São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Supremo e PF
"A excelente reportagem "Protógenes sofre pressão na PF e deixa caso Dantas" (16/7, pág. A4) me fez lembrar a música de Chico Buarque "chame o ladrão, chame o ladrão", que em versão adaptada poderia ser: "Prendam o policial, soltem o ladrão!". A saída do delegado Protógenes Queiroz da Operação Satiagraha revela que a isenção do poder diante dos crimes do colarinho branco ainda é um sonho distante."
LUÍS SANTOS (São Luís, MA)

 

"Por que a notícia da Primeira Página de hoje ("Pressionado, delegado deixa caso Dantas') não surpreendeu a ninguém? Certamente porque prender chefões não é tarefa nada fácil e, claro, a "corda sempre arrebenta do lado mais fraco". Resta-nos apenas um fio de esperança, que o juiz Fausto De Sanctis continue firme. Deixo aqui o meu apoio ao juiz De Sanctis e os meus parabéns ao delegado Protógenes Queiroz pelo seu esforço em defender os interesses de nossa pátria."
MIRIAN ANGÉLICA M. A. GOMES (Belo Horizonte, MG)

 

"Sou juiz e já tive a honra de trabalhar com o dr. Luiz Fernando Marques Guedes, ilustre promotor que escreveu ("Painel do Leitor", 16/7) tudo aquilo que nós, juízes e promotores de primeira instância, tínhamos vontade de dizer a respeito da celeuma que envolve a questão da prisão de figurões pela Justiça Federal. Obrigado, promotor!"
JOSÉ CLAUDIO ABRAHÃO ROSA (Taubaté, SP)

 

"Interessante como o Executivo e o Judiciário estão longe dos desejos da população. Lula e Gilmar Mendes, preocupados, vão tomar medidas contra os abusos da polícia, mas não da polícia que metralha inocentes, e sim da Polícia Federal e da Justiça de primeira instância, que são muito duras com banqueiros, políticos e corruptos em geral."
EDILSON FORLIN (Curitiba, PR)

 

"O presidente Lula gosta de proferir frases de efeito em casos de repercussão. Certa vez, disse que não ia sobrar pedra sobre pedra, em referência aos envolvidos no caso do mensalão. Os mensaleiros passaram ilesos, e as pedras sobraram. No caso Daniel Dantas, que suscitou tantos conflitos entre o presidente do STF, Gilmar Mendes, e a PF, Lula recolheu as pedras e abafou o caso. Criticou o uso das algemas e disse que este país tinha lei. O caso foi abortado por ter chegado às portas do Palácio do Planalto."
IZABEL AVALLONE (Alto da Boa Vista, SP)

 

"O PT copiar o PSDB na política econômica não é nenhum demérito, afinal já conhecemos experiências extravagantes em demasia no país. Mas copiar também um dos piores episódios de subserviência do poder público aos interesses econômicos, isso foi demais. Foi após um jantar com Fernando Henrique Cardoso que o sr. Daniel Dantas tirou do poder o presidente do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Agora, após a sua prisão, o delegado da Polícia Federal e o procurador foram sumariamente afastados de suas funções, que cumpriam com competência. O PT precisa ser um pouco diferente."
JOÃO BATISTA MIÃO (São Sebastião do Paraíso, MG)

José Eduardo
"Em relação à reportagem "Cardozo, do PT, agiu por interesse de Dantas", venho com indignação afirmar que, em 2003, recebi farto material acerca de suposta fraude na venda da Companhia Telefônica do Rio Grande do Sul. Havia declarações de dirigentes de fundos de pensão afirmando que foram pressionados por membros do governo FHC para que concordassem com a compra superfaturada da CRT pela Brasil Telecom. Sugeria-se a existência de corrupção de autoridades.
Após ter recebido a documentação, fui contatado pelo diretor jurídico da Brasil Telecom, dr. Sami Arap, dizendo que os sócios foram lesados na transação. Na época ficou evidente para mim o litígio entre os sócios brasileiros e italianos.
Todavia, como havia indícios de corrupção muito bem documentados, achei ser meu dever fazer duas representações, pedindo a abertura de inquérito civil e criminal. Assim fiz. Um dos pedidos de inquérito foi arquivado (o civil). Discordei do arquivamento decidido sem nenhuma apuração do fato. Contatei o dr. Sami Arap e disse que iria recorrer.
Solicitei, caso tivesse novos elementos, que me fornecesse. Esta deve ter sido a razão do e-mail citado na reportagem. Meu recurso não foi acolhido. A apuração prossegue apenas no inquérito criminal. A matéria não retrata todas as informações que dei ao jornal, não esclarece que representantes dos fundos afirmaram ter recebido pressões do governo FHC e tenta estabelecer vínculo indevido entre a minha representação e o advogado posteriormente contratado pela Brasil Telecom (fato que desconhecia). A matéria erra ao afirmar que eu usei a prerrogativa de deputado federal para supostamente "defender os interesses" de terceiros.
Qualquer cidadão pode entrar com representação no Ministério Público quando considera que um direito foi lesado. Reafirmo que nenhuma ligação tenho com o sr. Daniel Dantas ou com quaisquer de seus interesses empresariais. Considero a matéria em questão ofensiva à minha honra e à minha imagem."
JOSÉ EDUARDO CARDOZO , deputado federal pelo PT-SP (São Paulo, SP)

Advogados
"Em relação à matéria "Órgão do governo arquivou processo contra Opportunity" (13/7), o Escritório Barbosa, Müssnich & Aragão esclarece que, em abril de 2007, contratou a consultoria Michael Page para identificar um profissional para tornar-se sócio responsável pelo escritório de Brasília. A Michael Page publicou, em 3/5, 9/5 e 10/5, anúncios sobre a vaga, com a omissão do nome do escritório. A Michael Page apresentou, em 20/6, os currículos dos candidatos. Todos foram entrevistados pela administração do escritório, que selecionou Antenor Madruga como o de perfil mais adequado à função. A primeira reunião de Madruga com os sócios do escritório ocorreu em julho de 2007, e seu ingresso se deu em setembro.
Nenhum dos sócios titulares do escritório o conhecia até seu nome surgir na seleção. Portanto, qualquer sugestão de que sua contratação tenha sido influenciada por interesse de qualquer de seus clientes é equivocada. Quem já teve a oportunidade de conviver profissionalmente com Antenor Madruga sabe de sua conduta reta e impecável."
DANIELA CHRISTOVÃO , gerente de Comunicação do Escritório Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados (São Paulo, SP)

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