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PAINEL DO LEITOR
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Patrocínio ao cinema
"A curiosidade nos leva a ler, nas
letras menores, quem são os patrocinadores do filme mais badalado
de 2010: "Lula, o Filho do Brasil".
São eles Senai, Camargo Correa,
GDF Suez (usina de Jirau), EBX (do
neomega empresário Eike Batista),
OAS, Odebrecht, JBS (19% pertencem ao BNDESPar), Neoernergia
(Coelba, Celpe e Cosern), CPFL,
Grandene, Hyundai, Souza Cruz e
Rio Claro (do Grupo Odebrecht).
Empreiteiras, distribuidoras de
energia elétrica e grandes "financiados" pelo BNDES, na maior parte.
Precisa comentar?"
MARIA CRISTINA ROCHA AZEVEDO
(Florianópolis, SC)
Rodoanel
"Será que os responsáveis pela
construção do Rodoanel pensam
que estão brincando de casinha ou
de castelo de areia? É inacreditável
a naturalidade com que o Crea comenta a conclusão a que se chega:
falta de colocação de todas as vigas
necessárias para a devida sustentação do local ("Empreiteiras erraram
na colocação de vigas, diz Crea", Cotidiano, ontem).
Seriam cinco vigas, mas uma delas rachou no transporte, então colocaram quatro... Assim, sem nenhum escrúpulo, agiram os "garotos" da empreiteira.
E agora? Vão checar toda a obra?
Será que as inúmeras vigas já fixadas o foram da mesma maneira?
Nós, os governados, estamos
mesmo nas mãos de uma "molecada" que não se cansa de brincar com
coisas sérias e com nosso dinheiro."
MARIA INÊS PRADO (São João da Boa Vista, SP)
IPTU
"Se o prefeito Gilberto Kassab
promove aumentos de mais de 40%
no "hipertu" por considerar as melhorias implantadas, imagino qual
seria o aumento se a cidade estivesse limpa, segura, iluminada, com
postos de saúde e escolas para todos. Mudaria até de nome."
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)
Ipiranga x São João
"Se Caetano Veloso passasse hoje
pelo cruzamento da São João com a
Ipiranga, levaria um susto.
É que, exatamente lá, a cracolândia instalou uma filial, e as meninas
de deselegância discreta de outrora
foram substituídas por crianças, jovens e adultos sujos e mal cheirosos, fumando imundos cachimbos
de crack. Mais parecem personagens saídos do clip "Thriller".
E o vizinho famoso desses zumbis, que foi eleito para cuidar da cidade, continua preocupado apenas
com as placas dos comerciantes."
LUCAS FREITAS (São Paulo, SP)
Precatórios
"Sou funcionário público estadual aposentado e hoje estou com
82 anos.
Entre as minhas várias ações movidas contra o Estado, uma delas
completará 20 anos neste ano.
Os ladravazes dos governadores
não me pagam, e cada um passa o
"calote" para o seu sucessor. Mas para fazerem propaganda pessoal com
o dinheiro do povo existe muito numerário.
Será que viverei para receber o
meu dinheiro sonegado até hoje?
Quantos de nós já morreram?
Quando suas viúvas receberão o
que nos é devido?"
PAULO ARTHUR TOMASSINI BARRETTO
(São Paulo, SP)
Battisti
"Escreveu Marcos Nobre, ontem
("Battisti"), que "não deve haver nenhum atenuante" para o autor de
ato terrorista que pretenda "desestabilizar uma democracia em nome
de uma outra forma de governo",
mas esse caso não deve ser confundido com aquele "cometido em nome de pretensas limitações da democracia existente, em nome de
uma democracia que o autor do crime não se vê realizar de fato".
Curioso relativismo este, posto
que aquilo que o autor vê como democracia, e quer realizá-la, pode
ser, de fato, uma outra forma de governo. E, pelo que entendo, conclui
que o autor não deve ser responsabilizado "pelo crime de não ter buscado ampliar a democracia por
meios democráticos", porque a democracia não foi, ela mesma, implantada por meios democráticos.
Dada essa condição original da
democracia, e sendo "fiel ao impulso que a produziu", segue, então,
que atos terroristas estão todos liberados desde que cometidos em
busca de uma ampliação da democracia. Seja lá o que isso signifique."
ANTONIO M. DE FIGUEIREDO , professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Coppe da UFRJ (Rio de Janeiro, RJ)
Fora de cena
"Bravo, Gerald Thomas ("Gerald
Thomas sai de cena", Ilustrada,
ontem)!
Cansado da repetição nas artes, o
diretor nos dá uma lição de humildade, inteligência e objetividade.
Simples, sem rodeios.
Indubitavelmente retomará o
seu lado inventivo e revolucionário,
cedo ou tarde. E voltará como um
rolo compressor. Por ora, fica o seu
exemplo, que deveria ser seguido
por muitos outros que não enxergam seu esgotamento criativo e seguem enganando muita gente e utilizando verbas públicas e leis de incentivo para fazer "mais do mesmo".
Gerald Thomas é instigante e
permanece inovador, mesmo quando anuncia o seu afastamento do
teatro.
O resto é bobagem, "encheção de
linguiça", como ele próprio disse."
MARIO SERGIO MÖHRLE BUENO (Santos, SP)
2016
"A posição defendida pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman,
de focar o investimento apenas em
atletas que tiverem reais chances de
medalhas é equivocada e contraditória ("Nuzman quer foco em "tops"
para a Rio-2016", Esporte, ontem).
Para explicar a estratégia, o presidente usou o caso do vôlei, que
começou um projeto em 1977 e, em
sete anos, conquistou a medalha de
prata. Mas tal resultado seria possível se na época a posição adotada
fosse a de investir somente nos
atletas com reais condições de medalhas?
A seleção de vôlei de 1977 não entraria na atual lista de beneficiados
do presidente do COB.
Da maneira como está sendo
conduzido o investimento, a Olimpíada de 2016 apenas reforçará as
posições já conquistadas, e uma excelente oportunidade de investir e
difundir outros esportes será jogada fora."
PEDRO VALADARES (Brasília, DF)
Saúde
"Sobre a carta da senhora Maria
da Conceição Lélis da Fonseca
("Painel do Leitor", 16/11), a Secretaria de Estado da Saúde esclarece
que o modelo de organizações sociais de saúde (OSS) não é um sistema privado que visa lucro. Todas as
entidades que gerenciam hospitais
ou unidades de saúde estaduais são
instituições filantrópicas sem fins
lucrativos, que recebem apenas recursos destinados à manutenção de
cada unidade. Os hospitais continuam pertencendo ao governo estadual, com atendimento gratuito
pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A qualidade dos hospitais paulistas sob contratos de gestão com
OSS tem sido atestada, além dos
próprios usuários, por estudos acadêmicos e pelo Banco Mundial."
VANDERLEI FRANÇA , assessor de comunicação social da Secretaria da Saúde (São Paulo, SP)
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