São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Testes com animais
"Acredito ser legítima a argumentação do editorial "Liberdade e pesquisa" (Opinião, 12/11), que critica as barreiras aos testes com animais (mesmo que eu discorde em relação ao texto).
O que é inaceitável é a preconceituosa desqualificação feita pelo jornal ao importante movimento que luta contra os maus-tratos aos animais na utilização dos termos "particularismo" e, principalmente, "sentimentalismo com animais".
Ninguém é obrigado a concordar com uma bandeira, mas o uso dessas expressões redutoras representa um desrespeito a uma posição democrática, atitude que um jornal como a Folha não deveria ter."
GABRIEL DE BARCELOS SOTOMAIOR, jornalista, mestrando em multimeios na Unicamp (Campinas, SP)

CPMF
"Parabenizo a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) pelo seu parecer técnico e realista sobre a CPMF. Em todos estes anos de democracia, dificilmente vi um parecer tão bem elaborado. Todos puderam compreender que a CPMF é um câncer na economia brasileira.
Espero que os nossos representantes esqueçam um pouco do corporativismo e de legislar em causa própria e entrem para a história, acabando de vez com esse imposto tão injusto."
LUIZ CLÁUDIO ZABATIERO (Campinas, SP)

"Substituição prepotente de membros da CCJ, farta liberação de verbas e a promessa de uma mísera redução gradativa da CPMF fizeram com que o governo conseguisse rejeitar naquela Comissão o relatório da senadora Kátia Abreu, que pedia a extinção desse tributo.
Dizer que o governo cedeu para convencer, por meio de argumentos, os que mudaram seus votos não é verdade. Essa redução anual da alíquota em 0,02 ponto percentual a partir de 2008 é o mesmo que nada. Só serviu para dar uma boa desculpa para que alguns senadores mudassem seu voto.
Mais uma vez o pródigo trator do governo passa por cima da vontade da imensa maioria dos brasileiros.
E, mais uma vez, constatamos o porquê de o governo precisar dessa montanha de dinheiro nas mãos."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

"Gostaria que algum tucano ou "demo" explicasse por que tanto barulho contra a CPMF no Congresso enquanto a governadora tucana gaúcha tenta aprovar um "tarifaço" ("Painel", Brasil, pág. A4, 14/11).
É "faça o que eu digo, mas não o que eu faço'?"
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

Venha a nós
"A mudança do Simples para o Supersimples acarretou um acréscimo de 28,57% (de 3,5% para 4,5% na taxação) no total do imposto. É um absurdo, pois as microempresas não têm com repassar isso ao produto final. E o governo ainda diz que o Supersimples vai criar novos empregos formais.
Na minha firma, isso vai acarretar demissões, o que mostra que não há o mínimo de sensibilidade dos "fazedores" de lei, apenas o "venha a nós"."
SALVADOR B. NETO (Piracicaba, SP)

Chávez
"É revoltante ver como o empresariado e a direita brasileira se comportam em relação ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Parecem desconhecer que a atual conjuntura política de nosso vizinho é conseqüência do catastrófico e desrespeitoso erro da oposição venezuelana, que se retirou das eleições legislativas. Além disso, diabolizam Chávez ao mesmo tempo em que nada falam sobre o governo chinês, o que até ajuda a manter aquele absurdo Estado totalitário, que despreza os direitos humanos e os conceitos de ecologia. Tenho escutado por todos os cantos: "se lucra bem, que mal tem?".
É preocupante, sim, a possível perda de liberdades democráticas no solo venezuelano, entretanto são os países capitalistas desenvolvidos que caminham a passos largos rumo à sociedade descrita por George Orwell em "1984"."
WADY ISSA FERNANDES (São Paulo, SP)

"Ainda estou para ver pessoa destemperada como o presidente venezuelano. O senhor Chávez, quando abre a boca, é de um brutal descomedimento.
Será que Comissão de Constituição e Justiça da Câmara irá votar pelo ingresso da Venezuela no Mercosul? Seria, no momento, um despropósito."
JOSÉ VIEIRA COUTO (Indaiatuba, SP)

Cebrap
"Tendo sido pesquisador do Cebrap durante 12 anos, onde também fui diretor, associo-me ao protesto de José Arthur Giannotti ("Adeus à Capes", "Tendências/Debates", 14/ 11) contra a supressão do programa de bolsistas e a justificação apresentada pela Capes. Conduzido pela dedicação e a liderança intelectual de Giannotti, o programa de bolsistas formou pesquisadores, professores e servidores do Estado de muito bom nível. Em vez de propalar calúnias, a direção da Capes deveria agradecer Giannotti e o Cebrap."
LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO, professor da Universidade de Paris Sorbonne (Paris, França)

Educação
"Gostaria de saber o que os governantes do PSDB têm contra a classe dos professores?
Primeiro nos "presenteiam" com um aumento na contribuição previdenciária, depois nomeiam para a pasta da Educação secretários ineptos, que provavelmente nunca entraram em uma sala de aula. Pagam-nos um salário de fome, que nos obriga a dobrar -ou até triplicar- a nossa carga de trabalho. Há falta de material didático, a famigerada promoção automática, salas superlotadas, escolas de lata (sim, elas existem, eu trabalho em uma delas), entre outras condições degradantes.
Agora nos agraciam com um período comprobatório de três anos. Estou em sala de aula há dez anos e sei de minha competência, mas sou refém de diretores autoritários e incompetentes, que vivem nos ameaçando com o tal período probatório. Certa está minha irmã, que não assumiu o cargo e continua como "temporária" após 23 anos de magistério para não passar por mais essa humilhação."
FLÁVIO ALEXANDRE CAMARGO MANCINI, professor de história da E.E. Professora Mary Mallet Cyrino, de Itapevi (Barueri, SP)

InCor
"A coluna de Mônica Bergamo (Ilustrada) de 13/11 informou que o BNDES "negociou a dívida do Incor: de R$ 140 milhões, ela caiu para R$ 80 milhões. O governo de SP pagará R$ 40 milhões. O próprio Incor, os outros R$ 40 milhões, em dez anos". A informação é inexata: não é o InCor quem deve ao BNDES, mas a Fundação Zerbini.
A confirmar-se que o BNDES perdoou R$ 60 milhões da dívida, e que o governo Serra cobrirá outros R$ 40 milhões, haverá de indagar-se: que critérios informaram tais medidas? Como explicar essa utilização de recursos públicos? Qual a legalidade de tais atos?
Espera-se que o Ministério Público Federal e a CPI das ONGs se pronunciem a respeito."
CÉSAR AUGUSTO MINTO, vice-presidente da Associação dos Docentes da USP, e PEDRO ESTEVAM DA ROCHA POMAR, editor da "Revista Adusp" (São Paulo, SP)

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