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Mão de obra
"Sobre a manchete ("Brasil enfrenta "apagão de mão de obra qualificada", Dinheiro, ontem), afirmo
que não basta qualificar a mão de
obra. Vivências históricas do final
dos anos 80 e no início do século 21
demonstram que os profissionais
de todos os níveis não são valorizados e muito menos respeitados em
seu ambiente de trabalho e, certamente, estas são condições para a
fuga dos trabalhadores das rotinas
do mercado formal.
É mais "saudável" transitar por
uma atividade autônoma como
prestação de serviços, temporária
ou mesmo de serviços informais, do
que a penalização de regras autocratas e de salários aviltantes das
empresas de transformação, de serviços ou mesmo da área pública.
É motivador ser um professor
que trabalha 40 horas semanais,
sofrendo uma série de adversidades
de ordem pedagógica, disciplinar e
social, ver o "resultado do seu trabalho" valer R$ 900 em média? É motivador um pedreiro experiente,
que, na prática, "compreende melhor a gestão da construção civil" do
que um engenheiro júnior ou pleno, receber R$°1.100 em média?"
MARCO ANTONIO SANTOS (Jundiaí, SP)
Arruda
"Pelo menos neste Carnaval, o
governador José Roberto Arruda
pode dizer que "dançou". E como
destaque."
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)
"Prender Arruda não significa
muito. Nossos políticos costumam
usar o fato para se vitimarem perante o eleitorado. E frequentemente com sucesso. Acaba virando
premiação política. O que é preciso
é que devolvam o que furtaram, o
que nunca constatamos após a sentença condenatória divulgada nem
sempre com o mesmo estardalhaço
que noticiou o "alcance". Os contribuintes continuam pagando caro
por si e pelos corruptos."
JOSÉ SALIM (São Luís, MA)
"Peço a devida licença ao sambista Zé Keti e ao cronista Carlos Heitor Cony ("Mil palhaços no salão",
Opinião, ontem) para usar "mais de
mil palhaços no salão". Ouvindo a
música e lendo a crônica, já que estamos em pleno Carnaval, faço
questão de lembrar de que vivemos
num enorme salão. Parecemos milhões de palhaços neste salão Brasil.
De tanto verificar que, somente
em momentos de graves situações
em nosso país -crimes hediondos,
tragédias no ar, no chão, na água e
na política-, as autoridades fazem-se presentes nas providências, mas
que depois empurram os problemas para "debaixo do tapete", estou
antevendo que o caso do governador Arruda vai ficar também sem
punição."
JOÃO BATISTA CHAMADOIRA (Bauru, SP)
Pedágios
"Quero dizer à leitora Cristiana
Schermann ("Painel do Leitor", ontem) que repudio sua opinião sobre
os pedágios no Estado de São Paulo.
Ela não fala por mim. As altas tarifas dos pedágios no Estado e a
quantidade de pedágios existentes
e em número crescente tornam o
valor cobrado em alguns trechos
equivalente aos gastos com combustível.
Além disso, toda a carga de
matérias-primas e produtos que
circulam no Estado é onerada pelo
pedágio, e os custos são repassados
para o consumidor.
Os valores dos
pedágios são muito altos para quem
já paga o IPVA com a alíquota mais
alta do Brasil. Não podemos aceitar
mansamente que o governo estadual nos onere mais a cada dia."
JOÃO CARLOS MORENO (Presidente Prudente, SP)
Clima
"O ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc ["O Brasil entra no clima", "Tendências/Debates", ontem],
tem razão ao afirmar que o Brasil
está hoje mais preparado para enfrentar as mudanças climáticas. Temos um novo marco regulatório em
definição, metas objetivas para alcançar e a disposição de setores da
sociedade como empresários, trabalhadores e organizações da sociedade civil comprometidos com os
esforços para a redução de emissões
de gases de efeito estufa. Por isso é
fundamental e urgente que o governo federal, por meio do Ministério
dp Meio Ambiente, consulte e dialogue com a sociedade brasileira para as definições da regulamentação
em curso da Lei do Clima."
CAIO MAGRI (São Paulo, SP)
Ficha limpa
"Lamento ter de responder ao artigo de dom Tomás Balduino ["Ficha limpa na gaveta, suja nas eleições", "Tendências/Debates", ontem], a quem respeito e homenageio nos planos temporal e espiritual. Faço-o porque: 1) não é verdade que o projeto de iniciativa popular "Ficha Limpa" esteja na "minha"
gaveta; 2) ao contrário. Desse-lhe
eu tramitação regular, haveria de
passar por inúmeras comissões para, só depois, ser encaminhado ao
plenário; 3) o que fiz para agilizá-lo?
Mandei anexá-lo a outros projetos
de iniciativa parlamentar, com o
mesmo conteúdo, que tramitaram
por vários anos e já se acham prontos para o Plenário; 4) evitei, portanto, longa tramitação; 5) tem razão dom Balduino: o projeto recebe
contestações e, por isso mesmo, logo após o recesso, reuni os líderes e
pedi o seu exame para levá-lo à pauta logo no mês de março, ou seja,
menos de seis meses de sua apresentação; 6) a Folha traz na mesma
edição a notícia da possibilidade da
votação do projeto, por mim patrocinada ["Proposta contra ficha suja
ganha fôlego", Brasil]; 7) dom Dimas sabe disso, pois tem dialogado
inúmeras vezes comigo; 8) peço a
dom Balduino, com todo o respeito,
que tenha um pouco de paciência.
A democracia é assim. É o regime
da contestação e da controvérsia."
MICHEL TEMER, presidente da Câmara dos Deputados (Brasília, DF)
"Quero manifestar apoio ao artigo de Tomás Balduino. Realmente,
a constituição de comissão para alterar o projeto de iniciativa popular, com mais de 1,5 milhão de assinaturas, não é algo razoável. Michel
Temer, se eleito vice-presidente do
Brasil com Dilma Rousseff, não precisará do voto dos paulistas para
continuar na política. Caso contrário, possivelmente terá dificuldades
para eleger-se em face de sua atitude de confronto com o projeto popular pelo qual desde o início manifestou desapreço."
PAULO MAGALHÃES (São Paulo, SP)
Medicamentos
"Muito interessante o editorial
"Ética sem desconto" (ontem). Porém cabe ressaltar que o assédio das
indústrias farmacêuticas não se dá
só nos consultórios médicos, ele começa já nos primeiros anos das faculdades que formam nossos profissionais de saúde, em especial os
formandos de medicina.
É louvável a atitude do Conselho
Federal de Medicina, entretanto
sua resolução deveria ser estendida
para os parlamentares médicos,
proibindo-os de receber doações
para suas campanhas eleitorais por
parte das indústrias farmacêuticas,
pois fica muito difícil acreditar que
haverá isenção do parlamentar na
hora de votar um projeto de interesse da indústria que o financiou.
Basta vermos a verdadeira guerra
que se faz no Congresso contra o salutar desenvolvimento dos medicamentos genéricos no país, quando
sabemos que este instrumento aumenta sobremaneira o acesso aos
medicamentos, principalmente para as classes menos favorecidas."
JULIO CESAR GOMES DE OLIVEIRA, diretor da Federação Nacional dos Farmacêuticos (João Pessoa, PB)
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