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QUEDA NOS INVESTIMENTOS
Segundo estimativas divulgadas pela Unctad, agência ligada
à ONU, o fluxo global de investimento estrangeiro direto permaneceu no
mesmo patamar nos últimos dois
anos: em torno de US$ 650 bilhões.
Com a queda nas operações de fusão
e aquisições, principal mecanismo
de expansão do investimento estrangeiro nos anos 90, o volume de investimento das empresas transnacionais caiu 53% em relação a 2000.
A América Latina foi a região mais
negativamente afetada entre as áreas
em desenvolvimento. O fluxo de investimento estrangeiro direto caiu
pelo quarto ano consecutivo, de US$
108 bilhões em 1999 para US$ 42 bilhões em 2003. Argentina, Brasil e
México, as três maiores economias
da região, tiveram contrações significativas dada a redução nos processos
de privatização, na desaceleração da
economia mundial e nos processos
de realocação das empresas transnacionais para áreas de menor custo de
produção, sobretudo para a China.
Esse país recebeu 58% do investimento dirigido aos emergentes da
Ásia e 31% do total direcionado a países em desenvolvimento.
As previsões para 2004 são relativamente melhores. O investimento estrangeiro deverá acompanhar a recuperação da economia global, o aumento da lucratividade das corporações, a retomada das transações de
fusões e aquisições e o crescimento
da confiança dos investidores. O fortalecimento do euro, se prejudica as
empresas exportadoras, pode favorecer o investimento europeu nos EUA.
O Brasil deverá registrar um volume de investimento estrangeiro de
US$ 9,1 bilhões em 2003, uma queda
de 68% em relação ao total de 1999.
Mesmo que ocorra uma dinamização do investimento estrangeiro direto em âmbito global, não parece
razoável apostar apenas nesses fluxos para assegurar a retomada sustentável do crescimento. O investimento externo será sempre bem-vindo, mas o impulso de crescimento
precisa encontrar fontes domésticas
para financiá-lo.
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