São Paulo, segunda-feira, 12 de novembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Educação
""Apeoesp considera que doença funcional é causa de problema" (Cotidiano, 11/11). Mentira! Isso é a pura vergonha da nossa educação. O Estado fomenta o fracasso, e os professores, a tarefa mandrana de fazerem dos seus salários justificativas para suas incompetências. Em que empresa privada você falta sem perda de salário ou de outro benefício alegando estar nervoso(a) ou angustiado(a)? Onde existe isso? Eu e meus dois filhos estudamos em escola pública. Nesses 22 anos de conhecimento de causa, os problemas só se agravaram. Os professores, em cumplicidade com o Estado, são os grandes patrocinadores do malogro da educação. E isso só é possível graças ao contribuinte, que, para o erário, é indiferente. Doente, nervoso ou angustiado, arduamente paga os impostos."
SEBASTIÃO PAULO TONOLLI (Atibaia, SP)


"Concordo que, realmente, há muitas faltas de professores na rede estadual e poucas nas escolas particulares ("30 mil professores faltam por dia na rede pública de SP", Cotidiano, 11/11). Mas não foi divulgado em nenhum lugar qual o salário por hora-aula de um professor dos colégios citados, como o Bandeirantes, em comparação com o salário pago pelo Estado. Será que é simplesmente porque ele é mais de quatro vezes superior -por metade da jornada- e daria aos leitores a devida margem de comparação? Ou porque, como em pesquisa publicada na mesma edição, os leitores do jornal são das classes A e B, que, normalmente, têm os filhos estudando em escolas particulares? A chamada da reportagem é tendenciosa, apesar do espaço dado às entidades Apeoesp e Udemo. Será que um professor da rede estadual que ganhasse por hora-aula o mesmo que ganha um do colégio Bandeirante, com as mesmas condições materiais e pedagógicas, faltaria tanto?"
JOÃO E. GALVANI DE ALMEIDA, professor (Guarulhos, SP)


"Tanto os professores estaduais como os municipais arcam com sérias conseqüências quando faltam além de suas faltas abonadas (6 na rede estadual e 10 na municipal durante o ano). Essas conseqüências são de ordem financeira (descontos nos salários e gratificações) e funcional (evolução, aposentadoria e até exoneração do cargo). Concordo que existem professores ruins, mas gostaria que se voltasse um pouco ao real problema da educação: crianças desmotivadas e muitas vezes espremidas em salas de aula sujas e depredadas, professores mal remunerados, que precisam dar aulas em três turnos para sobreviver, adoecendo muitas vezes em idade produtiva e causando, aí, sim, ônus para o Estado e para os contribuintes. Peço que a mídia continue fazendo suas reportagens, mas que não generalize. Há muitos professores, escolas e comunidades que querem ver um país onde a educação seja levada a sério, o único modo de modificar as pessoas."
MARIA EMILIA MODERNO NEVES TAMALLO, professora titular de educação infantil da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Perfil do leitor
"Parabenizo a Folha por se mostrar o jornal com maior circulação no país. "Crítico, imparcial e confiável" definem bem o seu perfil ("Leitor da Folha está no topo da pirâmide social", Brasil, 11/11). Todavia há algo relevante a frisar: a pesquisa também mostrou que a esmagadora maioria de seus leitores pertence às classes A e B. Isso mostra algo já previsível: a massa brasileira mais humilde e desafortunada permanece à margem das discussões mais intelectualizadas e de grande importância política. Geralmente restritas às informações nuas em telejornais mais populares -sem críticas ou comentários-, essas pessoas não têm acesso, por exemplo, a importantes debates ou ao significado mais latente de determinados acontecimentos -coisas bem corriqueiras num jornal como a Folha. A questão do aborto, por exemplo, foi suficientemente discutida na TV? Será que a significação das movimentações políticas de Hugo Chávez é bem abordada em telejornais? O troca-troca de posições ideológicas dos políticos passa por um crivo mais crítico durante o horário nobre televisivo? Isso ajuda a mostrar por que avançamos sempre lentamente em termos de mudança políticas e sociais. Não seria hora de os meios de comunicação mais populares fazerem algo a respeito?"
JOÃO MARCOS LOPES KÜBLER (Bauru, SP)

Chávez e o rei
"Ao chamar de fascista o ex-premiê José Maria Aznar, o presidente Hugo Chávez só falou a verdade ("Chávez e rei espanhol batem boca em cúpula", Mundo, 11/11). O partido do senhor Aznar, o PP, ou Partido Popular, é herdeiro direto do franquismo. Grosseira foi a resposta do senhor Juan Carlos de Bourbon y Battemberg." Mais uma vez, Chávez está certo. Ele diz o que ninguém ousa dizer."
LUIS MARIA ACUÑA (São Paulo, SP)


"Barril de petróleo: R$ 170
Camisa pólo vermelha: R$ 60
Boina: R$ 30
Ouvir o rei Juan Carlos mandar o coronel Hugo Chavéz calar a boca: não tem preço."
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)

Impostos
"Em relação ao texto "SP fará blitz contra IPVA de outro Estado" (Dinheiro, 11/11), gostaria de dizer que escárnio é pagarmos 4% de IPVA, e não "o uso de placas de outras localidades", como disse o consultor Clóvis Panzarini. Não incentivo a troca de endereços para minimizar tal pagamento e nunca usei tal artifício, mas, se outros Estados conseguem tributar seus cidadãos em 2% -ou mesmo não tributá-los-, porque somos achacados com uma tributação desse valor? O que há de tão diferente entre nós e os moradores do Paraná que justifique essa diferença? E que tal lembrarmos que nós, paulistas, ainda somos obrigados a pagar os pedágios mais caros do país?"
ADRIANA MAGALHÃES ROCHA (São Paulo, SP)

Octacampeão
"O grande Ruy Castro está equivocado e passa aos seus leitores um erro abissal ao dizer que o Flamengo foi o primeiro penta do Brasil ("Vale o escrito?", Opinião, 10/11). Não foi! O Santos Futebol Clube foi o primeiro penta do Brasil, ao ganhar cinco vezes consecutivas (de 1961 a 1965) o maior campeonato brasileiro de então, a Taça Brasil, sendo hoje o único time octacampeão brasileiro."
NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)


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