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LUCIANO MENDES DE ALMEIDA
Amor às crianças, prioridade
NO HOSPITAL de Mariana,
internaram uma criança
em estado grave. Seu corpo
apresentava queimaduras. O próprio pai tinha ferido a criança indefesa. Pode parecer um gesto de loucura, porém, infelizmente, os casos
de brutalidade e violência contra as
crianças são mais freqüentes do
que pensamos.
Eis um dos pontos em que todos
temos de melhorar. Como tratar as
crianças? A resposta é simples:
com muito amor. A razão mais profunda é a certeza de que cada criança que vem a este mundo, é criada e
amada por Deus. Deve ser acolhida
como um dom de Deus à humanidade. Ela nos é confiada para que
colaboremos no seu pleno desenvolvimento, tornando-a capaz de
entrar em comunhão com Deus e
de se realizar como pessoa, fazendo
o bem a seus semelhantes.
Há, é certo, quem trate as crianças com afeto e carinho, transmitindo-lhes educação, segurança e
desejo de viver. Graças a Deus aí estão os pais e educadores abnegados, capazes de acompanhar e
orientar as crianças com sacrifício
e carinho, ajudando-as a discernir
valores, formar a consciência, acreditar na vida e assumir responsabilidades.
No entanto, é também verdade
que ainda hoje no Brasil muitas
crianças são vítimas do egoísmo, da
frieza e da brutalidade dos adultos,
até na própria família. Há pais que
gritam, batem nos filhos e impõem
castigos absurdos. Como deve ser
traumatizante para uma criança
ser espancada pelo pai alcoolizado.
Não há só a agressão física. Como
ficam os filhos, vítimas de descaso,
solidão e abandono?
Para corrigir uma criança vale
muito mais o amor. Crianças sofridas, de olhar triste, amedrontadas,
subnutridas, quantas são pelo Brasil afora?
Vamos reformar nossa atitude
para com esses pequeninos. Temos
que abrir o coração para acolher a
criança, nela acreditar, compreendê-la e animá-la. Aprendamos com
Jesus Cristo a amar os pequeninos.
São filhos do Pai que está nos céus.
Que a nova etapa política continue incentivando a implementação do artigo 227 da Constituição e
do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelecem, com absoluta prioridade, o dever da família, da sociedade e do Estado de assegurar à criança e ao adolescente,
entre outros, o direito à vida, à dignidade e ao respeito e à convivência familiar e comunitária, colocando-os a salvo de toda violência e
agressão.
As crianças precisam de amor, de
muito amor.
Você será feliz se fizer uma
criança feliz.
almendescuria@yahoo.com.br
DOM LUCIANO MENDES DE ALMEIDA escreve aos
sábados nesta coluna.
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