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PAINEL DO LEITOR
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Lamarca
"A promoção para gerar benefícios a herdeiros -via uma comissão
criada para indenizar pseudo-perseguidos- do desertor e assassino
Lamarca é a melhor maneira de incentivar os crimes e os criminosos."
CLAUDIO B. FERREIRA (Artur Nogueira, SP)
"Estou indignada com a reportagem sobre Lamarca ("Comissão de
Anistia declara Lamarca coronel do
Exército" (Brasil, 14/6). Por que a
Folha se refere a ele como terrorista? É muito desrespeito.
Lamarca, finalmente, é reconhecido pelo Estado brasileiro e o jornal se refere a ele como terrorista!"
MARIANA FERREIRA GOMES STELKO, assistente social (Brasília, DF)
Limites elásticos
"A sugestão da ministra Marta
Suplicy aos turistas vitimados pela
crise aérea talvez seja mais uma
comprovação da teoria de Clóvis
Rossi acerca da "tolerância bovina"
dos habitantes de Pindorama.
Lula diz que os usineiros são heróis nacionais; o presidente do Senado é pego com a boca na botija,
mas, sem sair do trono, diz que não
largará o osso e pede para não ser
importunado; os parlamentares aumentam os próprios salários e garantem, na Justiça, a manutenção
de verba extra de R$ 15 mil para gastar como bem entenderem.
Talvez Marta estivesse apenas
testando a elasticidade de nossos limites."
ALFREDO CASEIRO (São Paulo, SP)
"Primeiro foi o presidente Lula
que falou besteira ao citar o "ponto
G". Depois foi a ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, que falou um monte de besteiras em relação aos brancos. Neste governo, o
deboche virou moda.
Uma petista (Ângela Guadagnin)
dançou na Câmara e depois "dançou" novamente. Agora é a vez de
Marta Suplicy soltar a franga e dizer
uma frase típica de bordel, do mais
baixo nível, agredindo todos os brasileiros, especialmente as vítimas
do Apagão Aéreo que ficam horas e
até dias nos aeroportos deste país.
Não adianta pedir desculpas. De
"atos falhos" já estou cheio. Fica a
pergunta para a sexóloga debochada: O que é gozar e relaxar? Pergunto, porque uma criancinha indagou-me ao ouvir a frase da ilustríssima senhora ministra de Turismo.
Será a lei de Marta? Goze e relaxe!"
JOSÉ MONTE ARAGÃO (Sobradinho, DF)
Bebidas
"A Associação Brasileira de
Anunciantes (ABA) jamais imaginou que escreveria uma carta para
protestar sobre um conceito emitido por um intelectual letrado, inteligente, culto e, salvo desinformação nossa, defensor da ordem constitucional e do sagrado direito de
expressão de pessoas, instituições e
de empresas legalmente constituídas e operantes (Ruy Castro, "Brinde ao sofisma", Opinião, 13/6).
Sua defesa, a priori, de uma possível medida inconstitucional que
pode ser baixada pela Anvisa, parece missa encomendada e revela
uma visão de mundo típica de burocratas de viés paternalista que tudo pretendem estabelecer, decidir
e controlar.
O artigo critica frontalmente o
fato de o Conar defender a adoção
de um claríssimo princípio constitucional e o cumprimento das normas mais caras às nações civilizadas sobre o primado da livre-iniciativa e da liberdade de expressão.
O que o Conar, a nossa associação e todas entidades que congregam os meios de comunicação brasileiros defendem, neste e em qualquer outro caso semelhante, é que
tudo o que tiver que ser feito, por
razões de saúde pública ou por demanda da sociedade, precisa necessariamente ser realizado sob a estrita ordem constitucional vigente.
Lutaremos para que o senhor
Ruy Castro tenha o sagrado direito
de criticar o que bem entender e até
de fazer a defesa de propostas lesa-constitucionais."
RICARDO A. BASTOS, presidente da ABA (São Paulo, SP)
Resposta do colunista Ruy Castro - Obrigado ao Conar por lutar
pelo meu "sagrado direito de
criticar o que bem entender".
Mas esse direito também já está
na Constituição.
"No artigo "Brinde ao sofisma",
Ruy Castro foi muito feliz ao delimitar o debate referente ao controle da publicidade de bebidas alcóolicas: seria a luta dos barões da cerveja contra a responsabilidade social.
O autor colocou entre os aliados
do primeiro grupo os desinformados sobre o alcoolismo, o que é uma
verdade insofismável. Como nós,
psiquiatras, conhecemos essa verdade, só podemos fazer parte do segundo grupo.
O problema é que, neste país, profissionais que defendem a saúde são
ridicularizados pelos que obtêm lucro com produtos que promovem
agravos a ela.
Talvez esse seja um dos motivos
que levou alguém a dizer certa vez
que este não é um país sério."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO, médico psiquiatra, secretário municipal Antidrogas de Foz do Iguaçu
(Foz do Iguaçu, PR)
Lista fechada
"No sistema eleitoral atual, votamos em um candidato e (por falta
ou excesso de votos) elegemos outro. É direito do eleitor conhecer
previamente a lista e a ordem dos
candidatos que serão eleitos pelo
partido ou pela coligação.
A lista fechada obriga os partidos
a criarem propostas e programas,
"despersonifica" a política, fortalece
a democracia e intensifica a participação e a cidadania."
VALTER TAKUO YOSHIDA JUNIOR (São Paulo, SP)
Crise política
"Não obstante a acurada e precisa
análise feita pelo professor Marco
Antonio Villa em "A crise política e o
Judiciário" ("Tendências/ Debates",
13/6), sou obrigado a solicitar o registro da imprecisão de sua referência a artigo de minha autoria publicado no mesmo espaço no dia 10/6.
Em nenhum momento do meu
artigo há qualquer citação ou alusão
de que apontar os graves problemas
do Judiciário fragiliza a sua atuação
ou a democracia. E concordo com o
articulista de que, pelo contrário,
fortalece a necessidade de mudanças. Se o tivesse feito, estaria contrariando a história da entidade que
presido, pioneira nas lutas pela democratização e pela moralização do
Judiciário.
O que realmente disse -e que, infelizmente, levou a uma interpretação equivocada do articulista- é
que os ataques à instituição de maneira inconseqüente e irresponsável, sem o devido esclarecimento
sobre os mecanismos que lhe são
próprios e sem reconhecer que a
imensa maioria dos juízes merece o
respeito e a consideração da população, devem ser evitados e contrariam o respeito que se deve ter por
um dos pilares da democracia.
Isso não significa afirmar que o
Judiciário não precise de mudanças
ou que analisar suas mazelas, como
o próprio articulista fez, e muito
bem, cause qualquer enfraquecimento na própria instituição."
CLAUDIO JOSÉ MONTESSO, presidente da Anamatra -Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Brasília, DF)
CARTA REGISTRADA
"Greve no metrô? Está pendurado num ônibus superlotado? Relaxa e goza."
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)
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