São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Dislexia
"No cotidiano de meu trabalho como psicóloga do Serviço de Psicologia Escolar da USP, tenho encontrado cada vez mais crianças diagnosticadas como disléxicas, inclusive pela Associação Brasileira de Dislexia. Tais diagnósticos têm revelado uma profunda desconsideração das condições de aprendizagem dessas crianças e das gravíssimas deficiências do nosso ensino, que têm atingido pesadamente inclusive nossos professores.
É importante que os leitores da Folha saibam que essa polêmica sobre a dislexia ser ou não uma invenção, a serviço de interesses de mercado e do controle social, é internacional, especialmente forte na Inglaterra e nos EUA. Sugiro que o jornal promova um debate sobre o tema."
BEATRIZ DE PAULA SOUZA (São Paulo, SP)

Criacionismo
"O leitor Luiz Felipe Haddad ("Painel do Leitor", 10/12) diz não aceitar que o nome do deus cristão seja "rebaixado" para "divindade".
Com essa frase, o leitor incorre em pensamento contíguo à intolerância que diz rechaçar, pois esse deus cristão é um entre vários outros deuses cultuados por sociedades humanas.
Penso que o que deve ser respeitada, acima de tudo, é a fé do meu próximo -ou mesmo a falta dela-, e não um objeto específico de fé, já que conceder lugar privilegiado a um é, necessariamente, diminuir outros. Dessa forma, não vejo como "rebaixamento" nomear o deus cristão como "divindade", já que é exatamente isso o que ele é.
Quanto ao criacionismo no Mackenzie, se fizesse parte das aulas de religião, outras pessoas poderiam se manifestar sobre isso de melhor modo do que eu. Entretanto é inaceitável que faça parte da ementa de biologia."
LUCIENE COSTA DE CASTRO (Niterói, RJ)

Política econômica
"Parabéns a Vinicius Torres Freire pelo seu artigo "A cirandinha de Lula, DEM e PSDB" (Dinheiro, 11/ 12), que retrata com uma pureza cristalina a atual conjuntura político-econômica de nosso país.
Dá a impressão de que o Brasil piorou depois de Lula, antes tínhamos saúde, segurança e educação, é o que diz a oposição. Muitos deles já estiveram lá (foram prefeitos, governadores e até presidentes da República), mas nada fizeram ou fizeram pouco, como bem disse o artigo em questão: "sujos contra mal lavados".
Se não mudarem o "desgastado discurso", farão com que Lula chegue aos 80%, 90% ou mais de aprovação. Com seus bacharelados, mestrados, doutorados e demais especializações aqui e no exterior, não conseguem superar o torneiro mecânico com apenas o curso primário."
GLEY DOS SANTOS POR DEUS (Campo Grande, MS)

 

"O presidente Lula vem pedindo para os bancos privados e estatais baixarem os juros para dar sustento ao crescimento econômico do Brasil, evitando uma recessão mais forte devido à crise mundial. Muitos méritos à solicitação do presidente, porém é inócua na prática. Quando é que um presidente de banco privado ouvirá nosso ilustre chefe, se nem seus subordinados diretos dos bancos estatais e do Banco Central dão a mínima importância para suas recomendações?
Seria mais fácil um traficante dos morros do Rio ouvir a recomendação de reduzir a venda de droga para preservar a saúde dos consumidores do que um banqueiro reduzir a margem de lucro de seus negócios, tendo demanda de clientes para preservá-la ou aumentá-la."
LUIZ A. PRATALI (Santos, SP)

 

"Integrando um pacote de medidas fiscais para aliviar a crise financeira internacional, o governo Serra anuncia medidas visando neutralizar a cobrança de ICMS nas microempresas com faturamento de até R$ 240 mil anuais e aliviando o peso desse imposto nas contas de água, luz e telefone, por meio de abatimentos obtidos mediante o uso da Nota Fiscal Paulista.
Se a medida é digna de elogio no primeiro caso, melhor seria, no caso dos consumidores, que o governo paulista reduzisse a elevada participação do ICMS nas contas de serviços públicos (um terço do valor) em vez de acenar com míseros centavos de abatimento."
MARCOS TENÓRIO DE MESQUITA (São Paulo, SP)

Aposentados
"Faltou no pacote do governo pensar nos aposentados e pensionistas que não têm salário, mas que pagam impostos descontados na fonte e na declaração do Imposto de Renda. Imposto que pagaram a vida inteira regularmente e continuam a pagar -as mesmas alíquotas de quando estavam na ativa."
CARMEN SILVIA FERRARI (São Paulo, SP)

Educação
"Corretíssimo o editorial "Desserviço na Educação" (11/12). Sociologia é um tema muito adequado, mas no nível de pós-graduação.
Sem saber, em sua maioria, somar dois inteiros relativos, nossos adolescentes estudarão com afinco Émile Durkheim e Max Weber, para desespero destes. Já é hora de o Congresso Nacional se livrar das manias do "bundling" (venda casada -sempre que vem um projeto, uma carona descabida se pendura nele) e, em matéria de orçamento e currículo, do desrespeito ao princípio do "disco cheio". É comum querer acrescentar algo ao disco cheio, sem nada tirar."
CACILDO MARQUES (São Paulo, SP)

ONGs
"O texto de Paulo Mayon ("O "custo ONG" na conta de luz do brasileiro", "Tendências/Debates", 11/12) reflete o que o Brasil passa há anos, calado. De nada adiantam medidas posteriores tomadas pelo governo para dirimir perdas do povo em determinado momento econômico, se, na época, as intenções foram de lesar a população. Que há institutos sérios, ninguém questiona; o viés está em quem comanda determinadas instituições e com que fim o faz.
Como disse Mayon, trata-se de um impedimento de utilização soberana de bens que nos pertencem."
VITÓRIA DENCK (São Paulo, SP)

Violência
"Será que entendi bem? Lesão corporal leve? A absolvição do PM que matou o menino João Roberto no Rio deve ter deixado muita gente chocada.
Chocada e preocupada com o que nos espera. Se o PM cumpria sua missão e não tinha intenção de matar, por que tantos tiros num carro que não revidou em nenhum momento? Quem são esses jurados que conseguem a proeza de inocentar alguém que tira a vida de uma criança? Se podemos considerar essa morte lamentável uma "lesão corporal leve", estamos dando carta-branca a policiais despreparados para que continuem matando e recebendo, quando muito, penas de serviços comunitários."
LICIA DE LIMA VIOLA (São Paulo, SP)

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