São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Feriado na Bahia
"No momento em que a Associação dos Magistrados do Brasil lança campanha em defesa da ética e da moralidade pública, lemos o texto "Bancos pagam feriado na praia para 47 juízes" (Brasil, 11/9). Isso mostra que os atos minúsculos da vida pública se conectam a práticas que nenhum manto moral ou campanha em favor da ética (quem é contra ela?) protegem."
MARLON JEISON SALOMON, professor da Universidade Federal de Goiás (Goiânia, GO)

"É chegada a hora de o Conselho Nacional de Justiça, a exemplo do que fez com o tema do nepotismo, fixar regras objetivas quanto à participação de juízes em pretensos eventos de discussão e difusão do conhecimento jurídico. Do objetivo do evento aos temas que nele serão tratados, passando pela análise do perfil da entidade que o patrocina, tudo deve ser objeto de clara regulamentação pelo CNJ, de forma que se evite o risco de violação a regras da ética impostas aos magistrados -regras que, por serem apenas éticas, são naturalmente fluidas."
VALENTINO APARECIDO DE ANDRADE, juiz de direito (São Paulo, SP)

Moral
"Poucas vezes na vida li algo tão sórdido quanto o texto "Moral?", de Rose Marie Muraro ("Tendências/ Debates", pág. A3, 12/9). É mesmo a justificativa que faltava para qualquer espécie de imoralidade."
PAUL MEDEIROS KRAUSE, procurador do Banco Central (Brasília, DF)

"Muito bem colocadas as reflexões de Rose Marie Muraro na Folha de ontem. Foi interessante ver com que clareza ela resumiu a complexidade da situação de injustiça no nosso pais e seus mecanismos de perpetuação."
ANDRÉA LUCENA (Curitiba, PR)

Casa Civil
"Em relação à reportagem "Maior cliente é governo brasileiro, diz loja" (Dinheiro, 10/9), a Casa Civil da Presidência da República esclarece que as aquisições de produtos e serviços destinados à Presidência da República são realizadas por meio de licitação.
No atual governo, a Presidência da República não adquiriu nenhum artigo da empresa B&H. Há registro de vendas feitas pela empresa citada nos anos de 1996, 2000, 2001 e 2002. As compras totalizaram US$ 80.861,65."
AGUINALDO NOGUEIRA, assessoria de imprensa da Casa Civil da Presidência da República (Brasília, DF)

Alckmin
"Como já se está tornando uma estranha rotina, o jornalista Elio Gaspari usa novamente sua coluna dominical para fazer ataques infundados ao candidato Geraldo Alckmin ("A pedra de Alckmin não fez onda, afundou", Brasil, 10/9).
Embora o atual governo do PT seja pródigo em produzir escândalos a cada semana, o jornalista prefere ignorá-los e lançar sua fúria contra Alckmin.
Esse comportamento nos leva a crer em uma descabida e inaceitável perseguição pessoal contra o candidato tucano por parte do colunista. Neste momento tão vital para a nação, em que articulistas da própria Folha já ressaltaram a importância da realização do segundo turno para que a qualidade democrática desta eleição não fique prejudicada, esperamos que o senhor Gaspari tenha mais equilíbrio e lucidez ao fazer seus comentários."
EDSON APARECIDO, líder do governo na Assembléia Legislativa (São Paulo, SP)

Ubiratan
"Quem diria, o coronel Ubiratan morto, ao que tudo indica, num crime passional. Para um homem que se gabava do genocídio que cometeu -pois matou não apenas bandidos condenados como muitos que já haviam cumprido suas penas-, é uma morte pequena demais. Que Deus o julgue pelos seus atos, pois a justiça dos homens inexplicavelmente absolveu-o."
FABIO LUIZ SILVEIRA (São Paulo, SP)

"O coronel Ubiratan Guimarães foi o policial que, no fatídico 2 de outubro de 1992, recebeu a incumbência de solucionar o motim armado no Carandiru. E cumpriu a missão determinada pelas autoridades da época. Ubiratan entrou na ala dos amotinados comandando um grupo de policiais determinados, mas sem treinamento específico para uma situação daquelas.
O grupo cumpriu sua missão. O resultado foi aplaudido por uns, criticado por outros e explorado politicamente pela maioria.
O episódio e seus desdobramentos merecem a mais sincera reflexão da sociedade, que, sem o emocionalismo e longe do interesse fugaz das eleições e do poder dos mandatos, dele poderá retirar grandes lições para a construção de um futuro melhor."
DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, tenente da PM, presidente da Associação dos Policiais Militares do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Droga
"Infelizmente, o juiz federal Ricardo Ribeiro Campos ("Painel do Leitor", 11/9) não entendeu e presumiu conclusão que não foi jamais feita em meu artigo de 10/9.
O artigo trata do sistema criminal e do crime de desobediência (art. 330 do Código Penal) em que poderá ser enquadrado, observado o devido processo, o usuário de droga ilícita que deixar de cumprir a pena alternativa, apesar de admoestado.
Ou seja, art. 330: "Desobedecer ordem legal de funcionário público (juiz) - Pena, detenção, de 15 dias a 6 meses e multa"."
WALTER FANGANIELLO MAIEROVITCH,
ex-secretário nacional antidrogas da Presidência da República -1999-2000 (São Paulo, SP)

Maluf
"Jorge Bornhausen não rejeitou Paulo Maluf depois de 1985, como está no artigo de Eliane Cantanhêde de 10/9 ("Cicatrizes", Opinião, pág. A2).
Em 1986, quando Maluf candidatou-se a governador, o vice de sua chapa foi indicado pelo PFL, partido de Jorge Bornhausen. Em 1996, o PFL indicou o vice na chapa do PP que elegeu o prefeito de São Paulo.
Em 1998, quando Paulo Maluf foi candidato ao governo do Estado, o vice de sua chapa, Luis Carlos dos Santos, foi indicado pelo PFL.
A Folha, em sua edição do dia 20/10/98, com foto na Primeira Página, publicou notícia da visita, no dia anterior, do senador Antonio Carlos e de Jorge Bornhausen a Maluf, no escritório político do ex-prefeito em São Paulo, para manifestar apoio a sua candidatura a governador."
ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Eliane Cantanhêde - Na eleição indireta de 1985, o senador Jorge Bornhausen rejeitou a candidatura de Paulo Maluf, do seu partido, o PDS, e apoiou Tancredo Neves, do oposicionista PMDB, abrindo caminho para a criação do PFL.


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