São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Professores
Gostaria de fazer um comentário ao texto de Antônio Gois, "Quanto vale um professor?" publicado ontem na página A2.
Maria Helena Guimarães, ex-secretária estadual de Educação, já afirmara que aumento de salários não melhoraria a educação, ideia reafirmada pelo colunista.
Mas é evidente que muitos professores que saíram da rede pública para a rede particular em busca de melhores salários e condições de trabalho, se lá permanecessem, não estariam assistindo a essa terrível situação. Há outros aspectos relacionados à qualidade do ensino, mas os salários têm muita importância.
JOÃO BATISTA CHAMADOIRA , professor doutor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp (Bauru, SP)

 

Discordo do professor Candido José dos Santos ("Painel do Leitor", ontem) quanto a termos mais tempo de folga dividindo as férias dos professores, como propõe a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo.
Sou professora da rede municipal de São Paulo, e creio que a situação ficará inviável para o professor assíduo, porque nos períodos de férias e recesso ele planeja cumprir compromissos pessoais, além de visitar editoras e grandes livrarias especialmente para atender ao planejamento do início do ano letivo.
Se a atribuição de aulas encavala com o planejamento, a secretaria estadual deveria antecipá-la para dezembro, como faz a secretaria municipal.
ÁUREA ROBERTO DE LIMA (São Paulo, SP)

Transportes
Na edição de ontem, à pág.. A4, ao lado de uma foto, víamos os seguintes dizeres: "Luiz Antonio Pagot inspeciona obra de asfaltamento em MT".
Ora, Pagot não tem condições técnicas de inspecionar qualquer obra de engenharia. Ele pode visitá-las, mas nunca inspecioná-las, pois essa atribuição é da alçada do engenheiro civil.
A propósito, o sr. Pagot ocupa o cargo de diretor-geral do Dnit indevidamente, pois, de acordo com o Conselho Federal de Engenharia, totalmente omisso, esse cargo só pode ser exercido por engenheiro civil.
SERGIO LEME ROMEIRO (Campinas, SP)

 

A Folha publicou foto datada de 25/7/2003 para mostrar o diretor-geral do Dnit inspecionando obra de asfaltamento em MT.
Sugiro que o jornal envie seu correspondente na região para verificar se a estrada foi asfaltada ou maquiada. Olhando a foto tem-se a impressão de que o piche foi lançado direto sobre a terra. Quem já trafegou por estradas no interior do Brasil sabe como são essas estradas maquiadas de asfaltamento: pintadas de preto e esburacadas.
DORIVALDO S. DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Helicópteros
Espetacular a reportagem "Helicóptero é usado para ir à balada e ao pet shop" (Cotidiano, ontem), principalmente quando cita que "os dois casos exemplificam bem a popularização desse meio de transporte". Eu e minha mulher, por exemplo, levantamos todos os dias bem cedo para ir de helicóptero até a banca de jornais para comprar a Folha.
DANILO ALMEIDA (Curitiba, PR)

CBF
Muito boa a coluna de Juca Kfouri de ontem ("Medalha para Teixeira", Esporte).
O aumento da indignação contra o sr. Ricardo Teixeira já não surpreende. O que surpreende é a sua manutenção, com requintes vitalícios, à frente de uma organização que deveria ser uma das mais importantes do país, pela penetração que tem o futebol em todos os estratos da sociedade, e que poderia ser um dos fomentadores de educação e cidadania.
A CBF, sob o contumaz comando de decanos, falha pelo ciclo vicioso e pela falta de transparência, que enriquece cartolas e agentes, empobrece os clubes e frustra os torcedores.
JOÃO CARLOS ARAÚJO FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

Crack
Parabéns a Drauzio Varella por sua coluna "Craqueiros e craqueiras" (Ilustrada, 16/7).
Sou a favor da internação compulsória dos dependentes de crack: não podemos fazer de conta que o problema não existe, estamos falando de seres humanos, que a cada dia que passa estão sendo consumidos pelas drogas em pleno céu aberto, principalmente os da cracolândia. É preciso, sim, uma internação com profissionais capacitados e comprometidos em ajudar essas pessoas.
SONIA REGINA VALENTIM TAVEIROS PEIXOTO , psicóloga e psicopedagoga (São Paulo, SP)

 

Muito me admira que alguém do porte de Drauzio Varella possa expressar uma opinião que reflete uma postura higienista tão rasa. Sabemos que a dependência, como outras doenças psiquiátricas, não deve ser tratada como outras doenças com marcadores biológicos claros.
Não podemos utilizar um recurso que pode ser valioso, como a internação, como um caminho natural e óbvio. Não é somente ingênuo acreditar na recuperação após a internação, mas também acreditar que a criação de clínicas não afetaria de modo irreversível a história natural da dependência.
É pensar numa solução medieval, que extirpa a doença e mata o doente. Quanto à pergunta do que faria se fossem meus filhos, essa é uma falácia que não promove o distanciamento necessário para compreender e agir numa situação tão complexa, que se organiza de forma sistêmica.
A perspectiva da saúde não é a resposta última e definitiva para fazer frente ao problema.
VALÉRIA LACKS , psiquiatra e coordenadora da enfermaria para tratamento de dependências químicas do Hospital Estadual de Diadema (Diadema, SP)

Novos colunistas
A mudança nos colunistas é sempre bem-vinda e areja o jornal, mesmo quando feita pelo retorno de alguns ex-colunistas.
Marta Suplicy reestreou no sábado. O texto moderninho, é uma pena, não encontra paralelismo nas suas atitudes, como nas campanhas para a Prefeitura de São Paulo e para o Senado.
Gostei do que li, mas teria gostado mais se acreditasse na autora.
Já o texto de Marina Silva, na sexta-feira, mesmo para os que discordam dela, é uma brisa fresca em meio à modorra da política brasileira atual.
GUSTAVO A. J. AMARANTE , (São Paulo, SP)

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