São Paulo, sábado, 12 de julho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Supremo e PF
"O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, fez escola ao soltar Salvatore Cacciola sem uma justificativa plausível. Deu no que deu. Agora é a vez do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal. Sem que houvesse flagrante de ilegalidade ou de abuso de poder para justificar o habeas corpus, ele soltou Daniel Dantas. Espero que amanhã eu não leia na Folha a manchete: "Avião de Daniel Dantas faz pouso tranqüilo no exterior"."
JOÃO SARAIVA (João Pessoa, PB)

 

"Desde quando banqueiro tem foro privilegiado neste país? A que ponto chegou o escárnio."
SILVIO DE BARROS PINHEIRO (Santos, SP)

 

"Quero expressar minha indignação contra o STF pela concessão de habeas corpus a Daniel Dantas. Mudam-se os tempos, mudam-se os costumes. Na época da ditadura o lema era: "Prendo e arrebento". Agora, com a corrupção generalizada, o lema é: "Prende que eu solto"."
ALTAIR DE ALMEIDA COSTA (Belo Horizonte, MG)

 

"Pelo jeito a coisa é mesmo como falou Daniel Dantas: "No Supremo eu resolvo com facilidade". Como imaginar que uma pessoa do perfil de Dantas não vai agir contra provas documentais e testemunhais, senhor ministro Gilmar Mendes?"
ORIVALDO TENORIO DE VASCONCELOS (Monte Alto, SP)

 

"A espetacularização das prisões de ricos é diretamente proporcional à espetacularização da impunidade servida em bandejas de prata às custas dos melhores advogados. "Preocupar-se somente com juízes de primeira instância" é uma modalidade de foro privilegiado totalmente nova, conforme demonstrou-se ao pularem as etapas recursais das instâncias intermediárias."
TÚLIO JOSÉ BORGES PEREIRA (Cambuí, MG)

 

"Nosso Judiciário a cada dia dá demonstrações de que realmente este é um país para se envergonhar -um país onde o crime compensa, desde que você tenha dinheiro para contratar advogados influentes. Sinto uma vergonha profunda e uma enorme sensação de impotência. Mesmo assim, palmas para a PF por seu excelente trabalho."
DANIEL PINSKY (São Paulo, SP)

 

"Concordo com o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, quando diz que "nem o pobre, nem o rico, nem o negro, nem o branco, nem o amarelo, nem o homem, nem a mulher podem ser algemados exclusivamente para sua execração". O que chama a atenção, no entanto, é que só quando os algemados são pessoas como Daniel Dantas, Naji Nahas e Celso Pitta é que se vê na mídia a defesa do estrito cumprimento da Constituição. Quando pobres ou negros são algemados ninguém se manifesta."
JOSÉ HENRIQUE TEIXEIRA (Jaú, SP)

 

"Não sou advogado nem gostaria de ser, num país como o nosso, injusto e descompromissado com os mais carentes. Mas eu fico tentando entender a celeridade do STF quando se trata de decidir sobre a prisão de poderosos. Por que não aplicar a mesma rapidez com aqueles milhares de pobres que estão apodrecendo nas cadeias brasileiras, simplesmente porque não são poderosos?"
JOÃO BATISTA AVELINO DE SOUZA (Salto, SP)
 

"Concordo plenamente com o ministro Gilmar Mendes e com o dr. Luiz Flávio Borges D'Urso quando se referem à execração pública a que são submetidos os suspeitos em nosso país ao serem algemados. Apenas me surpreende que tais manifestações se dêem com pessoas importantes, já que tais fatos ocorrem no dia-a-dia com pessoas comuns. É também surpreendente como para pessoas ditas de colarinho branco o plantão noturno acatando soltura funcione tão bem!"
JOÃO BERTOLDO DE OLIVEIRA (Campinas, SP)

 

"O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, conseguiu operar um milagre: uniu gregos e troianos no repúdio à sua apressada decisão que, além do mais, não respeitou a regra do juiz natural e da sucessão de instâncias. Não tem condições de prosseguir: fez da mais alta corte do país um motivo de chacota."
JOSÉ HAMILTON CRUZ (São João da Boa Vista, SP)

 

"A morte de Isabella Nardoni expôs os acusados à execração pública através de uma intensa cobertura midiática. Cercados de enorme aparato policial, foram mostrados algemados continuamente. Eles, tanto quanto Naji Nahas, Daniel Dantas e Celso Pitta, são presumivelmente inocentes até o trânsito em julgado dos processos. Estranha-se que só no caso atual dos crimes financeiros haja reações fortes do presidente do STF, Gilmar Mendes, e do presidente da OAB-SP. Há alguma dúvida de que, no Brasil, o dinheiro fala muito mais alto?"
GLADSTONE HONÓRIO DE ALMEIDA FILHO (Rolândia, PR)

 

"Até onde o STF pretende ir com tanta eficiência? Será que agora vão julgar com rapidez todos os processos adormecidos em suas gavetas? Os acusados do mensalão devem estar rindo a toa, pois, a depender do presidente do STF, provavelmente ficarão livres. Quantas horas ficará na cadeia Salvatore Cacciola quando retornar ao Brasil?"
NILZA PEREIRA RUBO (São Paulo, SP)
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