São Paulo, quarta-feira, 18 de novembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Patrocínio ao cinema
"A curiosidade nos leva a ler, nas letras menores, quem são os patrocinadores do filme mais badalado de 2010: "Lula, o Filho do Brasil".
São eles Senai, Camargo Correa, GDF Suez (usina de Jirau), EBX (do neomega empresário Eike Batista), OAS, Odebrecht, JBS (19% pertencem ao BNDESPar), Neoernergia (Coelba, Celpe e Cosern), CPFL, Grandene, Hyundai, Souza Cruz e Rio Claro (do Grupo Odebrecht).
Empreiteiras, distribuidoras de energia elétrica e grandes "financiados" pelo BNDES, na maior parte. Precisa comentar?"
MARIA CRISTINA ROCHA AZEVEDO (Florianópolis, SC)

Rodoanel
"Será que os responsáveis pela construção do Rodoanel pensam que estão brincando de casinha ou de castelo de areia? É inacreditável a naturalidade com que o Crea comenta a conclusão a que se chega: falta de colocação de todas as vigas necessárias para a devida sustentação do local ("Empreiteiras erraram na colocação de vigas, diz Crea", Cotidiano, ontem).
Seriam cinco vigas, mas uma delas rachou no transporte, então colocaram quatro... Assim, sem nenhum escrúpulo, agiram os "garotos" da empreiteira.
E agora? Vão checar toda a obra?
Será que as inúmeras vigas já fixadas o foram da mesma maneira?
Nós, os governados, estamos mesmo nas mãos de uma "molecada" que não se cansa de brincar com coisas sérias e com nosso dinheiro."
MARIA INÊS PRADO (São João da Boa Vista, SP)

IPTU
"Se o prefeito Gilberto Kassab promove aumentos de mais de 40% no "hipertu" por considerar as melhorias implantadas, imagino qual seria o aumento se a cidade estivesse limpa, segura, iluminada, com postos de saúde e escolas para todos. Mudaria até de nome."
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

Ipiranga x São João
"Se Caetano Veloso passasse hoje pelo cruzamento da São João com a Ipiranga, levaria um susto.
É que, exatamente lá, a cracolândia instalou uma filial, e as meninas de deselegância discreta de outrora foram substituídas por crianças, jovens e adultos sujos e mal cheirosos, fumando imundos cachimbos de crack. Mais parecem personagens saídos do clip "Thriller".
E o vizinho famoso desses zumbis, que foi eleito para cuidar da cidade, continua preocupado apenas com as placas dos comerciantes."
LUCAS FREITAS (São Paulo, SP)

Precatórios
"Sou funcionário público estadual aposentado e hoje estou com 82 anos.
Entre as minhas várias ações movidas contra o Estado, uma delas completará 20 anos neste ano.
Os ladravazes dos governadores não me pagam, e cada um passa o "calote" para o seu sucessor. Mas para fazerem propaganda pessoal com o dinheiro do povo existe muito numerário.
Será que viverei para receber o meu dinheiro sonegado até hoje?
Quantos de nós já morreram?
Quando suas viúvas receberão o que nos é devido?"
PAULO ARTHUR TOMASSINI BARRETTO (São Paulo, SP)

Battisti
"Escreveu Marcos Nobre, ontem ("Battisti"), que "não deve haver nenhum atenuante" para o autor de ato terrorista que pretenda "desestabilizar uma democracia em nome de uma outra forma de governo", mas esse caso não deve ser confundido com aquele "cometido em nome de pretensas limitações da democracia existente, em nome de uma democracia que o autor do crime não se vê realizar de fato".
Curioso relativismo este, posto que aquilo que o autor vê como democracia, e quer realizá-la, pode ser, de fato, uma outra forma de governo. E, pelo que entendo, conclui que o autor não deve ser responsabilizado "pelo crime de não ter buscado ampliar a democracia por meios democráticos", porque a democracia não foi, ela mesma, implantada por meios democráticos.
Dada essa condição original da democracia, e sendo "fiel ao impulso que a produziu", segue, então, que atos terroristas estão todos liberados desde que cometidos em busca de uma ampliação da democracia. Seja lá o que isso signifique."
ANTONIO M. DE FIGUEIREDO , professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Coppe da UFRJ (Rio de Janeiro, RJ)

Fora de cena
"Bravo, Gerald Thomas ("Gerald Thomas sai de cena", Ilustrada, ontem)!
Cansado da repetição nas artes, o diretor nos dá uma lição de humildade, inteligência e objetividade. Simples, sem rodeios.
Indubitavelmente retomará o seu lado inventivo e revolucionário, cedo ou tarde. E voltará como um rolo compressor. Por ora, fica o seu exemplo, que deveria ser seguido por muitos outros que não enxergam seu esgotamento criativo e seguem enganando muita gente e utilizando verbas públicas e leis de incentivo para fazer "mais do mesmo".
Gerald Thomas é instigante e permanece inovador, mesmo quando anuncia o seu afastamento do teatro.
O resto é bobagem, "encheção de linguiça", como ele próprio disse."
MARIO SERGIO MÖHRLE BUENO (Santos, SP)

2016
"A posição defendida pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, de focar o investimento apenas em atletas que tiverem reais chances de medalhas é equivocada e contraditória ("Nuzman quer foco em "tops" para a Rio-2016", Esporte, ontem).
Para explicar a estratégia, o presidente usou o caso do vôlei, que começou um projeto em 1977 e, em sete anos, conquistou a medalha de prata. Mas tal resultado seria possível se na época a posição adotada fosse a de investir somente nos atletas com reais condições de medalhas?
A seleção de vôlei de 1977 não entraria na atual lista de beneficiados do presidente do COB.
Da maneira como está sendo conduzido o investimento, a Olimpíada de 2016 apenas reforçará as posições já conquistadas, e uma excelente oportunidade de investir e difundir outros esportes será jogada fora."
PEDRO VALADARES (Brasília, DF)

Saúde
"Sobre a carta da senhora Maria da Conceição Lélis da Fonseca ("Painel do Leitor", 16/11), a Secretaria de Estado da Saúde esclarece que o modelo de organizações sociais de saúde (OSS) não é um sistema privado que visa lucro. Todas as entidades que gerenciam hospitais ou unidades de saúde estaduais são instituições filantrópicas sem fins lucrativos, que recebem apenas recursos destinados à manutenção de cada unidade. Os hospitais continuam pertencendo ao governo estadual, com atendimento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A qualidade dos hospitais paulistas sob contratos de gestão com OSS tem sido atestada, além dos próprios usuários, por estudos acadêmicos e pelo Banco Mundial."
VANDERLEI FRANÇA , assessor de comunicação social da Secretaria da Saúde (São Paulo, SP)

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