São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Operação Voucher Prefiro indignar-me com a foto da juíza morta e com o "é pro governo, joga o valor vezes três" do que com a cara dessa gente sem camisa na Primeira Página do jornal de ontem.Se estão lá, é porque devem. O problema é a tal da blindagem: para não desnudar a ponta do novelo, que envolve corruptos graúdos, não deixa nada ser esclarecido.Enquanto isso, gente de bem vai morrendo, quando não assassinada, de fome, sem atendimento médico ou por simples desencanto com o país. Esse é o resultado das inocentes blindagens, que por si só são os maiores crimes cometidos contra o nosso país. Parabéns à Polícia Federal. LUIZ EDUARDO HORTA (Campinas, SP)   Impactantes e grotescas as imagens dos envolvidos na Operação Voucher estampadas na Primeira Página de ontem. A exposição midiática, em que aparecem seminus com tabuletas de identificação, sem terem sido julgados ou condenados, é uma exposição descabida. A Folha, por ser um jornal sério, não deveria tê-lo feito. HELOISA HELENA COSTA E SILVA (São Luís, MA) Juíza morta O assassinato de uma juíza em Niterói, no Rio de Janeiro, nos mostra claramente que a insegurança nas grandes cidade é geral e irrestrita. Ninguém segura a bandidagem, mesmo sendo autoridade. Imaginem nós, simples moradores das grandes cidades, o que podemos esperar? ALVARO JOSE JUSTINO (Rio de Janeiro, RJ) Meninas na moda Estimular a imaginação sexual com crianças em roupas de mulheres e ensaios fotográficos sensuais, como mostrou a Ilustrada ("Bonequinha de luxo", 12/8), não constrange empresários e editores? Eles não imaginam que podem estar produzindo as pautas e as páginas policiais de amanhã, quando crianças são violentadas e mortas por depravados. MARCUS AURELIO LOPES (Maringá, PR) Corrupção Os últimos acontecimentos envolvendo o Ministério dos Transportes, o Ministério de Agricultura e agora o Ministério do Turismo são uma pequena amostra do que está por vir. Imaginem os cifrões que não vão correr nos processos de licitações, nas avaliações e nos orçamentos para as obras da Copa de 2014 e da Olimpíada, nas obras de ampliação dos aeroportos, das rodovias, das linhas ferroviárias, na fortuna a ser gasta em um "imaginário" trem-bala etc. DUARTE SEVERO LEITE (São Paulo, SP) Orgulho Hétero O vereador Carlos Apolinario inova ao dizer que "tão grave quanto a homofobia é a heterofobia" ("Os intocáveis", "Tendências/Debates", 13/8). O segundo termo inexiste no dicionário, e não deve ser à toa. Nunca fui discriminado por ser heterossexual e desconheço qualquer registro desse "crime" que tanto preocupa o vereador. Esse verdadeiro "Dia do Orgulho Homofóbico" só ilustra a inutilidade de boa parte dos projetos da Câmara Municipal de São Paulo. É para isso que se destina o dinheiro do contribuinte? JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP)   Mais uma vez, o senhor Apolinario prova ser legítimo representante do período das trevas da humanidade. Seu projeto e suas ideias negam todos os avanços civilizatórios, entre eles os princípios da dignidade humana e da igualdade. Ele diz respeitar os seres humanos gays, mas é contra serem plenamente reconhecidos como cidadãos. Seu projeto, além de demagógico é um hino à intolerância, à violência e à toda forma de preconceito. Um total desvirtuamento da razão de existência das datas comemorativas! EDGAR DE SOUZA (Lins, SP)   Sou contra qualquer forma de discriminação. Falar em "racismo" já é, por si só, discriminação. A espécie humana, há muito, busca o bem-estar e o prazer, e as formas são infinitas. A única exigência é que se respeite o próximo. Se uma determinada "faceta" da sociedade, por exemplo, os adoradores de borboletas, os colecionadores de figurinhas, os desempregados e outros têm o direito a uma data comemorativa de sua opção ou condição, que todos tenham o mesmo direito. Se o "orgulho gay" conquistou uma data comemorativa para se manifestar, que outros grupos também desejem o mesmo, maioria ou não. E eles têm que respeitar. HAMILTON ROBERTO FRANCO CAVALCANTE (São Paulo, SP) Nova Luz Quando escreveu de forma brilhante o livro "Raízes do Brasil", sobre nossa incapacidade em distinguir o público do privado, Sérgio Buarque de Holanda não poderia imaginar que, passados 75 anos, São Paulo continuaria reafirmando sua tese, como vemos no projeto de concessão urbanística da Nova Luz, região transformada em cracolândia pela inação da prefeitura. Além de ganharem do nosso prefeito o direito de empunhar a espada da desapropriação como arma de negociação sobre a cabeça dos legítimos proprietários, os empreendedores ainda vão levar R$ 355 milhões de dinheiro público para livrá-los do que deveria ser seu risco natural. Por traz desses cálculos está a FGV, entidade cujo vice presidente é Marcos Cintra, que também ocupa um cargo público e deseja trocar com o setor privado bens públicos como o "quarteirão do Itaim". Se ainda estivesse vivo, certamente haveria material para "Raízes do Brasil 2". SÉRGIO REZE, integrante do Movimento Defenda São Paulo (São Paulo, SP) Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: Rubens Bueno: Corrupção e paralisia Próximo Texto: Erramos Índice | Comunicar Erros

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