São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Cielo de ouro
"Não consigo lembrar a última vez em que um atleta brasileiro demonstrou intensa emoção ao ouvir o hino de seu país. Em meio a corrupções políticas e improbidades cada vez mais freqüentes, César Cielo conseguiu provar que o amor à pátria ainda existe. Talvez seja isso que falte a alguns de nossos governantes. Espero que o esforço, a luta e as lágrimas de Cielo sirvam de exemplo."
EDUARDO LACATIVA (São Paulo, SP)

 
"A medalha de César Cielo reflete duas realidades ambíguas do esporte brasileiro. Por um lado, mostra o descaso com que são tratados nossos atletas, a necessidade de trocar de país para obtenção de resultados expressivos. Na outra extremidade, a vontade, a garra e a superação que fazem de nossos atletas (exceção óbvia aos do futebol) verdadeiros campeões: além de brigarem com os limites das condições físicas, enfrentam um mar de adversidades. O pior é que esse retrato não é exclusivo da área esportiva: estamos perdendo grandes talentos em diversas áreas. Nossos governantes deveriam focar na administração de nossos recursos, principalmente os recursos humanos, pois, se conseguimos conquistar façanhas em áreas diversas sem incentivo, onde estaríamos se pudéssemos contar com a "benevolência" do Estado? Parabéns, César Cielo, você é uma inspiração para todos!"
FLÁVIO DE FIGUEIREDO NUNES (São Carlos, SP)

Justiça desigual
"Decisão judicial determinou o pagamento retroativo de auxílio-moradia a todos os juízes federais do país, da ativa ou aposentados, ao custo de mais de R$ 1 bilhão. Enquanto isso, 60 milhões de brasileiros com renda mensal inferior a R$ 120 lutam pelo direito de receber o Bolsa Família. Nossa capacidade de superar os limites é incomparável. Medalha de ouro para o Brasil!"
ALFREDO CASEIRO (São Paulo, SP)

 
"Uma vergonha a decisão do Conselho da Justiça Federal. Os juízes estão entre os que têm os maiores salários neste país. Não entendo por que eles têm um tratamento diferenciado. Quando um professor assume uma escola em outra cidade, ele tem que se mudar, mas, no caso dos nobres juízes, não, eles têm auxílio, mesmo com o já polpudo salário que recebem."
LUIZ GILBERTO DE O. MESSIAS (Campinas, SP)

 
"Gostaria de sugerir ao Conselho da Justiça Federal que baixe um ato administrativo obrigando todo e qualquer integrante do Judiciário -e, forçando um pouco a barra, integrantes do Legislativo e do Executivo- a viver pelo menos uma semana por mês nas mesmas condições salariais em que nós, pessoas comuns, vivemos. Aliás, proporcionar um "cursinho de férias" obrigatório a essas pessoas, abordando o tema: como é suprido o manancial que sustenta as torneiras abertas pelos seus atos legais e também os imorais."
JOSÉ CASSIANO DOS SANTOS (Presidente Venceslau, SP)

João Gilberto
"Uma hora e meia de atraso para o início do show de João Gilberto em São Paulo! Uma hora e meia de silêncio total, sem a mínima reclamação, sem assobios, gritos e palmas de insatisfação. Que público é esse? Não é o mesmo público que não admite um minuto de atraso no cinema, no teatro, no concerto? Sim, mas é João Gilberto o ator principal, que tudo pode, até faltar ao espetáculo ou se atrasar, em atitude de total desrespeito, embora para ele haja perdão, paciência, anistia. Por tudo isso, dou uma vaia para João Gilberto."
ANTONIO CLARET MACIEL SANTOS (São Paulo, SP)

 
"Parabéns, Agnaldo Timóteo, por dizer ("Painel do Leitor", ontem) o que muitos gostariam de dizer. Chega de enaltecer alguém que não tem consideração com o público brasileiro."
DOLORES FARIA SABURI (Santo André, SP)

Defensoria
"É sabido que é obrigação do Estado prestar assistência judiciária aos necessitados, sendo também do conhecimento de todos o desinteresse dos governantes em estruturar uma Defensoria que atenda aos reclamos da população. O presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, diante da ausência do Estado, está correto ao exigir um tratamento digno aos advogados paulistas, pois prestar um serviço -que não é nosso- e ainda receber valores aviltantes ofende em muito a dignidade do advogado."
MARCO ANTÔNIO JUNGER , presidente da subseção de Guanambi da OAB (Guanambi, BA)

Algemas
"Agora que o principal e urgente problema do preso do Brasil -o uso desnecessário de algemas- foi resolvido, podia-se pensar em solucionar problemas menores, acessórios, tais como a superlotação nas celas, as prisões além do tempo previsto. Ah, mas isso fere a dignidade de alguém? Não! Isso é sociologismo rastaqüera..."
FLAVIO SUELIO A. SANTOS (João Pessoa, PB)

Zé do Caixão
"Quem leu a entrevista do ultrapassado José Mojica Marins, o Zé do Caixão, em uma revista semanal, com certeza ficou revoltado com o descaso com que é tratado o dinheiro público neste país. Diz ele, orgulhoso, que conseguiu terminar sua trilogia graças às doações do ex-governador de São Paulo, Alckmin (R$ 500 mil), e do presidente Lula (R$ 1 milhão). Ao ser indagado se o filme ficou bom, disse que o importante era ter realizado seu sonho. Como é duro ver um país com uma população tão carente das necessidades mais básicas e um governo jogando dinheiro no lixo com projetos descabidos como esse. Já passou da hora dos governantes pararem de enganar o povo com essa conversa para boi dormir de que cinema é cultura. Pode até ser cultura, mas é um investimento comercial como qualquer outro."
GILBERTO RIBEIRO DA SILVA (Carapicuíba, SP)

Walter Ceneviva
"Walter Ceneviva é "o" jornalista do direito brasileiro, sem dúvida. Conquistou seu lugar de destaque nos meios jornalístico e jurídico brasileiros, nestes seus 30 anos de coluna na Folha. Walter tem um estilo próprio e, a par de seu preparo e brilhantismo, comunica-se com imensa facilidade com um público não necessariamente especializado, o que o torna um privilegiado advogado e mestre do direito que se tornou um excelente jornalista. Coisa difícil no nosso meio. Parabéns à Folha e ao Walter Ceneviva e nosso agradecimento a ele pela inestimável contribuição que tem prestado ao mundo jurídico nacional."
ORDÉLIO AZEVEDO SETTE , sócio da Azevedo Sette Advogados (Belo Horizonte, MG)

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