São Paulo, sexta-feira, 15 de junho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Lamarca
"A promoção para gerar benefícios a herdeiros -via uma comissão criada para indenizar pseudo-perseguidos- do desertor e assassino Lamarca é a melhor maneira de incentivar os crimes e os criminosos."
CLAUDIO B. FERREIRA (Artur Nogueira, SP)

"Estou indignada com a reportagem sobre Lamarca ("Comissão de Anistia declara Lamarca coronel do Exército" (Brasil, 14/6). Por que a Folha se refere a ele como terrorista? É muito desrespeito. Lamarca, finalmente, é reconhecido pelo Estado brasileiro e o jornal se refere a ele como terrorista!"
MARIANA FERREIRA GOMES STELKO, assistente social (Brasília, DF)

Limites elásticos
"A sugestão da ministra Marta Suplicy aos turistas vitimados pela crise aérea talvez seja mais uma comprovação da teoria de Clóvis Rossi acerca da "tolerância bovina" dos habitantes de Pindorama.
Lula diz que os usineiros são heróis nacionais; o presidente do Senado é pego com a boca na botija, mas, sem sair do trono, diz que não largará o osso e pede para não ser importunado; os parlamentares aumentam os próprios salários e garantem, na Justiça, a manutenção de verba extra de R$ 15 mil para gastar como bem entenderem. Talvez Marta estivesse apenas testando a elasticidade de nossos limites."
ALFREDO CASEIRO (São Paulo, SP)

"Primeiro foi o presidente Lula que falou besteira ao citar o "ponto G". Depois foi a ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, que falou um monte de besteiras em relação aos brancos. Neste governo, o deboche virou moda.
Uma petista (Ângela Guadagnin) dançou na Câmara e depois "dançou" novamente. Agora é a vez de Marta Suplicy soltar a franga e dizer uma frase típica de bordel, do mais baixo nível, agredindo todos os brasileiros, especialmente as vítimas do Apagão Aéreo que ficam horas e até dias nos aeroportos deste país.
Não adianta pedir desculpas. De "atos falhos" já estou cheio. Fica a pergunta para a sexóloga debochada: O que é gozar e relaxar? Pergunto, porque uma criancinha indagou-me ao ouvir a frase da ilustríssima senhora ministra de Turismo. Será a lei de Marta? Goze e relaxe!"
JOSÉ MONTE ARAGÃO (Sobradinho, DF)

Bebidas
"A Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) jamais imaginou que escreveria uma carta para protestar sobre um conceito emitido por um intelectual letrado, inteligente, culto e, salvo desinformação nossa, defensor da ordem constitucional e do sagrado direito de expressão de pessoas, instituições e de empresas legalmente constituídas e operantes (Ruy Castro, "Brinde ao sofisma", Opinião, 13/6).
Sua defesa, a priori, de uma possível medida inconstitucional que pode ser baixada pela Anvisa, parece missa encomendada e revela uma visão de mundo típica de burocratas de viés paternalista que tudo pretendem estabelecer, decidir e controlar.
O artigo critica frontalmente o fato de o Conar defender a adoção de um claríssimo princípio constitucional e o cumprimento das normas mais caras às nações civilizadas sobre o primado da livre-iniciativa e da liberdade de expressão.
O que o Conar, a nossa associação e todas entidades que congregam os meios de comunicação brasileiros defendem, neste e em qualquer outro caso semelhante, é que tudo o que tiver que ser feito, por razões de saúde pública ou por demanda da sociedade, precisa necessariamente ser realizado sob a estrita ordem constitucional vigente.
Lutaremos para que o senhor Ruy Castro tenha o sagrado direito de criticar o que bem entender e até de fazer a defesa de propostas lesa-constitucionais."
RICARDO A. BASTOS, presidente da ABA (São Paulo, SP)

Resposta do colunista Ruy Castro - Obrigado ao Conar por lutar pelo meu "sagrado direito de criticar o que bem entender". Mas esse direito também já está na Constituição.

"No artigo "Brinde ao sofisma", Ruy Castro foi muito feliz ao delimitar o debate referente ao controle da publicidade de bebidas alcóolicas: seria a luta dos barões da cerveja contra a responsabilidade social. O autor colocou entre os aliados do primeiro grupo os desinformados sobre o alcoolismo, o que é uma verdade insofismável. Como nós, psiquiatras, conhecemos essa verdade, só podemos fazer parte do segundo grupo.
O problema é que, neste país, profissionais que defendem a saúde são ridicularizados pelos que obtêm lucro com produtos que promovem agravos a ela.
Talvez esse seja um dos motivos que levou alguém a dizer certa vez que este não é um país sério."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO, médico psiquiatra, secretário municipal Antidrogas de Foz do Iguaçu (Foz do Iguaçu, PR)

Lista fechada
"No sistema eleitoral atual, votamos em um candidato e (por falta ou excesso de votos) elegemos outro. É direito do eleitor conhecer previamente a lista e a ordem dos candidatos que serão eleitos pelo partido ou pela coligação.
A lista fechada obriga os partidos a criarem propostas e programas, "despersonifica" a política, fortalece a democracia e intensifica a participação e a cidadania."
VALTER TAKUO YOSHIDA JUNIOR (São Paulo, SP)

Crise política
"Não obstante a acurada e precisa análise feita pelo professor Marco Antonio Villa em "A crise política e o Judiciário" ("Tendências/ Debates", 13/6), sou obrigado a solicitar o registro da imprecisão de sua referência a artigo de minha autoria publicado no mesmo espaço no dia 10/6.
Em nenhum momento do meu artigo há qualquer citação ou alusão de que apontar os graves problemas do Judiciário fragiliza a sua atuação ou a democracia. E concordo com o articulista de que, pelo contrário, fortalece a necessidade de mudanças. Se o tivesse feito, estaria contrariando a história da entidade que presido, pioneira nas lutas pela democratização e pela moralização do Judiciário.
O que realmente disse -e que, infelizmente, levou a uma interpretação equivocada do articulista- é que os ataques à instituição de maneira inconseqüente e irresponsável, sem o devido esclarecimento sobre os mecanismos que lhe são próprios e sem reconhecer que a imensa maioria dos juízes merece o respeito e a consideração da população, devem ser evitados e contrariam o respeito que se deve ter por um dos pilares da democracia.
Isso não significa afirmar que o Judiciário não precise de mudanças ou que analisar suas mazelas, como o próprio articulista fez, e muito bem, cause qualquer enfraquecimento na própria instituição."
CLAUDIO JOSÉ MONTESSO, presidente da Anamatra -Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Brasília, DF)

CARTA REGISTRADA
"Greve no metrô? Está pendurado num ônibus superlotado? Relaxa e goza."
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

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