São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Justiça
"Parabenizo o doutor Rodrigo Collaço pelo artigo "Justiça ou privilégios?" ("Tendências/Debates", 17/4). É de juízes assim que o país precisa. Se a lei é igual para todos, então tanto faz se o cidadão é ministro de Estado ou gari. Não deve haver foro privilegiado seja para quem for, ministro ou não, de qualquer um dos Três Poderes, independente do cargo. Foro especial somente se o funcionário público estiver defendendo o país -ou os cidadãos ou a lei- e for injustiçado."
Braz Ferraz Carlomanho (Piracicaba, SP)
 

"Merece aplauso a manifestação do presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros contra a aberrante interpretação, até agora prevalecente no STF, de que os agentes públicos sujeitos a impeachment estão isentos de punição por improbidade administrativa. A Comissão de Defesa da República e da Democracia do Conselho Federal da OAB já elaborou anteprojeto de lei para afastar explicitamente da lei nº 8.429, de 1992, esse abusivo entendimento."
Fábio Konder Comparato, presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia do Conselho Federal da OAB (São Paulo, SP)

Horror
"Estamos estudando arqueologia e temos lido notícias impressionantes de arqueólogos internacionais, como a descoberta do peixe com patas, possível elo da transição evolutiva. Mas, no domingo, a Folha publicou uma notícia que chocou a todos nós. A notícia provocou-nos um sentimento de raiva, porque no bairro do Morumbi existe um grande sítio arqueológico que foi destruído pela falta de consciência sobre a preservação da história de São Paulo. Uma empresa resolveu construir um condomínio de alto padrão em cima de um sítio arqueológico. Que horror!"
Francisco Felipe Preuss e Henrique Borges Vieira e Silva, alunos da 4ª série do colégio Cidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Índio
"Muito interessantes duas notícias publicadas na Folha de ontem ("Título de doutor é concedido pela primeira vez a indígena" e "Antropólogo índio diz que ciência permite diálogo entre as culturas", Brasil, pág. A7). As reportagens têm a importante função de demonstrar o papel ativo que pode ser exercido pelos próprios índios nas ações e estudos direcionados ao reconhecimento de seus direitos e à emancipação cidadã de seu povo. O fato de dois representantes de populações indígenas obterem o reconhecimento na academia, espaço que muitas vezes tende a se isolar na cômoda posição de centro irradiador de um saber que paira sobre o restante da sociedade, mostra um salto de qualidade na relação entre os grupos de índios e o saber universitário produzido a seu respeito. Os indígenas devem ser cidadãos ativos, produzindo saber e técnicas a impulsionar soluções práticas para seus problemas. O reconhecimento da dignidade humana e a necessidade de preservação da autonomia cultural e política das populações indígenas, mais do que meras metas, são maneiras de elevar os índios ao verdadeiro status de cidadãos, o que merecem os primeiros habitantes de nosso país."
Rafael Gandara D'Amico (São Paulo, SP)

Farisaísmo
"Na edição de domingo passado, na página A10, em reportagem assinada por Fábio Zanini, o jornalista atribui a mim a expressão: "O PT não deve ficar refém do farisaísmo desses babacas (referindo-se aos líderes da oposição)". Na verdade houve um equívoco de interpretação do repórter. Ao usar a expressão "farisaísmo babaca", eu o fiz dentro de uma análise de conjuntura genérica, não me referindo a uma representação política especifica, mas ao espírito que em muitos momentos tem permeado o debate político."
Edson Barbosa (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Fundos de pensão
"Fico indignado ao ler os maiores jornais brasileiros dando apoio à liquidação de fundos de pensão, esquecendo-se de que milhares de trabalhadores contribuem anos após anos (eu, por exemplo, contribuo há 24 anos para o Portus) e não têm culpa nenhuma pela má administração dos fundos, que têm reduzido a pó as suas poupanças. Falta alguém gritar que o participante contribuinte, aposentado ou não, não pode ser punido pela má gestão de alguns incompetentes -ou larápios."
Carlos Alberto de Souza (São Paulo, SP)

Verde
"Mesmo com a situação ambiental caótica em todo o Estado de São Paulo, com a grande probabilidade de escassez hídrica, o aquecimento excessivo nas grandes cidades e a extinção da fauna regional, alguns empresários perderam de vez a vergonha e a sensatez ao propor mudanças tão degradadoras nas leis ambientais, produto das lutas da sociedade civil (nota "Verde 1", coluna de Mônica Bergamo, Ilustrada, 17/4). Fico envergonhada de ver o nível da ganância e da falta de espírito público desses nossos empresários."
Márcia Correa (Campinas, SP)

Pernas e asas
"A leitora Priscila Scatena ("Painel do Leitor", 17/4) considera a Varig um símbolo nacional e mostra-se indignada com o fato de o governo patrocinar uma viagem ao espaço em vez de "dar US$ 10 milhões" para a companhia aérea. Ora, era só o que faltava. Chega de socorrer empresas privadas em processo de quebradeira. Erros do passado não justificam socializar os prejuízos da Varig. Ela se recupere com as próprias pernas -ou asas, no caso."
Clovis Ramalho Maciel (Sete Lagoas, MG)

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