São Paulo, domingo, 11 de junho de 2006

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Avanços na informática

AS VENDAS de computadores pessoais, laptops (portáteis) e outros itens de informática vêm apresentando um aumento significativo. Segundo fabricantes e varejistas, esse desempenho foi impulsionado por vários movimentos interligados.
A valorização do real do patamar de R$ 3 para o de R$ 2,20 proporcionou redução de 27% no preço dos computadores pessoais. A "MP do Bem" reduziu a carga tributária em 9,3% para as máquinas de até R$ 2,5 mil, o que favoreceu a indústria e o varejo. Houve queda no mercado de peças contrabandeadas e softwares piratas, cuja participação nas vendas totais, estima-se, caiu de 74% no fim de 2004 para 57% no primeiro trimestre deste ano.
A expansão do financiamento ampliou as vendas. Grandes redes varejistas passaram a conceder crédito nas mesmas condições facilitadas de uma linha precursora do BNDES. Alongaram-se prazos de pagamento, e as prestações passaram a caber no orçamento de mais famílias, chegando com força à classe C.
Também caiu o preço dos softwares, parte importante do custo do computador. A expansão do uso de sistemas operacionais de código aberto e a reação de outras empresas, oferecendo alternativas mais baratas, têm participação nesse fenômeno.
Ainda há, portanto, muito a explorar nesse segmento, cuja expansão moderniza empresas e amplia o bem-estar da população. Se as tarifas de importação de informática foram baixadas para o patamar de 16%, ainda são muito altas diante desse enorme mercado potencial e do incipiente parque industrial aqui instalado. As medidas para fomentar a indústria doméstica deveriam ficar restritas às contrapartidas de maior conteúdo local e de investimentos em pesquisa e desenvolvimento já presentes nas regras atuais de incentivo fiscal.


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