São Paulo, sábado, 15 de outubro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Lixo
Foi positivo o trabalho da Receita Federal, que apreendeu no porto do Suape, em Ipojuca (PE), um contêiner carregado com lixo hospitalar vindo dos EUA. Não foi a primeira e, provavelmente, não será a última vez. A Polícia Federal precisa investigar e identificar os responsáveis. É inaceitável o suposto erro na guia de exportação do material contaminado vindo dos EUA.
SANDRA ALMEIDA (São Paulo, SP)

Greves
Não concordo com o leitor Altino Fortuna ("Painel do Leitor", 13/10). Está na Constituição o direito à greve, independentemente de ela ocorrer no setor privado ou no público. O trabalhador não é obrigado a aceitar salários que não reconheçam o serviço prestado e a dignidade humana.
OLIVER SIMIONI (São Paulo, SP)

Corrupção
As reportagens sobre as manifestações contra a corrupção indicam que o povo está saindo do "berço esplêndido", mas creio que protestos como colocar lenços brancos nas janelas, soltar pombos pela paz e gritar "basta de corrupção" apenas fazem com que os corruptos deem risada e se lixem para a opinião pública.
É preciso que haja cobranças objetivas contra os malfeitores, que a Justiça puna o mau uso do dinheiro público, que o STF pare de procrastinar em relação ao mensalão e que todos os que desviaram verbas de ministérios devolvam os valores.
JOSÉ ÉVILA DA ROCHA (São Paulo, SP)

 

Se o povo brasileiro cobrasse da classe política como as torcidas cobram de jogadores de futebol, estaríamos no grupo dos cinco países mais desenvolvidos do mundo. Saberíamos como nos organizar, participar e intervir no processo social, político e econômico do país. Saberíamos avaliar a prática da moralidade e da ética no exercício das funções do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
Saberíamos também exigir de cada patriota o exercício irrepreensível da cidadania.
NEI SILVEIRA DE ALMEIDA (Belo Horizonte, MG)

 

Na reportagem "Igreja Católica estimula fiéis a protestar contra a corrupção" (Poder, 13/10), d. Odilo Scherer foi muito feliz em afirmar que, "quando não somos capazes de reagir e nos indignar diante da corrupção, é porque nosso senso ético também ficou corrompido".
Não vamos recuperar o nosso senso ético por meio de redes sociais, cujos usuários, em sua maioria, não saem da frente do computador. Por isso peço que entidades com crédito perante a sociedade, como a Igreja Católica e a OAB, assumam tal papel e iniciem este movimento para o bem dos nossos filhos.
OSMAR LOUREIRO (Cravinhos, SP)

Jovens dependentes
Impressionante a inocência de Gilberto Kassab e de seu mundo cor-de-rosa. Quase chorei ao ler o texto "Família, menores e a lei" ("Tendências/Debates", ontem). De que cidade mesmo ele é prefeito? Gostaria de ir morar lá.
NELSON BARBOSA (São Paulo, SP)

Aécio
Diferentemente do que afirma Consuelo Montes ("Painel do Leitor", ontem), informo que dados do MEC mostram que Minas Gerais ocupa, desde 2005, dois anos após o início do governo Aécio Neves, os primeiros lugares do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
No último Ideb, divulgado no ano passado e referente a 2009, Minas ficou em 1º lugar nos anos iniciais do ensino fundamental. Em 2007, ficou em 1º lugar com o melhor desempenho dos alunos do 5º ano em matemática e português, e mais de 76% das escolas estaduais em Minas apresentaram Ideb superior à média das escolas estaduais brasileiras.
O ProAlfa, avaliação coordenada pelo Estado, pela UFMG e pela UFJF, apontou que, em 2010, 86,2% dos alunos da 3ª série do ensino fundamental das escolas estaduais apresentavam nível recomendável de leitura. Aécio Neves foi, entre os governadores, o primeiro a implantar na rede pública o ensino fundamental de nove anos.
LUIZ NETO, da assessoria de imprensa de Aécio Neves, senador pelo PSDB-MG (Brasília, DF)

Humor
Ruy Castro foi primoroso ao lembrar o grande valor do humorista José Vasconcellos ("Mil vozes", Opinião, ontem). Vale ainda dizer que Vasconcellos conseguiu realizar, como produtor e ator, bons filmes de comédia, que deveriam ser vistos novamente.
ZULCY BORGES DE SOUZA (Itajubá, MG)

Reality shows
Respeito a opinião da colunista Nina Lemos ("Ninguém vai lembrar que 'A Fazenda 4', da Record, existiu", Ilustrada, ontem), mas entendo que ela parte de uma premissa equivocada para elaborar sua conclusão.
O que ela quer dizer com "o programa em que a dramaturgia foi substituída por gritaria"? A característica mais marcante de um reality show é a imposição dos personagens reais, que não seguem nenhum script e criam suas próprias tramas, evidenciando seus defeitos e virtudes. Muito diferente do que acontece nas obras de dramaturgia, onde tudo, inclusive o desfecho, já foi definido pelo autor.
BENTO MESSIAS CARVALHO DE ABREU (São Paulo, SP)

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