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PAINEL DO LEITOR
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Apadrinhamento
"Sou servidora pública federal há
pouco mais de um ano e me senti
completamente ofendida com a nota oficial do governo sobre a reportagem "Ministérios ignoram limite
a contratação sem concurso" (Brasil, pág. A4, 12/11). Na nota, o governo diz, com todas as letras, que os ministérios "mais novos têm dificuldade de encontrar em seu quadro de pessoal servidores qualificados" para cargos de chefia.
Acho que é um grande desrespeito colocar em xeque a capacidade
técnica daqueles que, como eu, foram aprovados em concursos públicos disputadíssimos, cujas provas
versam não só sobre o nosso campo
de atuação específico mas também
sobre conhecimentos gerais -língua portuguesa, raciocínio lógico,
administração pública, direito
etc.-, sem esquecer que a maioria
deles inclui etapa de avaliação de títulos (especialização lato sensu,
mestrado/doutorado e tempo de
experiência profissional).
Vejo nessa afirmação uma tentativa vexatória e mal-sucedida de
justificar o apadrinhamento político e o nepotismo. Mas, em se tratando de Brasil, já não espanta
mais."
FERNANDA ELIAS RUBINGER (Belo Horizonte, MG)
CPMF
"Sou um dos milhares de brasileiros contra a CPMF, e o artigo "Não
se perde o que não se tem" ("Tendências/Debates", 12/11) reflete esse sentimento.
Por que continuar com uma contribuição que é provisória, com
tempo definido para acabar? Por
incompetência e conveniência, nenhum ministro se preocupou em
buscar soluções para compensar o
término da contribuição provisória.
Com certeza, o país não irá quebrar, e os políticos e governantes
poderão iniciar uma reforma política e reduzir despesas nos 36 ministérios e os 24 mil cargos de confiança -dos quais 18 mil são ocupados
por companheiros do PT."
OSMAR G. LOUREIRO (Cravinhos, SP)
Ciência com animais
"Em relação ao artigo de Sônia T.
Felipe ("Tendências/Debates", 10/
11), em que diz que a ciência pode
abrir mão de fazer experiências
com animais, digo que quem trabalha diretamente com animais em
laboratórios o faz com ética, sim.
E não por que esteja escrito em
um documento ou norma, mas porque estão ali trabalhando por uma
causa muito superior: o avanço da
medicina e da ciência. Não têm interesse em maltratar animais.
Outro ponto fundamental é uso
da palavra "cura". A cura é importante, mas não é tudo. Aliviar sintomas é importantíssimo. Ter uma
sobrevida aumentada e conviver
bem com uma doença incurável é
possível hoje graças ao uso de vários
medicamentos. Portadores do vírus
HIV não morrem hoje como na década de 1980.
Será que as drogas que aliviam a
dor de um câncer, mas não o curam,
não são importantes? Será que o
uso da insulina de porco seria possível se nenhum suíno fosse sacrificado? Exemplos não faltam."
GUSTAVO PINHEIRO DANTAS , cirurgião buco-maxilo-facial (Barbacena, MG)
Educação
"Como professor de três escolas
públicas, considerei no mínimo infeliz a afirmação do missivista Sebastião Paulo Tonolli ("Painel do
Leitor", 12/11), que disse que "os
professores, em cumplicidade com
o Estado, são os grandes patrocinadores do malogro da educação".
Quantas crianças e adolescentes
salvamos do crime e de uma vida
sem futuro com nossa perseverança e dedicação? Quantas vezes gastamos dinheiro do nosso próprio
bolso para levar aos alunos um material de qualidade, que torne as aulas atrativas e os faça permanecer
na escola?
É esse tipo de declaração que recebemos em troca?
O referido missivista reclama que
sai de seus impostos o custeio do
sistema de ensino público e joga a
culpa dos fracassos em cima dos
professores. Por que não reclama
do fato de pagar R$ 33 milhões/ano
para sustentar cada senador, como
informou excelente artigo de Barbara Gancia de 9/11 ("Astolfo na
Terra do Nunca", Cotidiano), e de
assistir a um escândalo de corrupção a cada mês?
Um povo que trata dessa maneira
seus professores está fadado ao
eterno fracasso."
ALEXANDRE ASSIS , professor (São Vicente, SP)
"Fiquei indignado com a reportagem "30 mil professores faltam por
dia na rede pública de SP" (Cotidiano, 11/11). Não há má condição de
trabalho que justifique o número de
faltas dos professores.
Se a pessoa está insatisfeita, pode
pedir demissão e fazer outra coisa
na vida. O que não pode é fingir que
trabalha, levar salário para casa e
deixar como resultado a ignorância
das crianças.
Justificar a ausência alegando as
condições de trabalho é corporativismo."
WANDERLEI FONSECA (São Paulo, SP)
Sem esquecer
"Foi uma idéia muito boa da Folha reservar um espaço na coluna
do obituário para retratar o perfil
de pessoas falecidas -simples ou
notórias- de uma forma em que
prevalece o vivido, que merece ser
recordado, e não a tragédia, que
nosso instinto de defesa nos leva a
esquecer o quanto antes."
GERALDO PERES GENEROSO (Bauru, SP)
Nestlé e o Brasil
"As falas do senhor Ivan Zurita
("Nestlé monta plano B para enfrentar risco de falta de gás", Entrevista da 2ª, 12/11) apresentam inúmeros problemas, e a Folha perdeu
a oportunidade de esclarecê-los para seus leitores.
Se o governo é tão ruim, como a
Nestlé do Brasil triplicou o faturamento de 2001 para 2007? "Se não
há estradas, se não há portos, se não
há aeroportos", o que a empresa
veio fazer no país? Quais os seus
"interesses" quando decidiu, há tanto tempo, instalar-se em país tão
desqualificado e ruim? "Se fosse um
país de Primeiro Mundo, um funcionário do SIF em cada lugar seria
suficiente". Então por que motivo a
Nestlé prefere investir nos países
"periféricos" em vez de investir nos
de Primeiro Mundo?
Será que a Nestlé paga a seus empregados brasileiros os mesmos salários de sua matriz?"
CLAUDEMIR D. DE ANDRADE (São Paulo, SP)
Octocampeões
"A senhora Neli Aparecida de Faria ("Octocampeão", "Painel do Leitor", 12/11) cometeu um grande engano ao comentar que o Santos Futebol Clube é o único octocampeão
brasileiro.
Esqueceu-se de dizer que a Sociedade Esportiva Palmeiras conquistou, nos idos anos 60, duas vezes a
Taça Brasil (1960/1967), dois títulos do "Robertão" (1967/1969)
-sendo este o precursor do atual
Campeonato Brasileiro- e o Brasileirão de 1972, 1973, 1993 e 1994,
sendo assim octocampeão, ao lado
do Santos"
VICTOR BRIGANTI (Piracicaba, SP)
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