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São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Prefeitura
"Em relação ao editorial "Cargos para Marta" (Opinião, pág. A2, 8/12), gostaria de esclarecer que a Prefeitura de São Paulo moralizou a máquina pública. Começamos com o corte de 1.300 cargos no Anhembi e na Prodam. De 2000 para 2003, a população da cidade cresceu 7%, segundo dados da Seade. São 10,6 milhões de habitantes. Para atender essa população, a prefeitura realizou 23 concursos. Mais de 17 mil novos profissionais concursados ingressaram nesta gestão -a maioria nas áreas de saúde e educação- para superar os danos provocados pelo PAS e para atender as 200 mil novas vagas nas escolas. Já trabalham na saúde mais 3.500 médicos e enfermeiros, entre outros. Nas escolas, temos mais 10 mil professores. E, para reforçar a segurança escolar, contamos com mais 600 guardas civis. Hoje, São Paulo conta com 130 mil funcionários, sendo 2,3% de cargos de livre provimento. Isso significa cerca de 2.800 profissionais, incluindo os novos cargos de livre provimento nas subprefeituras."
Mônica Valente, secretária municipal de Gestão Pública (São Paulo, SP)

Boi de piranha
"Em referência à bandalheira filmada no interior do presídio de segurança máxima Bangu 4, creio que já fosse previsível que o único responsabilizado seria o agente penitenciário, que servirá de "boi de piranha". É preciso esclarecer à população que, se existe corrupção dentro dos presídios, os agentes, principalmente aqueles que circulam no interior do estabelecimento, não podem fugir do esquema. Caso contrário, morrem. A responsabilidade deve recair, necessariamente, sobre a governadora, o secretário da Administração Penitenciária e o diretor do estabelecimento. Os agentes, por mais honestos que possam ser, nada podem fazer se quiserem continuar vivos."
José Ordele Alves Lima Júnior (Sorocaba, SP)

Juiz e professor
"O que um juiz tem que um professor não tem? É fácil responder a essa questão. Basta perceber que um professor pode apenas contribuir para que você seja um cidadão e abrir caminhos para a sua formação profissional -de juiz e até de presidente. Mas o professor, com toda a certeza, nunca poderá limpar sua barra se você escorregar para a ilegalidade. Há também outra grande diferença: o juiz vale 90,5% do salário de um ministro. Portanto, que se deixe de falar de privilégios dos funcionários públicos e que se reserve tal palavra para qualificar juízes e políticos, pois professores, segundo o nosso presidente, devem ser comparados a cortadores de cana."
Neide Arrias Bittencourt (Maringá, PR)

Onde estão?
"Não sou contrário à existência de pedágios, mas os preços no Estado de São Paulo estão abusivos. Para viajar da capital para Araraquara (270 km), gastam-se quase R$ 35 (15% do salário mínimo). Esse assombroso confisco começou no governo Covas, e seu pupilo, para minha surpresa, nada fez para mudar a situação. Será que o exemplo do Paraná, apesar de populista, não consegue contagiar o nosso governador? Até quando aguentaremos esse descalabro? Onde estão os deputados estaduais que nada fazem acerca do assunto?"
Edson Ribeiro da Silva (Araraquara, SP)

Santo André
"Estamos em dezembro de 2003 e, quando, finalmente, a Promotoria determina que seja feita uma revisão do processo que investiga a morte do prefeito Celso Daniel -solicitada pela família, creio eu-, eu vejo nos jornais e na TV frases absurdas como a do nosso político "brilhante" José Genoino: "Estão querendo matar Celso Daniel novamente". O que é isso? O que ele pretende com esse comportamento? Esconder o quê? Será que esse senhor Sérgio Gomes da Silva é tão forte assim que não pode ser tocado? Ele foi denunciado, sei disso, mas isso não isenta a irresponsabilidade da frase do senhor José Genoino. Eu sou povo e, como povo, reclamo da falta de responsabilidade dessa frase. Eu pergunto: quem precisa que esse processo seja definitivamente encerrado? Pergunto mais: por que esse "senhor" que estava com Celso Daniel e dirigia a Pajero não foi levado com o prefeito? Não sou moradora de Santo André e não sou filiada a nenhum partido político, mas estou indignada, como mulher, mãe e cidadã brasileira, com o que está acontecendo."
Cibele Moreira de Miranda (São Paulo, SP)

Maioridade
"Brilhante o artigo escrito pelo professor Paulo José da Costa Jr. ("Tendências/ Debates", pág. A3, 8/12). O ilustre professor de direito penal mostra que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, está completamente equivocado quando afirma que legislar acerca de maioridade penal neste momento seria legislar sob o clamor público vivido atualmente. Como evidencia o professor, com grande autoridade -já que vivenciou esse tema naquela época-, a maioridade penal deveria ter sido rebaixada já em 1969. Adiciono um outro exemplo de responsabilidade à pessoa de 16 anos -além do direito de votar- que é o casamento. Na minha modesta opinião, não vejo uma responsabilidade tão grande quanto a de casar, quando se contraem dívidas, constitui-se uma família, geram-se filhos etc. Destarte, a pessoa de 16 anos tem pleno conhecimento das consequências de seus atos. Será que até na redução da maioridade penal o Brasil ficará atrasado, como demonstrou o escritor?"
Marcelo Fernandes dos Santos (Alfenas, MG)

Um dos muitos
"Aguardo ansioso a resposta do companheiro Lula ao professor Fábio Konder Comparato ("Até quando, companheiro?", "Tendências/Debates", pág. A3, 8/12). Resposta a ser feita de público, como convém entre amigos, pela simples razão de que o primeiro é, agora, presidente da República, o principal empregado do povo. Meu desejo justifica-se pelo fato de eu ser um daqueles muitos citados pelo professor que, apesar de tudo, "continuamos a confiar naquele Lula generoso e justo que conhecemos e que permanecerá sempre o mesmo, se Deus quiser"."
João Fábio Campos Freitas (Teresina, PI)

Combustível
"Acompanho a carreira política da senadora Heloísa Helena há muito tempo e, nas eleições do ano passado, tive o prazer de conhecê-la pessoalmente. Entretanto não dá para silenciar diante da sua atual postura ante o governo Lula. Como petista convicto, acho que a senadora tem todo o direito de discordar da posição do governo, isto é, do PT, dentro do partido (roupa suja se lava em casa). Mas, a partir do momento em que suas idéias são a minoria (o princípio fundamental da democracia é a vontade da maioria), só lhe resta uma saída hon- rosa: desligar-se do partido. Assim poderá continuar a malhar o governo, como faz a oposição. Chega de continuar dando combustível à oposição e servindo de inocente útil."
José Kanawate (Ponta Grossa, PR)

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