São Paulo, domingo, 12 de novembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Financiamento
"Conforme a Folha assinala em sua edição de sábado, a Justiça Eleitoral não exige que as informações relativas a empresas financiadoras de campanhas eleitorais incluam o seu ramo de atividade.
Isso impossibilita a agregação de dados por setor e limita as análises a conjuntos identificados pelos nomes das empresas. A Transparência Brasil, que mantém o projeto Às Claras (www.asclaras.org.br), voltado para a análise de financiamento eleitoral, identificou esse problema há tempos. Fizemos parte de um grupo de trabalho montado pelo ex-presidente do TSE Carlos Velloso para discutir aperfeiçoamentos nos regulamentos eleitorais a partir deste ano. Uma das sugestões foi exigir a inclusão do número do CNAE (Cadastro Nacional de Atividade Econômica) das empresas doadoras. Só o TSE poderá explicar por que não adotou a prática."
CLAUDIO WEBER ABRAMO, diretor-executivo da Transparência Brasil (São Paulo, SP)

Cartões da Presidência
"Em mais essa ocorrência com os cartões da Presidência ("Gastos de cartões do governo sobem 70%", Brasil, 11/11, pág. A6), em que se pagaram 280 lanches a correligionários petistas, fico feliz em saber que a oposição está viva e atuante. Se 60 milhões de eleitores cederam ao canto das sereias da tolerância, há outros 40 milhões que têm direito a que se respeite seus valores éticos e exigem que a "res pública" se mantenha, de fato, pública -e não privada."
GILBERTO DIB (São Paulo, SP)

Mario Zan
"Tive o privilegio de conhecer o sanfoneiro Mario Zan por ocasião da minha pesquisa sobre o quarto centenário da cidade de São Paulo. Era uma figura simples e magoada com a elite paulistana, que não havia reconhecido a sua música "IV Centenário" como representante da efeméride de 1954. O fato de Zan ser identificado como um artista do povo parece que desagradava ao elitismo da comissão.
Na ocasião de nossa conversa, Mario Zan reclamou que todos receberam homenagem durante as comemorações do quarto centenário, menos ele. Não seria hora de corrigir essa injustiça?"
SILVIO LUIZ LOFEGO, autor do livro "IV Centenário da Cidade de São Paulo: uma cidade entre o passado e o futuro" (São Paulo, SP)

Sigilo
"O episódio da violação do sigilo telefônico de jornalistas da Folha, independentemente das justificativas apresentadas pelo governo até agora, é inaceitável e repugnante. É um verdadeiro atentado contra a democracia e os direitos humanos no país.
Espero que os responsáveis sejam investigados e punidos exemplarmente, como é difícil ocorrer no Brasil -mas ainda tenho esperança."
ARIEL DE CASTRO ALVES, advogado, coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos (São Paulo, SP)

Super pop
"Genial na precisão e trágico na mensagem o artigo "Preferência nacional", de Nelson Motta (Opinião, pág. A2, 10/11). A mentira é cada vez mais "super pop" por estas tristes paragens.
Quem mente é bajulado e sufragado pelas urnas, enquanto os que prezam a verdade são uns otários. Que perspectivas pode ter um país em que isso acontece?"
MARCELLO BRITO ERLICH (São Paulo, SP)

Lista da OAB
"Entendo ter sido precipitada a decisão da OAB-SP de publicar na internet a lista das pessoas consideradas "inimigas" da classe. A se confirmar o que a imprensa publicou, os "julgamentos" evidentemente foram sob rito sumário, sem direito ao contraditório. Há tempo de, com sensatez e humildade, corrigir esse equívoco sem precedentes, que poderá estremecer ainda mais nossas relações.
Se essa foi uma infeliz manobra com intenção eleitoreira, penso que o tiro saiu pela culatra."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA, advogado, (Lins, SP)

Oriente Médio
"Diferentemente do que afirmou o senhor Luiz S. Steinecke, diretor da Conib ("Painel do Leitor", 9/11), as geniais charges apresentados por cartunistas do mundo inteiro, inclusive do Brasil, em um concurso patrocinado pelo governo do Irã, de maneira nenhuma banalizam o desastre humano que foi o Holocausto judeu. Longe disso.
Além de confirmarem a tese do missivista -que afirmou em sua carta que "fica patente como a história pode se repetir ou como podemos mudar seu curso'-, os brilhantes trabalhos artísticos, de forma singela, procuram, pela denúncia incisiva, mudar o curso da dramática história que se abate no Oriente Médio.
As criminosas agressões que o Estado de Israel comete diuturnamente contra o povo palestino, um terrorismo de Estado, são uma "hecatombe" à humanidade e uma verdadeira ofensa à honra, à moral e à memória dos 6 milhões de vítimas do primeiro Holocausto."
JORGE DERVICHE FILHO (Curitiba, PR)

Fundamentalismo
"Ótima a reportagem "Filme retrata fundamentalismo" (Ilustrada, 8/11), que fala do documentário "Jesus Camp", sobre a prática de líderes religiosos norte-americanos. Só mostrando as reais intenções desses líderes, de lá e de cá também, para que as pessoas possam ter senso crítico e não cair nas suas garras. É preciso proteger especialmente nossas crianças e jovens, público preferido dos fundamentalistas.
É chocante a imagem de crianças "adorando" a silhueta de Bush.
No documentário, um dos líderes fala do sonho de reunir igreja e Estado novamente, crianças são envolvidas em manifestações contra o aborto e ensina-se que o aquecimento global é um mito da ciência... A defesa de Estados laicos é cada vez mais urgente."
DULCE XAVIER, integrante do grupo Católicas pelo Direito de Decidir (São Paulo, SP)

Drogas
"Muito importante o artigo do professor Ronaldo Laranjeira a respeito de políticas públicas sobre drogas ("Desassistência ao dependente químico", 3/11, pág. A3). O momento é oportuno para que os governos estadual e municipal de São Paulo criem organismos executivos para implementar e garantir a continuidade de ações de prevenção e de resolução do abuso e dependência do álcool e de outras drogas. A articulação do que existe e do que vier a ser desenvolvido precisa de um órgão coordenador."
LUIZ ALBERTO CHAVES DE OLIVEIRA, presidente do Conselho Municipal de Políticas Públicas de Drogas e Álcool de São Paulo (São Paulo, SP)

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