São Paulo, terça-feira, 17 de março de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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MST
"Infeliz da primeira à última palavra o artigo do senhor Plínio de Arruda Sampaio publicado ontem ("Nova ofensiva contra o MST", "Tendências/Debates"). O articulista defende a ideia anacrônica de reforma agrária num mundo em que a lógica do trabalho é essencialmente urbana.
Organizações como o MST são inimigas da democracia e do Estado de Direito, por isso devem ser alvo do Ministério Público e da Justiça. Além do mais, uma "superfície maior do que toda a terra arável da Alemanha somada à da Itália" é terra demais para ser dada a quem nada produz nem produzirá."
FÁBIO ARGONDIZO (São Paulo, SP)

"O choro político de Immanuel Wallerstein ("Aprendendo com o Brasil", Brasil, 15/3), quando sugere que o MST pode ser o exemplo para a esquerda dos EUA, é demonstrativo da miopia da maioria dos cientistas sociais estrangeiros quando escrevem sobre o Brasil.
Ouvem falar, superficialmente, e então escrevem bobagens inomináveis. Wallerstein desconhece que o MST é uma organização de formato stalinista, que manipula abertamente as famílias rurais pobres sob seu controle, que não tem nenhuma legitimidade política, vive de recursos públicos e, além disso, defende uma reforma (a agrária) que já perdeu o seu lugar na história brasileira.
Com teóricos assim, a esquerda apenas aprofunda a sua lenta agonia."
ZANDER NAVARRO , pesquisador visitante do Instituto de Estudos sobre o Desenvolvimento (Brighton, Inglaterra)

Riqueza e pobreza
"O artigo "O IDH e o chuchu" (Opinião, ontem), da senadora Marina Silva, aponta um dos maiores desafios para o planejamento de nossas sociedades: reconsiderar, repensar a riqueza e a pobreza.
Estamos sob o domínio da barbárie estatística, já que o PIB de um país cresce com guerras e mortes no trânsito.
Centenas de comunidades, como Jordão, no Acre, ou o povo kichwa, da Amazônia equatoriana, têm evidências de qualidade de vida que não são capturadas pelos tradicionais mecanismos de avaliação socieconômicos e ambientais."
CAIO MAGRI , sociólogo (São Paulo, SP)

Educação
"A respeito da reportagem "Diversidade leva classe média à escola pública" (Cotidiano, ontem), é importante observar outros benefícios além dos atribuídos pelo texto.
Um povo que faz uso dos serviços oferecidos pelo Estado se integra mais a este, adquire maior consciência e percepção de sua realidade como cidadão e adquire poder crítico mais apurado no momento das eleições.
Infelizmente, a maioria da população de classe média ainda considera mais cômodo gastar com educação, saúde e transporte em vez de reivindicar seus direitos constitucionais."
FILIPE TEIXEIRA DA SILVA (Jundiaí, SP)

"Parabéns ao repórter Antônio Gois pela criativa reportagem sobre a crescente presença dos filhos da classe média nas escolas públicas.
Não é raro que pessoas que veem em iniciativas como essa a possibilidade de reaproximar uma sociedade tão desigual sejam criticadas por estarem usando seus filhos como "cobaias" dos seus ideais.
Exemplos como os mostrados nos dão a certeza de que nem todos pensam assim. Ainda bem!"
JULIA SANT'ANNA (Rio de Janeiro, RJ)

Cauby
"Num país em que seus artistas são facilmente esquecidos, a Folha nos brinda com uma reportagem sobre Cauby, esse artista notável ("A criatura Cauby", Mais!, 15/3).
Reverenciamos os artistas estrangeiros e relegamos os nossos grandes valores a um plano secundário. Restam poucos da safra que dignificou a arte de cantar, pois, na sua época, para ser cantor(a), era imperioso "ter voz".
Que esse jornal continue estimulando a difusão dos nomes desses artistas que tanto contribuíram para as artes no nosso país. Parabéns ao caderno Mais!, mas queremos mais."
LUIZ FERNANDO DA SILVA ASSIS (Salvador, BA)

Prisão especial
"Hoje, um direito adquirido por milhares de médicos, advogados, engenheiros, enfim, doutores de todas as áreas, poderá ser retirado por de profissionais da política, uma categoria que legisla apenas em proveito próprio.
Por que um político é melhor do que outros profissionais? Aliás, moral e decência são o que lhes falta, há muitos anos. Fala-se muito em reforma política. Mas como, com esses políticos legislando? É piada. Acho uma cretinice insana acabar com direitos adquiridos.
E a OAB? Vai calar-se ou está de acordo com isso?"
JÚLIO JOSÉ DE MELO (Sete Lagoas, MG)

Polícia
"A sugestão de atribuir às corregedorias dos TJs o controle externo da atividade policial é certamente inoportuna e, muito provavelmente, inconstitucional.
O sistema processual penal acusatório, adotado na Constituição, pressupõe um Judiciário neutro e, portanto, afastado da investigação penal.
Embora o sistema reclame aperfeiçoamento, é inegável que o Ministério Público não só é vocacionado para esse controle como o tem exercido de forma eficaz, adotando prontamente as medidas que se fazem necessárias, inclusive com a propositura de ações penais diante de ilegalidades tipificadas praticadas pelos agentes policiais.
Pretender atribuir aos juízes o controle da atividade policial é retornar aos primórdios do Império e da República Velha, quando a chefia das polícias era exercida por desembargadores."
GUILHERME EUGÊNIO DE VASCONCELLOS , procurador de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

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