São Paulo, terça-feira, 13 de novembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Apadrinhamento
"Sou servidora pública federal há pouco mais de um ano e me senti completamente ofendida com a nota oficial do governo sobre a reportagem "Ministérios ignoram limite a contratação sem concurso" (Brasil, pág. A4, 12/11). Na nota, o governo diz, com todas as letras, que os ministérios "mais novos têm dificuldade de encontrar em seu quadro de pessoal servidores qualificados" para cargos de chefia. Acho que é um grande desrespeito colocar em xeque a capacidade técnica daqueles que, como eu, foram aprovados em concursos públicos disputadíssimos, cujas provas versam não só sobre o nosso campo de atuação específico mas também sobre conhecimentos gerais -língua portuguesa, raciocínio lógico, administração pública, direito etc.-, sem esquecer que a maioria deles inclui etapa de avaliação de títulos (especialização lato sensu, mestrado/doutorado e tempo de experiência profissional). Vejo nessa afirmação uma tentativa vexatória e mal-sucedida de justificar o apadrinhamento político e o nepotismo. Mas, em se tratando de Brasil, já não espanta mais."
FERNANDA ELIAS RUBINGER (Belo Horizonte, MG)

CPMF
"Sou um dos milhares de brasileiros contra a CPMF, e o artigo "Não se perde o que não se tem" ("Tendências/Debates", 12/11) reflete esse sentimento. Por que continuar com uma contribuição que é provisória, com tempo definido para acabar? Por incompetência e conveniência, nenhum ministro se preocupou em buscar soluções para compensar o término da contribuição provisória. Com certeza, o país não irá quebrar, e os políticos e governantes poderão iniciar uma reforma política e reduzir despesas nos 36 ministérios e os 24 mil cargos de confiança -dos quais 18 mil são ocupados por companheiros do PT."
OSMAR G. LOUREIRO (Cravinhos, SP)

Ciência com animais
"Em relação ao artigo de Sônia T. Felipe ("Tendências/Debates", 10/ 11), em que diz que a ciência pode abrir mão de fazer experiências com animais, digo que quem trabalha diretamente com animais em laboratórios o faz com ética, sim. E não por que esteja escrito em um documento ou norma, mas porque estão ali trabalhando por uma causa muito superior: o avanço da medicina e da ciência. Não têm interesse em maltratar animais. Outro ponto fundamental é uso da palavra "cura". A cura é importante, mas não é tudo. Aliviar sintomas é importantíssimo. Ter uma sobrevida aumentada e conviver bem com uma doença incurável é possível hoje graças ao uso de vários medicamentos. Portadores do vírus HIV não morrem hoje como na década de 1980. Será que as drogas que aliviam a dor de um câncer, mas não o curam, não são importantes? Será que o uso da insulina de porco seria possível se nenhum suíno fosse sacrificado? Exemplos não faltam."
GUSTAVO PINHEIRO DANTAS , cirurgião buco-maxilo-facial (Barbacena, MG)

Educação
"Como professor de três escolas públicas, considerei no mínimo infeliz a afirmação do missivista Sebastião Paulo Tonolli ("Painel do Leitor", 12/11), que disse que "os professores, em cumplicidade com o Estado, são os grandes patrocinadores do malogro da educação". Quantas crianças e adolescentes salvamos do crime e de uma vida sem futuro com nossa perseverança e dedicação? Quantas vezes gastamos dinheiro do nosso próprio bolso para levar aos alunos um material de qualidade, que torne as aulas atrativas e os faça permanecer na escola? É esse tipo de declaração que recebemos em troca? O referido missivista reclama que sai de seus impostos o custeio do sistema de ensino público e joga a culpa dos fracassos em cima dos professores. Por que não reclama do fato de pagar R$ 33 milhões/ano para sustentar cada senador, como informou excelente artigo de Barbara Gancia de 9/11 ("Astolfo na Terra do Nunca", Cotidiano), e de assistir a um escândalo de corrupção a cada mês? Um povo que trata dessa maneira seus professores está fadado ao eterno fracasso."
ALEXANDRE ASSIS , professor (São Vicente, SP)

 

"Fiquei indignado com a reportagem "30 mil professores faltam por dia na rede pública de SP" (Cotidiano, 11/11). Não há má condição de trabalho que justifique o número de faltas dos professores. Se a pessoa está insatisfeita, pode pedir demissão e fazer outra coisa na vida. O que não pode é fingir que trabalha, levar salário para casa e deixar como resultado a ignorância das crianças. Justificar a ausência alegando as condições de trabalho é corporativismo."
WANDERLEI FONSECA (São Paulo, SP)

Sem esquecer
"Foi uma idéia muito boa da Folha reservar um espaço na coluna do obituário para retratar o perfil de pessoas falecidas -simples ou notórias- de uma forma em que prevalece o vivido, que merece ser recordado, e não a tragédia, que nosso instinto de defesa nos leva a esquecer o quanto antes."
GERALDO PERES GENEROSO (Bauru, SP)

Nestlé e o Brasil
"As falas do senhor Ivan Zurita ("Nestlé monta plano B para enfrentar risco de falta de gás", Entrevista da 2ª, 12/11) apresentam inúmeros problemas, e a Folha perdeu a oportunidade de esclarecê-los para seus leitores. Se o governo é tão ruim, como a Nestlé do Brasil triplicou o faturamento de 2001 para 2007? "Se não há estradas, se não há portos, se não há aeroportos", o que a empresa veio fazer no país? Quais os seus "interesses" quando decidiu, há tanto tempo, instalar-se em país tão desqualificado e ruim? "Se fosse um país de Primeiro Mundo, um funcionário do SIF em cada lugar seria suficiente". Então por que motivo a Nestlé prefere investir nos países "periféricos" em vez de investir nos de Primeiro Mundo? Será que a Nestlé paga a seus empregados brasileiros os mesmos salários de sua matriz?"
CLAUDEMIR D. DE ANDRADE (São Paulo, SP)

Octocampeões
"A senhora Neli Aparecida de Faria ("Octocampeão", "Painel do Leitor", 12/11) cometeu um grande engano ao comentar que o Santos Futebol Clube é o único octocampeão brasileiro. Esqueceu-se de dizer que a Sociedade Esportiva Palmeiras conquistou, nos idos anos 60, duas vezes a Taça Brasil (1960/1967), dois títulos do "Robertão" (1967/1969) -sendo este o precursor do atual Campeonato Brasileiro- e o Brasileirão de 1972, 1973, 1993 e 1994, sendo assim octocampeão, ao lado do Santos"
VICTOR BRIGANTI (Piracicaba, SP)

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