São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2005

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PAINEL DO LEITOR

José Dirceu em Cuba
"A Folha ignorou o bom jornalismo no texto "Dirceu passa Carnaval em Cuba, visita Fidel e revê velhos amigos" (Brasil, pág. A5, 11/2). Conforme foi informado à reportagem, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, representou o governo brasileiro na 14ª Feira Internacional do Livro de Havana (da qual o Brasil era convidado de honra) e teve reuniões de trabalho sobre relações bilaterais entre o Brasil e Cuba com o presidente Fidel Castro, com Carlos Lage Dávila, secretário do Comitê Executivo do Conselho de Ministros, com Felipe Ramón Pérez Roque, ministro das Relações Exteriores, e com Ricardo Alarcón de Quesada, presidente da Assembléia Nacional do Poder Popular. Também conforme foi informado à reportagem, o ministro viajou sem ônus financeiro para o governo, arcando com todas as despesas -não recebeu diárias e não usou carro oficial nem segurança. Com o escritor Fernando Morais, visitou a casa e o apartamento em que morou em Cuba e entrevistou personagens e amigos. Não houve, portanto, "tour em Havana". A reportagem não leva em conta que o ministro viajou a Cuba em um fim de semana, que segunda-feira era ponto facultativo e que terça-feira era feriado. "
Ralph Machado, assessor da Casa Civil da Presidência da República (Brasília, DF)

PT 25
"Discordo do cientista político que disse que o PT é um partido que avançou rumo ao centro. O PT faz hoje o que a direita não teve coragem de fazer nos tempos de FHC, vide a aprovação da nova lei de falências e a política de juros altos, que consome muito mais do erário do que é destinado aos programas sociais."
José Paulo Guedes Pinto (São Paulo, SP)

Brasil
"Crianças morrendo de inanição ("Índia de 3 anos morre de desnutrição em MS", Cotidiano, 10/2). É inacreditável que um presidente que fez e faz campanha contra a fome gaste o valor que gastou no seu mais novo brinquedinho voador importado, enquanto uma parte mínima desse valor impediria a morte de sabe Deus quantas crianças."
Vera Lucia Cordeiro Abram (Curitiba, PR)

Executivo
"Extraordinário o texto do senador Ramez Tebet sobre os gastos excessivos do governo federal ("O Estado perdulário", "Tendências/Debates", 9/2). Extraordinariamente omisso! Nem uma só linha sobre o sorvedouro de recursos do Poder Legislativo. Nada sobre as generosas verbas de gabinete nem sobre a multidão de assessores. Nem uma só linha sobre as convocações extraordinárias, os apartamentos funcionais, o turismo parlamentar, os motoristas e os ascensoristas com "salários de ministro". Isso para não falar do toma-lá-dá-cá das emendas parlamentares. O senador precisa aproveitar a sua mais do que justificada indignação e fazer uma proposta ao menos razoável para reduzir os gastos do Senado. Tenho certeza de que, se aprovada uma proposta sua assim, ela terá um efeito cascata e irá espalhar-se até as Câmaras Municipais dos mais remotos rincões deste país. Se isso acontecer e se a Folha mais uma vez me der espaço, estarei aqui para aplaudi-lo."
Felicio Limeira de França (Recife, PE)
Varig
"Em relação à reportagem "Varig vê chance de novas propostas" (Dinheiro, pág. B4, 11/2), a TAM esclarece que, desde o início das discussões no Congresso, o próprio comandante Rolim Amaro, fundador da companhia, manifestou a vários parlamentares o seu empenho na aprovação da Lei de Falências da forma como foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse posicionamento da TAM também pode ser comprovado pelo empenho pessoal do presidente da companhia, Marco Antonio Bologna, na aprovação integral da lei. Para a TAM, a nova regra é instituto moderno, saudável e institucionalmente correto. Portanto é infundada qualquer especulação ou dúvida a respeito da posição da TAM sobre o assunto, como sugere a reportagem."
Anahi Guedes, gerente de comunicação da TAM (São Paulo, SP)

Loterias
"Diferentemente do que informou o texto "Empresa e banco negam ter havido irregularidades" (Brasil, pág. A4, 11/ 2), a GTech Brasil manifestou-se, sim, quando procurada pela reportagem. O comunicado da empresa que respondia às questões feitas pelo repórter foi enviado no prazo determinado por ele -apesar de a GTech ter sido procurada pelo jornal somente no final da tarde. Com o intuito de bem informar o leitor da Folha, segue íntegra do posicionamento da empresa enviado ao jornal e não publicado: 1. A GTech Brasil não tem conhecimento de novas investigações sobre o contrato entre a empresa e a Caixa relativas a período anterior a 2003; 2. A GTech Brasil continuará colaborando, como sempre fez, com as novas diligências das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público; 3. Todos os contratos entre a GTech e a Caixa são absolutamente legais e foram firmados dentro dos critérios éticos que regem os negócios da empresa no mundo inteiro. 4. A GTech Brasil confia que as investigações concluirão que a empresa foi vítima de uma tentativa de extorsão durante suas negociações para a renovação contratual. Está convencida de que será demonstrado à opinião pública que nenhuma irregularidade foi cometida pela GTech Brasil."
Francisco Carvalho, da comunicação corporativa da GTech Brasil (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia a seguir a seção "Erramos".

Tênis
"Na coluna "Ressaca" (Esporte, 9/2), de Régis Andaku, foi veiculada referência direta à minha pessoa e à entidade que presido -a Confederação Brasileira de Tênis- quando o colunista afirma que deveria ter "evitado declarações agressivas como essas" e se esquece de citar parte da nota em que afirmamos que "a CBT aplaude a iniciativa do Banco do Brasil de investir em atletas e em eventos". Dessa forma, o colunista tenta divulgar e criar situação não-verdadeira, parecendo dar explicação a pessoas não citadas no texto verdadeiro da CBT -ainda mais na data em que foi publicada, bastando verificar a nota "Boa notícia 1". Na segunda nota, o colunista tenta criar nova situação absurda e mentirosa, sem embasamento nenhum, quando afirma que o ocorrido, transferência da sede do Banana Bowl, foi "revanchismo" com a Federação Paulista de Tênis. Demonstra o colunista desconhecimento técnico do esporte tênis e, principalmente, total ignorância geográfica, pois as federações representam Estados, e não capitais -e São José dos Campos, até a data em que acertamos o evento, fazia parte do Estado de São Paulo. Veículo da grandeza da Folha, do qual sou assinante, no mínimo deveria fazer contato com os presidentes da Confederação e da Federação antes de imputar tal absurdo ao meio tenístico brasileiro, que já vem de um período negro, no qual o mesmo colunista nada observava de errado."
Jorge Lacerda da Rosa, presidente da Confederação Brasileira de Tênis (São Paulo, SP)

Resposta do colunista Régis Andaku -
A coluna adota a mesma postura independente e crítica que mantinha em relação à gestão anterior da CBT.


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