![]() São Paulo, sábado, 12 de agosto de 2006 |
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FERNANDO RODRIGUES Campanha na TV BRASÍLIA - As eleições para governos estaduais e para presidente
da República entram em nova fase
na terça-feira. Começa o horário
eleitoral em rádio e TV -que não
tem nada de gratuito, pois as emissoras podem, por lei, abater parte
considerável de suas perdas na hora
de pagar Imposto de Renda.
Em 1998, o PSDB decidiu que a
campanha era muito longa. Reduziu-se o período do horário eleitoral
de 60 dias para 45 dias. Facilitou-se
a vida de FHC, que foi reeleito no
primeiro turno em meio a grande
turbulência na área econômica. De
uns tempos para cá, passou a fazer
menos diferença a alteração promovida pelos tucanos.
As redes de TV agora fazem uma
cobertura jornalística mais robusta
do processo eleitoral. Não cola mais
aquela explicação do tipo "o candidato ainda não é conhecido e vai
deslanchar quando começar a propaganda eletrônica". Todos já são
conhecidos. Até José Maria Eymael
e Luciano Bivar aparecem diariamente nos telejornais.
Tudo para dizer que as propagandas de TV podem não ser a salvação
da lavoura para os candidatos que
lutam para subir na preferência do
eleitorado. Dificilmente alguém
conseguirá só com a TV alterar radicalmente o quadro. A exceção fica
por conta de algum "fator extracampo", como se diz no futebol.
Por exemplo, em 2002 Ciro Gomes chegou a atingir 32% na véspera do horário eleitoral. Estava em
primeiro lugar, tecnicamente empatado com Lula. Cometeu algumas
gafes verbais. Suas falas foram usadas à exaustão pelos adversários na
TV. Ciro despencou e terminou a
eleição com apenas 12% dos votos,
em quarto lugar.
É disso que os adversários de Lula precisam. Que o presidente-candidato abra o flanco e tropece nas
próprias pernas. Não é impossível,
mas não há como prever.
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