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PAINEL DO LEITOR
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O Piauí
"Gostaria de saber se o presidente da OAB-SP, se o senhor João Dória Jr, se a atriz Regina Duarte ou se
algum outro notável cansado tem
algo a declarar sobre a frase de Paulo Zottolo, presidente da Philips, a
respeito do Piauí. E até mesmo se a
própria Philips vai se manifestar."
RICARDO BUONO (São Paulo, SP)
"Onde estão as cartas de indignação contra o comentário do senhor
Zottolo? Ah, é verdade, esqueci que
ele criticou o Piauí.
Imagino Lula fazendo algum comentário infeliz sobre Campos do
Jordão ou Maresias. Choveriam
cartas de críticas."
ORLANDO F. FILHO (São Paulo, SP)
Aborto
"O procurador Marcos Aurélio
Castellanos disse ontem, nesta seção, que "o aborto sempre traz conseqüências físicas, psicológicas e espirituais à mãe, seja ele clandestino
ou praticado criminosamente pelo
Estado". Sendo homem, como ele
tem tanta certeza disso?
Eu penso contrariamente. Uma
gravidez indesejada traz graves
conseqüências à mãe, ao filho e a toda a família."
HELGA SZMUK (Florianópolis, SC)
"Não parece um absurdo uma organização estudantil sair de sua esfera de atividades para passar por
cima de valores como a vida humana ("UNE fará campanha para legalizar aborto", Cotidiano, 11/8)?
Já passou da hora de a UNE começar a cuidar dos estudantes do
Brasil. Chega de ver pessoas se dizendo estudantes mas só preocupadas em fazer quebradeiras em reitorias universitárias ou interessadas em realizar aborto.
E a educação do país? E o ensino
fundamental e o médio? E os baixíssimos salários dos professores
da rede básica municipal e estadual? E o excessivo número de faculdades sem estrutura ("fábricas
de diplomas'), que viraram um
grande negócio nas mãos de "empresários da educação'?"
MARCELO ANÉAS (Ribeirão Preto, SP)
Metrô
"A Secretaria dos Transportes
Metropolitanos esclarece erros na
reportagem "Trens da linha 4 do
metrô podem chegar somente no final de 2009" (Cotidiano, 16/8).
1. O jornalista afirma que o governo José Serra dilata o prazo de entrega dos trens, citando o prazo inicial do projeto -dezembro de
2008. Quando a atual administração assumiu, em janeiro, o prazo já
estava definido para maio de 2009.
Foram dois os principais motivos
que atrasaram o início das obras na
gestão passada: greve de seis meses
no Judiciário, que prejudicou as desapropriações, e a contaminação do
posto desapropriado na rua da
Consolação. Portanto, esta administração não "dilatou" o prazo.
2. O jornalista comete outro
equívoco ao afirmar que o prazo foi
alterado em razão da chegada dos
novos trens, anunciados agora para
agosto de 2009. O fato é que a chegada dos trens nada tem a ver com a
mudança de prazo. A obra ficou parada três meses por decisão nossa,
para garantir a segurança da obra.
Por essa razão, contratamos o IPT
para verificar as 23 frentes de trabalho em toda a extensão da linha
4, o que demorou mais de três meses. As obras foram totalmente retomadas em maio.
3. O jornalista afirma que o anúncio da compra dos novos trens, feito
pelo governo Serra, já teria sido feito anteriormente. O que foi anunciado anteriormente foi o plano de
melhoria no transporte sobre trilhos, que previa a compra de novos
trens. O anúncio agora feito demonstra que a promessa feita pelo
governador foi efetivada, através de
edital de licitação para a compra de
novos trens. O anúncio do edital
publicado assegura que a promessa
do governador José Serra foi cumprida. É um passo além e relevante."
ACAZ FELLEGGER, assessor de imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos
(São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Alencar
Izidoro - 1) O prazo foi, sim, dilatado. A data divulgada pelo Estado em publicações oficiais até
dezembro passado era 2008, e
os novos contratos de compra
dos trens permitem que eles
cheguem só entre agosto e novembro de 2009; 2) A linha só
pode funcionar após a entrega
dos trens; 3) O anúncio da compra foi feito por Serra no dia 1º
de março.
Índios
"Em 21 de junho, a Folha reproduziu a reportagem "Índios da
Amazônia recorrem contra a venda
de seu DNA" (Brasil), de Larry
Rohter, correspondente do "New
York Times", na qual sou acusado
de envolvimento com o caso da
venda de sangue karitiana. Muitos
são os erros cometidos por Rohter e
reproduzidos por este jornal.
1) A notícia é antiga, e a própria
Folha, em junho de 1997, concedeu-me direito de resposta para esclarecer confusões da imprensa à
época que agora renascem.
2) Em 1996, na condição de antropólogo, acompanhei cinegrafistas britânicos que filmavam um documentário entre os karitiana. Entretanto, sendo também médico, vi-me diante de uma situação de
emergência, em razão do precário
estado de saúde dos índios, e prestei-lhes -de modo voluntário e gratuito, e por solicitação deles- atendimento médico. Minha conduta
respaldava-se no artigo 135 do Código Penal, que pune omissão de socorro, e nas recomendações dos artigos 57 e 58 do Código de Ética Médica, ao qual me subordino. A regularidade de minha atuação foi reconhecida por duas CPIs e pelo juiz
federal que analisou o caso -todos
estes ignorados na reportagem de
Rohter.
3) O sangue por mim coletado
-em procedimento médico corriqueiro e necessário para diagnóstico complementar de doenças como
anemias, hepatites, doenças do colágeno, HIV etc.- esteve depositado no laboratório da Universidade
Federal do Pará, centro de reconhecida competência, desde 1996 até
ser requisitado pelas autoridades
de Rondônia. Ele não saiu do Brasil
e tampouco se prestou a fins comerciais.
4) Não fui procurado nem ouvido
pelo senhor Rohter, apesar de meus
contatos (e-mail, telefones etc.) estarem disponíveis em milhares de
sites na internet e em publicações
nas quais tento esclarecer esses
equívocos.
5) Há, por fim, um erro grave na
tradução da Folha. No original de
Rohter, no segundo parágrafo, lê-se
"their blood and DNA collected during that first visit are being sold". A
Folha omite, na tradução, que a coleta que resultou em venda foi a primeira, conduzida por pesquisadores norte-americanos, anterior à
minha visita em pelo menos dez
anos."
HILTON PEREIRA DA SILVA (Belém, PA)
Nota da Redação - Leia abaixo a
seção "Erramos".
Justiça da injustiça
"O caso da juíza Mônica Labuto
Machado ("No Rio, juíza pode ser
punida por trabalhar na rua após
expediente", Cotidiano, 16/8) nos
faz entender melhor por que a Justiça no Brasil não funciona -ou
melhor, só funciona para as classes
endinheiradas."
LUIZ ANTONIO PRATALI (Santos, SP)
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