Lula deu uma "trucada" nos americanos nas negociações da Alca, segundo suas próprias palavras. Mas não deu "trucada" em quem deveria ter dado: o seu companheiro Fidel Castro, o ditador mais antigo do mundo, que sempre deu uma banana para os direitos humanos. Administrar seriamente um país como o nosso exige, no mínimo, seriedade e competência."
Lourimbergue Veneno (Santos, SP)

Conta errada?
"Ajudem-me a ver se entendi bem ou se estou fazendo conta errada. Li que, na eleição da Califórnia, 45% dos eleitores quiseram manter o governador Davis e 55% decidiram chutá-lo para fora. Li também que, desses 55%, 49% garantiram a eleição de Schwarzenegger. Concluo, portanto, que o novo governador teve 49% de 55% dos votos, o que dá uns 27% do total de eleitores (pois, obviamente, só os que votaram pelo afastamento de Davis desejavam pôr um outro no seu lugar). Então essa eleição está colocando no poder um sujeito com a preferência de 27% dos eleitores no lugar de outro que tem 45% dos votos? Continuo não entendendo, acho que fiz alguma conta errada..."
Fernando De Martini (São Paulo, SP)

 

"Em relação ao editorial "O risco Schwarzenegger", vale observar que, se Schwarzenegger seguir os passos de Ronald Reagan, como diz o texto, o povo californiano só irá lucrar. Reagan -assim como Schwarzenegger- herdou um governo economicamente arrebentado pelos plantadores de amendoim e com 12% ao ano de inflação (altíssima para os padrões americanos). Ele reergueu a economia, liquidou o comunismo e propiciou ao povo norte-americano o maior poder aquisitivo de sua história. Prejulgar Schwarzenegger é uma atitude discriminatória. Ser artista não representa nenhuma inferioridade em relação a sexólogos ou a metalúrgicos."
José Blota Neto (São Paulo, SP)

Política externa
"Ao contrário dos queixumes de Roberto Rodrigues (ministro da Agricultura), a política externa brasileira precisa continuar "rígida e intransigente" em busca de um mundo justo. A Folha publicou em 7/10 trechos de relatório da ONU sobre favelados: estes são 1 bilhão de pessoas, um sexto da população do mundo ou um terço dos que vivem em cidades. A ONU estima que em 2033 serão 2 bilhões. Em 8/10, a Folha mostrou trabalho do Banco Mundial sobre desigualdade social na América Latina, a região de maior desigualdade do mundo. E o Brasil é o país de maior desigualdade da América Latina. Se Roberto Rodrigues fica "encabulado", como disse, com as posições altivas em busca de um Brasil e de um mundo melhores, então que deixe o governo."
José Pascoal Vaz (Santos, SP)

É pouco
"Uma usina deixa vazar milhões de litros de melaço de cana no rio Pardo, matando mais de 50 toneladas de peixes, e é multada pela Cetesb em apenas R$ 110 mil. Os prejuízos para a natureza são incalculáveis. O valor da multa é uma piada de tremendo mau gosto."
Sandro César Gallinari (Praia Grande, SP)

 

"Fiquei indignado ao ler a reportagem sobre a tragédia ecológica causada pela mancha de melaço que contaminou o rio Grande, na divisa de São Paulo com Minas Gerais. Fiquei mais indignado ainda ao saber que o Ibama apenas exigirá que a usina faça o repovoamento e que pague uma multa de até R$110 mil. É muito pouco! A medida punitiva aplicada pelo Ibama não é proporcional ao dano causado pela usina. Enquanto as empresas não forem devidamente punidas por seus crimes ecológicos, não haverá melhora na preservação do ambiente."
Thomas Sieh (São Paulo, SP)

Tempo
"Simplesmente brilhante a análise do professor Joaquim Falcão no texto "A pressa e as eleições" ("Tendências/Debates", pág. A3, 9/10). Os pretendentes aos cargos públicos em 2004 deveriam recortá-lo e guardá-lo como leitura de cabeceira. Aliás, já se vão quase 15 anos de esperanças e, nos últimos tempos, nós, brasileiros, fomos convertidos em números e classificados nas colunas de débito e de crédito do mercado financeiro. Até quando?"
Hugo Frederico Vieira Neves (Florianópolis, SC)

Zebra
"Jamais pensei que veria meu Timão passar a ser zebra se ganhasse do São Caetano em pleno Pacaembu, a nossa casa."
Laércio Zanini (Garça, SP)

Crime
"O mínimo que eu esperava era que a prefeita Marta Suplicy tivesse comparecido ao velório do comerciante Samuel Carrasco, assassinado indiretamente por um de seus órgãos arrecadadores ("Discussão sobre radar termina em morte", Cotidiano, 9/10). O brasileiro assiste, impotente e decepcionado, à sua renda mensal -isso quando há renda- cair mês a mês e se vê obrigado a enfrentar uma enxurrada de impostos, tributos e contribuições, que, na maioria das vezes, sobem acima da inflação. Hoje, em São Paulo e nas principais capitais do país, ninguém deveria ser obrigado a circular em velocidades muito lentas na madrugada, tamanha a insegurança que se abateu sobre nós. Não há como justificar que de madrugada exista esse esforço arrecadatório. Nesse período, todas as energias deveriam estar à disposição da segurança do contribuinte."
Jayme Kopelman (São Paulo, SP)


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