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PV
"A reportagem "PV fraudou notas
para justificar despesas" (Brasil,
13/6) faz uma afirmação que não se
sustenta nos fatos. Documentos extraídos dos arquivos eletrônicos da
Receita do Estado de São Paulo e
entregues à reportagem do jornal,
ignorados nos textos, demonstram
que as empresas citadas como emitentes de notas fiscais para o Partido Verde nas prestações de contas
entregues ao TSE nos anos de 2004
e 2005 tinham sede fiscal no município de Campina do Monte Alegre
no momento da emissão das referidas notas. Em razão de mudança da
política fiscal do Estado de São
Paulo, que passou a obrigar o recolhimento dos impostos no município onde se dá a prestação do serviço, a sede dessas empresas voltou a
ser a cidade de São Paulo -e isso
ocorreu depois da emissão de notas
contra o PV. Há registro legal dessas alterações na Receita do Estado
de São Paulo e Junta Comercial.
Reafirmo a legalidade dos procedimentos de prestação de contas do
PV nos aspectos levantados pela
Folha e reservo-me o direito de estranhar o porquê de a Folha não ter
explicitado em seu texto a existência da campanha empreendida contra a Executiva Nacional do Partido
Verde por ex-integrantes da Direção Nacional do PV. Eles alimentam o rol de falsas denúncias e dossiês que surgem contra o partido,
quiçá de suas próprias lavras. A Direção Nacional do PV está a apurar
responsabilidades civis e criminais
desses ex-integrantes pelas vias
próprias e competentes. É nosso o
maior interesse maior em ter transparência no processo."
JOSÉ LUIZ DE FRANÇA PENNA , presidente nacional
do Partido Verde (Brasília, DF)
Resposta dos jornalistas Alan
Gripp e Sérgio Torres - As empresas citadas nunca funcionaram na cidade, conforme
demonstrou a reportagem, embora estivessem registradas no município quando as
notas fiscais foram emitidas.
Desastre aéreo
"Novamente voltou à mídia a
questão da "fluência total em inglês"
para controladores de tráfego aéreo. Na condição de controlador
inativo, informo categoricamente
que nunca foi preciso ter tal fluência e que a Organização da Aviação
Civil Internacional nunca a exigiu.
Alguém já perguntou se todos os pilotos internacionais falam inglês
fluentemente? Lógico que não:
controlador não usa o rádio para
"bater papo", e sim para empregar
terminologias específicas. Ele tem
um aprendizado geral, que é o suficiente. Alguém já questionou como
é o controle no espaço aéreo africano (onde há os sobrevôos do Brasil
para a Europa) e outras áreas subdesenvolvidas do mundo? Adiantaria um controlador fluente de um
lado e um piloto não? Nem a maioria dos formandos das faculdades
de letras sai falando fluentemente."
HEITOR VIANNA P. FILHO (Araruama, RJ)
Futebol
"Lemos nos livros de história a
respeito da ascensão e queda dos
impérios ao longo do tempo: Egito,
Pérsia, Roma, Grã-Bretanha. Agora
vemos diante de nossos olhos a desintegração dos Estados Unidos. O
que não conseguimos admitir é que
outra potência mundial já ruiu há
algum tempo: o futebol brasileiro,
que manteve hegemonia durante
décadas. Hoje nossos adversários
entram em campo sem o temor reverencial de outrora. Entram para
ganhar e ganham. Antes não tínhamos terremotos, furacões e grandes
tragédias: agora somos um povo como os outros. Sem futebol, merecemos ao menos políticos honestos."
NIVALDO NUNES DE OLIVEIRA (São José do Rio Preto, SP)
Janio
"A coluna de Janio de Freitas está
completando 25 anos -data a ser
comemorada pelos leitores, que são
presenteados com sua lucidez e independência, sua lógica irretorquível e fina ironia. Recentemente, ao
comentar a promiscuidade entre
público e privado nos casos Varig e
BrT/Oi, ele tocou num ponto crucial: "A prepotência do governo que
a tudo atropela, sob a indiferença
generalizada dos que poderiam reagir em defesa da sociedade". Essa
sensação de impotência, que nos
transforma em meros espectadores, é inquietante. Num momento
em que a representação política está em crise, nós cidadãos só contamos, além do Judiciário, com a manifestação de setores da imprensa
realmente livres e de jornalistas da
estatura de Janio de Freitas, com a
sua coragem exemplar, compromissado com os valores mais altos
da democracia. Parabéns à Folha."
BETH VIVIANI (São Paulo, SP)
PSDB
"Nada demonstra melhor a desunião e a decadência do PSDB do que
o discurso no qual o vice-governador Alberto Goldman chamou o
candidato de parte de seu partido à
Prefeitura de São Paulo de "Geraldo
Kassab". Realmente seria de sentar
de rir, se não fosse trágico!"
ANTONIO CARLOS CICCONE (São Paulo, SP)
Exército
"Sobre o "livro" e a atitude do tenente da reserva José Vargas Jimenez (Brasil, 15/6, pág. A12), digo o
seguinte: tortura não tem pátria,
não possui partido e nem ideologia:
apenas covardia e vergonha."
PEDRO LUIZ TEIXEIRA DE MOURA (São Paulo, SP)
Fobias
"Está em pauta -com o apoio de
celebridades e do presidente da República- um projeto de lei que considerará a homofobia um crime. Isso é uma idiotice semântica. Não é
possível que juristas, psiquiatras,
psicólogos e os próprios interessados ainda não tenham se dado conta disso. Esses senhores têm a obrigação de saber que não apenas a homofobia, mas todas as outras 200 e
tantas formas de fobia (agorafobia,
hipnofobia, coprofobia, claustrofobia etc.) são transtornos psicopatológicos com etiologia na história
psíquica das pessoas e que não dependem de suas idiossincrasias, de
suas preferências e muito menos de
suas vontades. Criminalizar alguém
por homofobia, heterofobia, hidrofobia ou por outra fobia qualquer
seria reeditar a ignorância medieval, época em que se tentava tratar a
histeria e outras doenças mentais a
pauladas. É equivocada e oportunista a prática atual de criar leis e
sub-leis por todos os lados, pois isso, mesmo que dê a ilusão de proteção momentânea para alguns grupos, transformará nosso cotidiano
numa espécie de burocracia penitenciária muito pior do que já é."
EZIO FLAVIO BAZZO (Brasília, DF)
Alimentos
"Nunca ouvi na minha vida de 52
anos tantas bobagens sobre o preço
dos alimentos. Vemos várias manifestações de que a alta dos preços se
deve à escassez -como se de um
mês para o outro as pessoas passassem a consumir 100% mais de feijão, 90% mais arroz, 500% mais soja e por aí vai. O que está levando os
alimentos a subirem vertiginosamente é a alta liquidez mundial e a
procura por ativos reais por parte
de pessoas e corporações que querem proteger seus recursos, já que
os juros norte-americanos não pagam nem a desvalorização de sua
moeda. Crises momentâneas de alimentos existem, sempre existiram
e irão existir. A agricultura brasileira responderá a isso bravamente e
viveremos felizes para sempre."
OTAVIO LAZARIO DE QUEIROZ (São Paulo, SP)
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