São Paulo, sábado, 18 de agosto de 2007

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PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

O Piauí
"Gostaria de saber se o presidente da OAB-SP, se o senhor João Dória Jr, se a atriz Regina Duarte ou se algum outro notável cansado tem algo a declarar sobre a frase de Paulo Zottolo, presidente da Philips, a respeito do Piauí. E até mesmo se a própria Philips vai se manifestar."
RICARDO BUONO (São Paulo, SP)

"Onde estão as cartas de indignação contra o comentário do senhor Zottolo? Ah, é verdade, esqueci que ele criticou o Piauí. Imagino Lula fazendo algum comentário infeliz sobre Campos do Jordão ou Maresias. Choveriam cartas de críticas."
ORLANDO F. FILHO (São Paulo, SP)

Aborto
"O procurador Marcos Aurélio Castellanos disse ontem, nesta seção, que "o aborto sempre traz conseqüências físicas, psicológicas e espirituais à mãe, seja ele clandestino ou praticado criminosamente pelo Estado". Sendo homem, como ele tem tanta certeza disso?
Eu penso contrariamente. Uma gravidez indesejada traz graves conseqüências à mãe, ao filho e a toda a família."
HELGA SZMUK (Florianópolis, SC)

"Não parece um absurdo uma organização estudantil sair de sua esfera de atividades para passar por cima de valores como a vida humana ("UNE fará campanha para legalizar aborto", Cotidiano, 11/8)? Já passou da hora de a UNE começar a cuidar dos estudantes do Brasil. Chega de ver pessoas se dizendo estudantes mas só preocupadas em fazer quebradeiras em reitorias universitárias ou interessadas em realizar aborto.
E a educação do país? E o ensino fundamental e o médio? E os baixíssimos salários dos professores da rede básica municipal e estadual? E o excessivo número de faculdades sem estrutura ("fábricas de diplomas'), que viraram um grande negócio nas mãos de "empresários da educação'?"
MARCELO ANÉAS (Ribeirão Preto, SP)

Metrô
"A Secretaria dos Transportes Metropolitanos esclarece erros na reportagem "Trens da linha 4 do metrô podem chegar somente no final de 2009" (Cotidiano, 16/8). 1. O jornalista afirma que o governo José Serra dilata o prazo de entrega dos trens, citando o prazo inicial do projeto -dezembro de 2008. Quando a atual administração assumiu, em janeiro, o prazo já estava definido para maio de 2009.
Foram dois os principais motivos que atrasaram o início das obras na gestão passada: greve de seis meses no Judiciário, que prejudicou as desapropriações, e a contaminação do posto desapropriado na rua da Consolação. Portanto, esta administração não "dilatou" o prazo.
2. O jornalista comete outro equívoco ao afirmar que o prazo foi alterado em razão da chegada dos novos trens, anunciados agora para agosto de 2009. O fato é que a chegada dos trens nada tem a ver com a mudança de prazo. A obra ficou parada três meses por decisão nossa, para garantir a segurança da obra.
Por essa razão, contratamos o IPT para verificar as 23 frentes de trabalho em toda a extensão da linha 4, o que demorou mais de três meses. As obras foram totalmente retomadas em maio.
3. O jornalista afirma que o anúncio da compra dos novos trens, feito pelo governo Serra, já teria sido feito anteriormente. O que foi anunciado anteriormente foi o plano de melhoria no transporte sobre trilhos, que previa a compra de novos trens. O anúncio agora feito demonstra que a promessa feita pelo governador foi efetivada, através de edital de licitação para a compra de novos trens. O anúncio do edital publicado assegura que a promessa do governador José Serra foi cumprida. É um passo além e relevante."
ACAZ FELLEGGER, assessor de imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Alencar Izidoro - 1) O prazo foi, sim, dilatado. A data divulgada pelo Estado em publicações oficiais até dezembro passado era 2008, e os novos contratos de compra dos trens permitem que eles cheguem só entre agosto e novembro de 2009; 2) A linha só pode funcionar após a entrega dos trens; 3) O anúncio da compra foi feito por Serra no dia 1º de março.

Índios
"Em 21 de junho, a Folha reproduziu a reportagem "Índios da Amazônia recorrem contra a venda de seu DNA" (Brasil), de Larry Rohter, correspondente do "New York Times", na qual sou acusado de envolvimento com o caso da venda de sangue karitiana. Muitos são os erros cometidos por Rohter e reproduzidos por este jornal.
1) A notícia é antiga, e a própria Folha, em junho de 1997, concedeu-me direito de resposta para esclarecer confusões da imprensa à época que agora renascem.
2) Em 1996, na condição de antropólogo, acompanhei cinegrafistas britânicos que filmavam um documentário entre os karitiana. Entretanto, sendo também médico, vi-me diante de uma situação de emergência, em razão do precário estado de saúde dos índios, e prestei-lhes -de modo voluntário e gratuito, e por solicitação deles- atendimento médico. Minha conduta respaldava-se no artigo 135 do Código Penal, que pune omissão de socorro, e nas recomendações dos artigos 57 e 58 do Código de Ética Médica, ao qual me subordino. A regularidade de minha atuação foi reconhecida por duas CPIs e pelo juiz federal que analisou o caso -todos estes ignorados na reportagem de Rohter.
3) O sangue por mim coletado -em procedimento médico corriqueiro e necessário para diagnóstico complementar de doenças como anemias, hepatites, doenças do colágeno, HIV etc.- esteve depositado no laboratório da Universidade Federal do Pará, centro de reconhecida competência, desde 1996 até ser requisitado pelas autoridades de Rondônia. Ele não saiu do Brasil e tampouco se prestou a fins comerciais.
4) Não fui procurado nem ouvido pelo senhor Rohter, apesar de meus contatos (e-mail, telefones etc.) estarem disponíveis em milhares de sites na internet e em publicações nas quais tento esclarecer esses equívocos.
5) Há, por fim, um erro grave na tradução da Folha. No original de Rohter, no segundo parágrafo, lê-se "their blood and DNA collected during that first visit are being sold". A Folha omite, na tradução, que a coleta que resultou em venda foi a primeira, conduzida por pesquisadores norte-americanos, anterior à minha visita em pelo menos dez anos."
HILTON PEREIRA DA SILVA (Belém, PA)

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".

Justiça da injustiça
"O caso da juíza Mônica Labuto Machado ("No Rio, juíza pode ser punida por trabalhar na rua após expediente", Cotidiano, 16/8) nos faz entender melhor por que a Justiça no Brasil não funciona -ou melhor, só funciona para as classes endinheiradas."
LUIZ ANTONIO PRATALI (Santos, SP)

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