São Paulo, sábado, 15 de novembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Briga na escola
"A Secretaria de Estado da Educação esclarece que o texto "Alunos brigam, depredam escola a apanham da PM" (Cotidiano, 13/11) traz equívocos, gerados, a maioria, pelo fato de o jornal não ter ouvido o "outro lado". O jornal afirma que a vice-diretora da escola Amadeu Amaral pulou muro para fugir de agressão de um aluno na última terça-feira, fato que jamais ocorreu. O jornal afirma que a diretora desmaiou durante o lamentável episódio relatado pela imprensa, o que não ocorreu. Não há sala de aula nessa escola com oito alunos, nem com 12. Na 7ª série, as classes têm 25 e 17 alunos, respectivamente. Há três classes de 8ª série, com 22, 14 e 14 alunos cada. Há alunos que saíram da escola, mas transferidos para outras unidades, o que não caracteriza evasão. O filho da senhora Neide Catarina Nascimento faltou 60 dias à escola -30% do ano letivo. Por este motivo, foi reprovado. O chefe de gabinete da secretaria jamais afirmou que nenhum aluno seria expulso, caso comprovada a sua responsabilidade pelo episódio. Disse que cabe ao conselho da escola a decisão. O texto não esclarece que a transferência de um aluno acontece após ser definida sua retirada da escola, confundindo o leitor. Não há aluno que tenha sido expulso da escola há três semanas, nem relato de aluno que tenha atirado uma cadeira sobre um educador, como assume a Folha sem checar as informações. As duas pesquisas utilizadas na reportagem "86% das escolas de SP relatam violência" não representam a realidade. O jornal deixa de informar que a pesquisa da Apeoesp foi realizada apenas com membros da entidade, em congresso com cerca de 700 professores, 0,3% dos 240 mil professores estaduais. A da Udemo foi recusada por 4.647 de um total de 5.300 diretores. O sindicato contabiliza como violência em escola qualquer dano material, como uma parede riscada. Casos de violência nas escolas devem ser relatados com correção, diferentemente do que fez a reportagem. A secretaria tem trabalhado para reduzi-los, com projetos que têm surtido efeito. São exemplos o Justiça Restaurativa e o Proerd, em parceria com a Justiça paulista e a Secretaria da Segurança Pública."
DANILO VICENTE , coordenador de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas Laura Capriglione, Luis Kawaguti e Bruna Saniele - De fato, a vice-diretora não pulou o muro ao ser agredida. Foi o agressor quem pulou. Sobre o desmaio, o relato foi feito à Folha por cinco testemunhas. Os números de alunos em sala de aula foram mencionados pelos alunos, conforme consta da reportagem. Em nenhum momento foi dito no texto que os estudantes faltantes se evadiram. Sobre o filho da senhora Neide Catarina Nascimento, a reportagem registrou a fala da mãe, segundo a qual o garoto "nunca passa de ano mesmo". Sobre a expulsão e agressões a professores do menino W., as informações foram obtidas junto ao próprio garoto e a mais quatro colegas. A entrevista com o chefe de gabinete da secretaria está gravada. Sobre a pesquisa, a reportagem trouxe a ressalva sobre a quantidade de escolas que responderam ao questionário. Leia abaixo a seção "Erramos". R$ 4 bi
"Em resposta a cartas de leitores, o Banco Nossa Caixa esclarece que o acordo operacional firmado nesta semana com a Anfavea e a Anef, entidades que representam fabricantes e financeiras das montadoras, não envolve recursos do Tesouro de São Paulo. Os financiamentos de até R$ 4 bilhões serão realizados com recursos de mercado captados por esta instituição e seguirão parâmetros de mercado. Trata-se, portanto, de operações de empréstimo que serão feitas em bases comerciais, sem envolvimento de recursos públicos e que terão prazo de até 18 meses para serem pagas."
TATIANA PETIT , assessoria de imprensa da Nossa Caixa (São Paulo, SP)

Diploma
"Em relação à reportagem "USP registra diploma irregular, diz conselho" (Cotidiano, 31/8), informo que o curso de sociologia e política da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo recebeu parecer positivo do Conselho Nacional da Educação em 1944 e foi reconhecido em 1946. Os atos exigidos pela lei para recredenciamento e renovação do reconhecimento foram praticados. Os processos tramitam no MEC e superaram positivamente as fases de análise regimental, análise do Plano de Desenvolvimento Institucional, análise documental e despacho saneador. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabeleceu a limitação de prazo de credenciamento das instituições de educação superior e tratou genericamente da renovação do credenciamento. Somente após ser instituído o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, em 2007, é que o recredenciamento e a renovação do reconhecimento das faculdades isoladas se tornaram obrigatórios. A Escola de Sociologia e Política de São Paulo cumpriu todas as etapas legais, nos prazos e na forma estabelecidos. A reportagem é inexata por ter veiculado a irregularidade do curso com base nas informações unilaterais extraídas de processo do Conselho Estadual da Educação, órgão que não tem competência para disciplinar as atividades de instituições particulares de ensino superior e que não ouviu esta fundação no processo mencionado."
WALTERCIO ZANVETTOR , diretor-geral da Fesp-SP (São Paulo, SP)

Polícia
"Em relação ao texto ""Para advogado, polícia deve ser reformulada" (Cotidiano, ontem), gostaria de esclarecer que a frase "há, ainda, a falta de controle: há uma polícia muito violenta, e a outra, corrupta" não expressa meu pensamento. Meu entendimento, lastreado em relatórios oficiais e denúncias judiciais, é que inúmeros setores das polícias do país padecem de severos problemas de corrupção e exercício arbitrário de violência, que maculam a atividade de policiais honestos e cumpridores da lei."
OSCAR VILHENA , professor da Escola de Direito da FGV e diretor jurídico da Conectas Direitos Humanos (São Paulo, SP)

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