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Avanços na informática
AS VENDAS de computadores pessoais, laptops (portáteis) e outros itens de informática vêm apresentando um
aumento significativo. Segundo
fabricantes e varejistas, esse desempenho foi impulsionado por
vários movimentos interligados.
A valorização do real do patamar de R$ 3 para o de R$ 2,20
proporcionou redução de 27%
no preço dos computadores pessoais. A "MP do Bem" reduziu a
carga tributária em 9,3% para as
máquinas de até R$ 2,5 mil, o que
favoreceu a indústria e o varejo.
Houve queda no mercado de peças contrabandeadas e softwares
piratas, cuja participação nas
vendas totais, estima-se, caiu de
74% no fim de 2004 para 57% no
primeiro trimestre deste ano.
A expansão do financiamento
ampliou as vendas. Grandes redes varejistas passaram a conceder crédito nas mesmas condições facilitadas de uma linha
precursora do BNDES. Alongaram-se prazos de pagamento, e
as prestações passaram a caber
no orçamento de mais famílias,
chegando com força à classe C.
Também caiu o preço dos softwares, parte importante do custo
do computador. A expansão do
uso de sistemas operacionais de
código aberto e a reação de outras empresas, oferecendo alternativas mais baratas, têm participação nesse fenômeno.
Ainda há, portanto, muito a explorar nesse segmento, cuja expansão moderniza empresas e
amplia o bem-estar da população. Se as tarifas de importação
de informática foram baixadas
para o patamar de 16%, ainda são
muito altas diante desse enorme
mercado potencial e do incipiente parque industrial aqui instalado. As medidas para fomentar a
indústria doméstica deveriam ficar restritas às contrapartidas de
maior conteúdo local e de investimentos em pesquisa e desenvolvimento já presentes nas regras atuais de incentivo fiscal.
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