São Paulo, sábado, 13 de maio de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Queimadas
"Na semana passada, um filhote de onça parda de uns dois meses de idade foi encontrado todo ferido e com boa parte do corpo atingido pelas chamas da queimada em um canavial. Funcionários da destilaria o encontraram e levaram-no ao veterinário. Ele vai sobreviver. Por que a nossa fauna não está protegida desses incêndios? No dia seguinte a cada queimada, antes do início do corte da cana, encontramos dezenas de pequenos animais carbonizados -tatus, lebres, aves, cobras. Gaviões e aves de rapina são os que banqueteiam com esse churrasco."
Shigueyuki Yoshikuni (Lins, SP)

Haiti
"Em função das discrepâncias apresentadas entre a entrevista concedida no dia 11 de maio, via telefone, e o texto publicado ontem ("Brasil se prepara para assumir área mais violenta do Haiti", Mundo, pág. A18), solicito retificar os seguintes pontos. Não afirmei que o contingente jordaniano está sendo reduzido. Informei que o Jorbat 2 (2º Batalhão Jordaniano) foi estabelecido na Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti) para reforçar o contingente militar durante o processo eleitoral ainda em curso. Disse que a Minustah ainda não possui uma definição de sua permanência na missão após a conclusão desse processo. Informei que não se sabe ainda se essa redução ocorreria. Foi publicado (entre colchetes) que não se sabe a data de assunção daquela área pelo Brasil. Informei que a coleta de dados é uma medida de precaução para que, se isso for determinado, tenhamos as melhores condições de fazê-lo. Foi publicado (entre colchetes) que o reconhecimento é uma medida de precaução. Em nenhum instante informei que Bel Air deixaria de ser área de atuação brasileira. Informei exatamente o contrário -que não se cogitou tal medida-, uma vez que a manutenção do bairro de Bel Air constitui um modelo bem-sucedido nas missões de paz da ONU."
Rogério Teixeira, capitão-de-fragata, adjunto da seção de comunicação social do Batalhão Haiti (Porto Príncipe, Haiti)

Resposta da jornalista Carolina Vila-Nova - Em entrevista gravada, à pergunta "a partir de quando o Brasil vai assumir essa área?", o capitão-de-fragata Rogério Teixeira respondeu: "Não se sabe ainda, isso está em estudo". Em referência ao reconhecimento da área, que estava sendo realizado naquele dia, respondeu: "Isso aí está sendo uma medida de precaução para que, caso seja determinado isso, já tenhamos o conhecimento necessário da área". Não houve referência nenhuma à expressão "coleta de dados". Questionado sobre se o contingente brasileiro acumularia a responsabilidade pelas áreas de Bel Air e de Cité Soleil, o capitão Teixeira respondeu: "Não, vai haver uma redefinição toda da área". O texto não atribuiu à assessoria de imprensa do Batalhão Haiti a informação de que as tropas jordanianas seriam reduzidas, informação essa confirmada por fontes não citadas na reportagem.

Convocação de Lula
"Parabenizo o senador Suplicy por sua posição de solicitar a presença do presidente Lula no Senado para esclarecimentos não só sobre os últimos acontecimentos como também sobre tudo o que aconteceu nesses últimos 12 meses ("Para Suplicy, Lula deve ir ao Congresso se explicar", Brasil, 8/5). Como eleitor de Suplicy na última década, espero que ele mantenha a sua posição diante de pressões incoerentes como essa do senhor Tarso Genro ("Ato de Suplicy é inaceitável, diz ministro", Brasil, 12/5)." Carlos Ferreira Villares (São Paulo, SP)

José Dirceu
"Em relação à nota "Very important..." ("Painel", Brasil, pág. A4, 2/5), gostaria de esclarecer alguns pontos. 1) Não viajei recentemente para a Cidade do México pela Varig. 2) Nunca solicitei nenhum atendimento especial às companhias aéreas. Sou cliente "fidelidade vermelho" da TAM e "Smiles diamante" da Varig. Viajo sempre de classe executiva, até porque tenho milhagens para o upgrade. 3) Não é verdade que eu tenha sido vaiado, destratado ou hostilizado em qualquer vôo doméstico ou internacional. Pelo contrário, constantemente dou autógrafos, tiro fotos e sou sempre bem recebido."
José Dirceu de Oliveira e Silva (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Renata Lo Prete, editora do "Painel" - O pedido de José Dirceu para aguardar a chamada de embarque em uma sala reservada e as vaias a bordo foram relatados à Folha por funcionários e passageiros que preferem não ser identificados.

Direito autoral
"Em relação ao artigo "Carta a Zezé di Camargo" ("Tendências/Debates", 21/4), de Walkíria Barbosa, informo que o projeto de lei 532, se aprovado, institucionalizaria o "calote" de um setor que é um dos que mais devem direitos autorais há quase 20 anos. Pagar direito autoral não compromete a difusão cultural, muito pelo contrário. É importante esclarecer ainda que, ao produtor, só é autorizado o direito de sincronizar a música às obras audiovisuais. A obrigação de pagar os direitos de execução pública é de quem exibe a obra cinematográfica ao público, e não do produtor. Não se trata de bitributação, mas de dizer não à pirataria, pois aquele que se utiliza da propriedade alheia sem autorização é que age contra as leis e prejudica a cultura nacional. O grupo Severiano Ribeiro, maior exibidor cinematográfico do país, por exemplo, entendeu que o pagamento do direito autoral de execução pública musical não é mais questão a ser discutida. Atualmente, paga 2,5% de sua bilheteria bruta ao Ecad pela remuneração dos direitos de execução pública das músicas exibidas em suas salas, em cumprimento à acertada decisão judicial."
Glória Braga, superintendente do Ecad (Rio de Janeiro, RJ)

Publicidade na DNA
"Sobre a reportagem "CPI diz que Dantas buscou Valério para influir no PT" (Brasil, 12/5), que informa que "a Telemig Celular e a Amazônia Celular pagaram R$ 152,5 milhões de 2000 a 2005" à DNA Propaganda, tenho a informar, mais uma vez, o seguinte: 1) A Telemig e a Amazônia não "depositaram dinheiro", mas, sim, fizeram pagamentos de mídia e produção publicitária, sendo que mais de 70% desse valor foi repassado a veículos de comunicação para pagamento de mídia. Ou seja, esse dinheiro não ficou com a DNA nem foi pago à ela; 2) A referida verba publicitária é perfeitamente compatível com a aguerrida concorrência do mercado de telefonia móvel registrada em todos os Estados da região Norte (Amazônia Celular) e em Minas Gerais e representa R$ 30 milhões ao ano para investimentos publicitários das duas operadoras; 3) Tanto é assim que, em outubro de 2005, a Telemig Celular promoveu concorrência para a escolha de nova agência -vencida pela Ogilvy- e anunciou que o contrato para o primeiro ano seria de R$ 50 milhões."
Dino Sávio, assessoria de imprensa da DNA Propaganda (Belo Horizonte, MG)

Nota da Redação - A reportagem apenas reproduziu argumentação do relatório final da CPI dos Correios que menciona "pagamentos da ordem de R$ 152.458.434,00". Em relação à compatibilidade dos gastos com a concorrência no setor de telefonia celular, diz o relatório que "algumas notas fiscais emitidas pela Telemig Celular S.A., que mais realizou pagamentos ao senhor Marcos Valério, simplesmente sumiram dessa empresa, não se podendo ainda comprovar com exatidão a natureza dos serviços prestados pelas empresas do senhor Marcos Valério".


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