São Paulo, segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Mão de obra
"Sobre a manchete ("Brasil enfrenta "apagão de mão de obra qualificada", Dinheiro, ontem), afirmo que não basta qualificar a mão de obra. Vivências históricas do final dos anos 80 e no início do século 21 demonstram que os profissionais de todos os níveis não são valorizados e muito menos respeitados em seu ambiente de trabalho e, certamente, estas são condições para a fuga dos trabalhadores das rotinas do mercado formal.
É mais "saudável" transitar por uma atividade autônoma como prestação de serviços, temporária ou mesmo de serviços informais, do que a penalização de regras autocratas e de salários aviltantes das empresas de transformação, de serviços ou mesmo da área pública.
É motivador ser um professor que trabalha 40 horas semanais, sofrendo uma série de adversidades de ordem pedagógica, disciplinar e social, ver o "resultado do seu trabalho" valer R$ 900 em média? É motivador um pedreiro experiente, que, na prática, "compreende melhor a gestão da construção civil" do que um engenheiro júnior ou pleno, receber R$°1.100 em média?"
MARCO ANTONIO SANTOS (Jundiaí, SP)

Arruda
"Pelo menos neste Carnaval, o governador José Roberto Arruda pode dizer que "dançou". E como destaque."
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

 

"Prender Arruda não significa muito. Nossos políticos costumam usar o fato para se vitimarem perante o eleitorado. E frequentemente com sucesso. Acaba virando premiação política. O que é preciso é que devolvam o que furtaram, o que nunca constatamos após a sentença condenatória divulgada nem sempre com o mesmo estardalhaço que noticiou o "alcance". Os contribuintes continuam pagando caro por si e pelos corruptos."
JOSÉ SALIM (São Luís, MA)

 

"Peço a devida licença ao sambista Zé Keti e ao cronista Carlos Heitor Cony ("Mil palhaços no salão", Opinião, ontem) para usar "mais de mil palhaços no salão". Ouvindo a música e lendo a crônica, já que estamos em pleno Carnaval, faço questão de lembrar de que vivemos num enorme salão. Parecemos milhões de palhaços neste salão Brasil.
De tanto verificar que, somente em momentos de graves situações em nosso país -crimes hediondos, tragédias no ar, no chão, na água e na política-, as autoridades fazem-se presentes nas providências, mas que depois empurram os problemas para "debaixo do tapete", estou antevendo que o caso do governador Arruda vai ficar também sem punição."
JOÃO BATISTA CHAMADOIRA (Bauru, SP)

Pedágios
"Quero dizer à leitora Cristiana Schermann ("Painel do Leitor", ontem) que repudio sua opinião sobre os pedágios no Estado de São Paulo. Ela não fala por mim. As altas tarifas dos pedágios no Estado e a quantidade de pedágios existentes e em número crescente tornam o valor cobrado em alguns trechos equivalente aos gastos com combustível.
Além disso, toda a carga de matérias-primas e produtos que circulam no Estado é onerada pelo pedágio, e os custos são repassados para o consumidor.
Os valores dos pedágios são muito altos para quem já paga o IPVA com a alíquota mais alta do Brasil. Não podemos aceitar mansamente que o governo estadual nos onere mais a cada dia."
JOÃO CARLOS MORENO (Presidente Prudente, SP)

Clima
"O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc ["O Brasil entra no clima", "Tendências/Debates", ontem], tem razão ao afirmar que o Brasil está hoje mais preparado para enfrentar as mudanças climáticas. Temos um novo marco regulatório em definição, metas objetivas para alcançar e a disposição de setores da sociedade como empresários, trabalhadores e organizações da sociedade civil comprometidos com os esforços para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Por isso é fundamental e urgente que o governo federal, por meio do Ministério dp Meio Ambiente, consulte e dialogue com a sociedade brasileira para as definições da regulamentação em curso da Lei do Clima."
CAIO MAGRI (São Paulo, SP)

Ficha limpa
"Lamento ter de responder ao artigo de dom Tomás Balduino ["Ficha limpa na gaveta, suja nas eleições", "Tendências/Debates", ontem], a quem respeito e homenageio nos planos temporal e espiritual. Faço-o porque: 1) não é verdade que o projeto de iniciativa popular "Ficha Limpa" esteja na "minha" gaveta; 2) ao contrário. Desse-lhe eu tramitação regular, haveria de passar por inúmeras comissões para, só depois, ser encaminhado ao plenário; 3) o que fiz para agilizá-lo?
Mandei anexá-lo a outros projetos de iniciativa parlamentar, com o mesmo conteúdo, que tramitaram por vários anos e já se acham prontos para o Plenário; 4) evitei, portanto, longa tramitação; 5) tem razão dom Balduino: o projeto recebe contestações e, por isso mesmo, logo após o recesso, reuni os líderes e pedi o seu exame para levá-lo à pauta logo no mês de março, ou seja, menos de seis meses de sua apresentação; 6) a Folha traz na mesma edição a notícia da possibilidade da votação do projeto, por mim patrocinada ["Proposta contra ficha suja ganha fôlego", Brasil]; 7) dom Dimas sabe disso, pois tem dialogado inúmeras vezes comigo; 8) peço a dom Balduino, com todo o respeito, que tenha um pouco de paciência. A democracia é assim. É o regime da contestação e da controvérsia."
MICHEL TEMER, presidente da Câmara dos Deputados (Brasília, DF)

 

"Quero manifestar apoio ao artigo de Tomás Balduino. Realmente, a constituição de comissão para alterar o projeto de iniciativa popular, com mais de 1,5 milhão de assinaturas, não é algo razoável. Michel Temer, se eleito vice-presidente do Brasil com Dilma Rousseff, não precisará do voto dos paulistas para continuar na política. Caso contrário, possivelmente terá dificuldades para eleger-se em face de sua atitude de confronto com o projeto popular pelo qual desde o início manifestou desapreço."
PAULO MAGALHÃES (São Paulo, SP)

Medicamentos
"Muito interessante o editorial "Ética sem desconto" (ontem). Porém cabe ressaltar que o assédio das indústrias farmacêuticas não se dá só nos consultórios médicos, ele começa já nos primeiros anos das faculdades que formam nossos profissionais de saúde, em especial os formandos de medicina.
É louvável a atitude do Conselho Federal de Medicina, entretanto sua resolução deveria ser estendida para os parlamentares médicos, proibindo-os de receber doações para suas campanhas eleitorais por parte das indústrias farmacêuticas, pois fica muito difícil acreditar que haverá isenção do parlamentar na hora de votar um projeto de interesse da indústria que o financiou.
Basta vermos a verdadeira guerra que se faz no Congresso contra o salutar desenvolvimento dos medicamentos genéricos no país, quando sabemos que este instrumento aumenta sobremaneira o acesso aos medicamentos, principalmente para as classes menos favorecidas."
JULIO CESAR GOMES DE OLIVEIRA, diretor da Federação Nacional dos Farmacêuticos (João Pessoa, PB)

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