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PAINEL DO LEITOR
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Dislexia
"No cotidiano de meu trabalho
como psicóloga do Serviço de Psicologia Escolar da USP, tenho encontrado cada vez mais crianças diagnosticadas como disléxicas, inclusive pela Associação Brasileira de
Dislexia. Tais diagnósticos têm revelado uma profunda desconsideração das condições de aprendizagem dessas crianças e das gravíssimas deficiências do nosso ensino,
que têm atingido pesadamente inclusive nossos professores.
É importante que os leitores da
Folha saibam que essa polêmica
sobre a dislexia ser ou não uma invenção, a serviço de interesses de
mercado e do controle social, é internacional, especialmente forte na
Inglaterra e nos EUA. Sugiro que o
jornal promova um debate sobre o
tema."
BEATRIZ DE PAULA SOUZA (São Paulo, SP)
Criacionismo
"O leitor Luiz Felipe Haddad
("Painel do Leitor", 10/12) diz não
aceitar que o nome do deus cristão
seja "rebaixado" para "divindade".
Com essa frase, o leitor incorre
em pensamento contíguo à intolerância que diz rechaçar, pois esse
deus cristão é um entre vários outros deuses cultuados por sociedades humanas.
Penso que o que deve ser respeitada, acima de tudo, é a fé do meu
próximo -ou mesmo a falta dela-,
e não um objeto específico de fé, já
que conceder lugar privilegiado a
um é, necessariamente, diminuir
outros. Dessa forma, não vejo como
"rebaixamento" nomear o deus cristão como "divindade", já que é exatamente isso o que ele é.
Quanto ao criacionismo no Mackenzie, se fizesse parte das aulas de
religião, outras pessoas poderiam
se manifestar sobre isso de melhor
modo do que eu. Entretanto é inaceitável que faça parte da ementa de
biologia."
LUCIENE COSTA DE CASTRO (Niterói, RJ)
Política econômica
"Parabéns a Vinicius Torres Freire pelo seu artigo "A cirandinha de
Lula, DEM e PSDB" (Dinheiro, 11/
12), que retrata com uma pureza
cristalina a atual conjuntura político-econômica de nosso país.
Dá a impressão de que o Brasil
piorou depois de Lula, antes tínhamos saúde, segurança e educação, é
o que diz a oposição. Muitos deles
já estiveram lá (foram prefeitos, governadores e até presidentes da República), mas nada fizeram ou fizeram pouco, como bem disse o artigo em questão: "sujos contra mal lavados".
Se não mudarem o "desgastado
discurso", farão com que Lula chegue aos 80%, 90% ou mais de aprovação. Com seus bacharelados,
mestrados, doutorados e demais
especializações aqui e no exterior,
não conseguem superar o torneiro
mecânico com apenas o curso primário."
GLEY DOS SANTOS POR DEUS (Campo Grande, MS)
"O presidente Lula vem pedindo
para os bancos privados e estatais
baixarem os juros para dar sustento
ao crescimento econômico do Brasil, evitando uma recessão mais forte devido à crise mundial. Muitos
méritos à solicitação do presidente,
porém é inócua na prática. Quando
é que um presidente de banco privado ouvirá nosso ilustre chefe, se
nem seus subordinados diretos dos
bancos estatais e do Banco Central
dão a mínima importância para
suas recomendações?
Seria mais fácil um traficante dos
morros do Rio ouvir a recomendação de reduzir a venda de droga para preservar a saúde dos consumidores do que um banqueiro reduzir
a margem de lucro de seus negócios, tendo demanda de clientes para preservá-la ou aumentá-la."
LUIZ A. PRATALI (Santos, SP)
"Integrando um pacote de medidas fiscais para aliviar a crise financeira internacional, o governo Serra
anuncia medidas visando neutralizar a cobrança de ICMS nas microempresas com faturamento de
até R$ 240 mil anuais e aliviando o
peso desse imposto nas contas de
água, luz e telefone, por meio de
abatimentos obtidos mediante o
uso da Nota Fiscal Paulista.
Se a medida é digna de elogio no
primeiro caso, melhor seria, no caso
dos consumidores, que o governo
paulista reduzisse a elevada participação do ICMS nas contas de serviços públicos (um terço do valor) em
vez de acenar com míseros centavos de abatimento."
MARCOS TENÓRIO DE MESQUITA (São Paulo, SP)
Aposentados
"Faltou no pacote do governo
pensar nos aposentados e pensionistas que não têm salário, mas que
pagam impostos descontados na
fonte e na declaração do Imposto de
Renda. Imposto que pagaram a vida
inteira regularmente e continuam a
pagar -as mesmas alíquotas de
quando estavam na ativa."
CARMEN SILVIA FERRARI (São Paulo, SP)
Educação
"Corretíssimo o editorial "Desserviço na Educação" (11/12). Sociologia é um tema muito adequado,
mas no nível de pós-graduação.
Sem saber, em sua maioria, somar
dois inteiros relativos, nossos adolescentes estudarão com afinco
Émile Durkheim e Max Weber, para desespero destes. Já é hora de o
Congresso Nacional se livrar das
manias do "bundling" (venda casada
-sempre que vem um projeto, uma
carona descabida se pendura nele)
e, em matéria de orçamento e currículo, do desrespeito ao princípio do
"disco cheio". É comum querer
acrescentar algo ao disco cheio, sem
nada tirar."
CACILDO MARQUES (São Paulo, SP)
ONGs
"O texto de Paulo Mayon ("O "custo ONG" na conta de luz do brasileiro", "Tendências/Debates", 11/12)
reflete o que o Brasil passa há anos,
calado. De nada adiantam medidas
posteriores tomadas pelo governo
para dirimir perdas do povo em determinado momento econômico,
se, na época, as intenções foram de
lesar a população. Que há institutos
sérios, ninguém questiona; o viés
está em quem comanda determinadas instituições e com que fim o faz.
Como disse Mayon, trata-se de um
impedimento de utilização soberana de bens que nos pertencem."
VITÓRIA DENCK (São Paulo, SP)
Violência
"Será que entendi bem? Lesão
corporal leve? A absolvição do PM
que matou o menino João Roberto
no Rio deve ter deixado muita gente
chocada.
Chocada e preocupada com o que
nos espera. Se o PM cumpria sua
missão e não tinha intenção de matar, por que tantos tiros num carro
que não revidou em nenhum momento? Quem são esses jurados
que conseguem a proeza de inocentar alguém que tira a vida de uma
criança? Se podemos considerar essa morte lamentável uma "lesão
corporal leve", estamos dando carta-branca a policiais despreparados
para que continuem matando e recebendo, quando muito, penas de
serviços comunitários."
LICIA DE LIMA VIOLA (São Paulo, SP)
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