São Paulo, terça-feira, 17 de abril de 2001

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PAINEL DO LEITOR

Setor elétrico
"O sr. Luiz Carlos Mendonça de Barros, no artigo "Setor elétrico transforma-se no samba do crioulo doido" ("Opinião econômica", Dinheiro, pág. B2. 13/4), imputa-me uma suposta insistência em contratar o Banco Mundial para desenhar o novo modelo do setor elétrico brasileiro. Doido não é o crioulo. Doido é ele. Nunca tive nenhum envolvimento com o Banco Mundial nem com o modelo do setor elétrico do governo federal, que ele tanto critica, sendo, porém, um de seus principais artífices através do BNDES. O sr. Mendonça de Barros alega saber de erros desde que chegou ao BNDES, em 1995. E só agora os expressa! Interesse momentâneo ou letargia mental? Arvorando-se no direito de psicografar o ministro Sérgio Motta, que jamais aprovaria as suas opiniões tresloucadas, melhor faria o senhor Mendonça de Barros em refletir sobre seu comportamento ético." David Zylbersztajn, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (Rio de Janeiro, RJ)

Educação
"Em relação ao artigo "Conquistas e desafios da Educação" ("Tendências/Debates", pág. A3, 15/4), com todo o respeito ao nosso ministro da Educação, não sei onde está todo esse progresso de que ele tanto tem falado. A verdade nua e crua é que hoje não temos escolas em número suficiente, as existentes não estão equipadas nem adequadas a um bom ensino, e os alunos, coitados, nunca foram tão desvalorizados e tão desrespeitados, pois vão passando de um ano para outro sem nada saber. Tudo isso não significa retrocesso e falta de compromisso com a tão necessária educação em nosso país?" Miltes de Toledo Marinho (São Paulo, SP)

Sebrae
"O que quer dizer a sigla Sebrae? Serviço de Entrega aos Banqueiros de Recursos do Aspirante a Empreendedor?" Arteny Komar Netto (Ribeirão Preto, SP)

Filantropia
"Faço parte da diretoria, voluntária, da Sociedade Beneficente Lar do Caminho, entidade assistencial totalmente regulamentada e que abriga 111 crianças e adolescentes em regime de internato. Em nome da Lar do Caminho e em nome das outras 8.000 instituições assistenciais sérias deste país, quero agradecer profundamente ao sr. Marco Aurélio Santullo, presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), e parabenizá-lo pelo brilhante artigo "Filantrópicas: o joio e o trigo" ("Tendências/Debates", pág. A3, 12/4). A Lar do Caminho teve o seu Certificado de Entidades de Fins Filantrópicos renovado, uma vez que o nosso trabalho é sério e honesto e que todas as nossas contas são auditoradas por empresa especializada. Porém instituições como a nossa não dão prestígio. Jornais, revistas e TVs só se interessam por Apae, AACD, Fundação Ayrton Senna e... LBV. Assim, sempre as "mesmas" crescem cada vez mais." Arlete Ambra Marche (São Paulo, SP)

Energia
"O governo vem à TV, através do ministro José Jorge, pedir ao povo que faça economia de energia elétrica. Será que temos bons exemplos por parte deles? Recentemente a TV mostrou o descaso na Esplanada dos Ministérios: luzes acesas em plena madrugada e no final de semana, aparelhos de ar-condicionado ligados etc. E o governo vai gastar R$ 30 milhões para fazer esse pedido ao povo." Norberto Pedrozzo (São Paulo, SP)

Transportes
"Em resposta ao leitor Francisco Amâncio ("Pedágios", "Painel do Leitor", pág. A3, 12/4), a Comissão de Concessões da Secretaria de Estado dos Transportes de São Paulo esclarece as dúvidas sobre o assunto pedágio: A receita de pedágio é o principal recurso para garantir a operação e a ampliação das rodovias, fato que pode ser constatado nas obras que vêm sendo realizadas em todo o Estado. Além disso, a receita garante à população o Serviço de Ajuda ao Usuário, com guinchos, veículos de salvamento, ambulâncias e telefones de emergência 0800 disponíveis nos 3.500 quilômetros das rodovias que foram concedidas à iniciativa privada. O Programa de Concessões prevê que a tarifa de pedágio seja cobrada de forma proporcional ao uso da rodovia. Ela foi calculada por quilômetro rodado, uniforme para todo o Estado, porém diferenciada por categoria de estrada e de veículos. Os valores constam nos contratos de concessão assinados entre o governo do Estado e as concessionárias. A Secretaria de Estado dos Transportes informa que não está prevista cobrança de pedágio no rodoanel de São Paulo." Adherbal Vieira da Silva, assessor de imprensa da Comissão de Concessões da Secretaria de Estado dos Transportes (São Paulo, SP)

Motos
"A respeito da reportagem "Número de acidentes com motos sobe 73%" (Cotidiano, pág. C5, 15/4), acrescento que a Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou por unanimidade, em dezembro último, projeto de minha autoria que prevê a criação de faixa exclusiva para motociclistas nas grandes vias das principais cidades do Estado. Infelizmente, o governador Geraldo Alckmin vetou a proposta. No entanto estamos mobilizando interessados em contribuir com a queda desses trágicos números para a derrubada do veto em plenário." Henrique Pacheco, deputado estadual pelo PT (São Paulo, SP)

Ônibus e peruas
"Todo mundo já está "careca" de saber que: 1) a velocidade média (baixa) dos ônibus é um dos maiores obstáculos para o serviço tornar-se atrativo; 2) as peruas, apesar da clandestinidade, são preferidas pelo público; 3) mais subsídios aos proprietários de ônibus é como colocar a raposa tomando conta do galinheiro; 4) uma auditoria sobre o assunto vai servir apenas para gastar dinheiro. Bom é a prefeitura organizar um psicodrama entre os representantes das empresas de ônibus, os perueiros, os integrantes da auditoria e dona Marta." José Rego de Mattos (São Paulo,SP)

Servilismo
"Parabenizo o ilustre jornalista Clóvis Rossi pelo artigo "Servilismo ridículo" (Opinião, pág. A2, 14/4). É ultrajante e humilhante para nós, brasileiros, ver, durante o reinado de dom Fernando, o Brasil servir de capacho aos gângsteres e mafiosos do norte." José Kanawate (Ponta Grossa, PR)

Anonimato
"Gostaria de sugerir que as denúncias feitas à Corregedoria Geral da União, ao Ministério Público, à polícia e a qualquer outra instância sejam sempre anônimas, para estimular as pessoas a realmente participar e ajudar a passar o país a limpo. Com a identificação e, pior, com a ameaça aos denunciantes, todos acabam temendo represálias por parte dos "poderosos". É sem sentido a exigência de identificação dos denunciantes." Edivan Batista Carvalho (Brasília, DF)



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