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Editoriais
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Recordes nos transportes
OS NÚMEROS do último bimestre mostram que o
transporte público em
São Paulo continua a bater recordes de ocupação. Ônibus, metrô e trens da CPTM nunca deslocaram tantos passageiros.
A soma das viagens de usuários
de ônibus atingiu 260,9 milhões
em outubro, cifra inédita para
um único mês. No metrô, de janeiro a outubro, a média para
dias úteis chegou a 3,2 milhões,
alta de 8,6% em relação ao ano
passado inteiro. Na CPTM, o volume transportado até outubro
se aproximou do total de 2007.
Os três meios registraram 400,8
milhões de viagens em outubro,
4% a mais que em setembro.
A rápida expansão é explicada
pelo crescimento econômico,
pela implantação do bilhete único e pelo avanço na integração
entre ônibus e trens. Em comparação com 2004, os dados mostram uma mudança significativa.
Houve grande crescimento de
usuários em ônibus na média
mensal (32,3%). Considerando a
média de uso em dias úteis, também há taxas expressivas de
acréscimo no metrô (33,2%) e
nos trens da CPTM (48,8%).
Para impedir que o avanço se
dê à custa da degradação na qualidade do serviço, é essencial
manter a expansão. Preocupa a
informação de que o metrô paulistano ficou de fora do Orçamento da União de 2009, como
esta Folha noticiou no sábado.
Na esfera municipal, o secretário dos Transportes, Alexandre
de Moraes, afirmou que a política de subsídios vai permanecer.
Para manter a atual tarifa -congelada desde 2006-, a gestão
Gilberto Kassab deverá gastar
R$ 1,2 bilhão em dois anos.
Quanto maior o subsídio, menos dinheiro sobra para investir
na infra-estrutura. No metrô, a
prefeitura deve injetar R$ 250
milhões em 2009, contra R$ 1 bilhão em 2008. São dados que
frustram a expectativa de um aumento da oferta de transporte a
um ritmo capaz de acompanhar
o impulso da demanda.
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