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MST
"Infeliz da primeira à última palavra o artigo do senhor Plínio de
Arruda Sampaio publicado ontem
("Nova ofensiva contra o MST",
"Tendências/Debates").
O articulista defende a ideia anacrônica de reforma agrária num
mundo em que a lógica do trabalho
é essencialmente urbana.
Organizações como o MST são
inimigas da democracia e do Estado
de Direito, por isso devem ser alvo
do Ministério Público e da Justiça.
Além do mais, uma "superfície
maior do que toda a terra arável da
Alemanha somada à da Itália" é terra demais para ser dada a quem nada produz nem produzirá."
FÁBIO ARGONDIZO (São Paulo, SP)
"O choro político de Immanuel
Wallerstein ("Aprendendo com o
Brasil", Brasil, 15/3), quando sugere que o MST pode ser o exemplo
para a esquerda dos EUA, é demonstrativo da miopia da maioria
dos cientistas sociais estrangeiros
quando escrevem sobre o Brasil.
Ouvem falar, superficialmente, e
então escrevem bobagens inomináveis. Wallerstein desconhece que o
MST é uma organização de formato
stalinista, que manipula abertamente as famílias rurais pobres sob
seu controle, que não tem nenhuma legitimidade política, vive de recursos públicos e, além disso, defende uma reforma (a agrária) que
já perdeu o seu lugar na história
brasileira.
Com teóricos assim, a esquerda
apenas aprofunda a sua lenta
agonia."
ZANDER NAVARRO , pesquisador visitante do Instituto de Estudos sobre o Desenvolvimento
(Brighton, Inglaterra)
Riqueza e pobreza
"O artigo "O IDH e o chuchu"
(Opinião, ontem), da senadora
Marina Silva, aponta um dos maiores desafios para o planejamento de
nossas sociedades: reconsiderar,
repensar a riqueza e a pobreza.
Estamos sob o domínio da barbárie
estatística, já que o PIB de um país
cresce com guerras e mortes no
trânsito.
Centenas de comunidades, como Jordão, no Acre, ou o povo kichwa, da Amazônia equatoriana, têm evidências de qualidade de
vida que não são capturadas pelos
tradicionais mecanismos de avaliação socieconômicos e ambientais."
CAIO MAGRI , sociólogo (São Paulo, SP)
Educação
"A respeito da reportagem "Diversidade leva classe média à escola
pública" (Cotidiano, ontem), é importante observar outros benefícios além dos atribuídos pelo texto.
Um povo que faz uso dos serviços
oferecidos pelo Estado se integra
mais a este, adquire maior consciência e percepção de sua realidade como cidadão e adquire poder
crítico mais apurado no momento
das eleições.
Infelizmente, a maioria da população de classe média
ainda considera mais cômodo gastar com educação, saúde e transporte em vez de reivindicar seus direitos constitucionais."
FILIPE TEIXEIRA DA SILVA (Jundiaí, SP)
"Parabéns ao repórter Antônio
Gois pela criativa reportagem sobre
a crescente presença dos filhos da
classe média nas escolas públicas.
Não é raro que pessoas que veem
em iniciativas como essa a possibilidade de reaproximar uma sociedade tão desigual sejam criticadas
por estarem usando seus filhos como "cobaias" dos seus ideais.
Exemplos como os mostrados
nos dão a certeza de que nem todos
pensam assim. Ainda bem!"
JULIA SANT'ANNA (Rio de Janeiro, RJ)
Cauby
"Num país em que seus artistas
são facilmente esquecidos, a Folha
nos brinda com uma reportagem
sobre Cauby, esse artista notável
("A criatura Cauby", Mais!, 15/3).
Reverenciamos os artistas estrangeiros e relegamos os nossos
grandes valores a um plano secundário. Restam poucos da safra que
dignificou a arte de cantar, pois, na
sua época, para ser cantor(a), era
imperioso "ter voz".
Que esse jornal continue estimulando a difusão dos nomes desses
artistas que tanto contribuíram para as artes no nosso país.
Parabéns ao caderno Mais!, mas
queremos mais."
LUIZ FERNANDO DA SILVA ASSIS (Salvador, BA)
Prisão especial
"Hoje, um direito adquirido por
milhares de médicos, advogados,
engenheiros, enfim, doutores de todas as áreas, poderá ser retirado por
de profissionais da política, uma categoria que legisla apenas em proveito próprio.
Por que um político é melhor do
que outros profissionais? Aliás, moral e decência são o que lhes falta, há
muitos anos. Fala-se muito em reforma política. Mas como, com esses políticos legislando? É piada.
Acho uma cretinice insana acabar com direitos adquiridos.
E a
OAB? Vai calar-se ou está de acordo
com isso?"
JÚLIO JOSÉ DE MELO (Sete Lagoas, MG)
Polícia
"A sugestão de atribuir às corregedorias dos TJs o controle externo
da atividade policial é certamente
inoportuna e, muito provavelmente, inconstitucional.
O sistema processual penal acusatório, adotado
na Constituição, pressupõe um Judiciário neutro e, portanto, afastado da investigação penal.
Embora o sistema reclame aperfeiçoamento, é inegável que o Ministério Público não só é vocacionado para esse controle como o tem
exercido de forma eficaz, adotando
prontamente as medidas que se fazem necessárias, inclusive com a
propositura de ações penais diante
de ilegalidades tipificadas praticadas pelos agentes policiais.
Pretender atribuir aos juízes o
controle da atividade policial é retornar aos primórdios do Império e
da República Velha, quando a chefia
das polícias era exercida por desembargadores."
GUILHERME EUGÊNIO DE VASCONCELLOS , procurador de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)
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