São Paulo, sexta-feira, 19 de abril de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Venezuela
"Brilhante e preciso o artigo de Eliane Cantanhêde de ontem ("Charutos ou bombas", Opinião, pág. A2). Apenas acrescentaria que a mídia de uma maneira geral deveria ser mais enfática contra as bazófias do sr. George W. Bush com relação às promessas de caça a Bin Laden, ao final da guerra no Oriente Médio e, mais recentemente, ao golpe na Venezuela. Sem falar nas medidas econômicas que afetam e arrocham todos os países do Terceiro Mundo."
Emilio Ferreira Neto (São Paulo, SP)

"Alguém poderia dizer de onde vem o leitor Roberto Moreira da Silva ("Esquerdas", "Painel do Leitor", 18/4)? Porque, para acreditar que os EUA lutaram contra as ditaduras que "reinavam em toda a América Latina", só mesmo tendo vindo do "país das maravilhas" ou do "reino da fantasia"."
Márcio Silva Muniz (São Paulo, SP)

Sem são Pedro
"Em junho de 2001, a nação foi surpreendida com a crise do setor elétrico. Atendemos solidariamente aos apelos e chamamentos do senhor presidente da República. Com uma parcela de sacrifício, desligamos freezer, ar-condicionado e chuveiro, aposentamos o microondas, reduzimos as lâmpadas das nossas residências e ficamos às escuras nas vias públicas de nossas cidades. Chegamos até a ressuscitar o velho lampião de querosene. Fizemos a nossa parte. Como recompensa, o governo e os nossos parlamentares, no intuito de ajudar as distribuidoras pela suposta perda financeira com o racionamento, resolveram editar medida provisória que aumenta a tarifa de energia elétrica. Na próxima vez em que são Pedro não nos ajudar, será difícil comover o brasileiro. É aquela história: "Gato escaldado tem medo de água fria". Perde o governo naquilo de que ele mais precisa: credibilidade. É ou não é um presente de grego?"
Gilson Ismerim Silva (Salvador, BA)

Oriente Médio
"Fico triste ao ler cartas que justificam o massacre dos palestinos com o argumento de que isso é necessário para garantir a segurança dos israelenses (argumento que, por sinal, contradiz a realidade, pois os atentados em Israel continuam ocorrendo). Peço aos que pensam assim que reflitam: Sharon pode matar centenas de pessoas e destruir todos os postos policiais, os hospitais e os centros administrativos das cidades palestinas. Mas não conseguirá destruir -pelo contrário, está reforçando- o ódio palestino contra ele e contra seus partidários radicais. E não há arma mais letal do que o ódio. O povo israelense paga e continuará pagando pela irresponsabilidade de Sharon, pela conivência de Bush e pela fraqueza da ONU."
Helton de Araújo Ribeiro (São Paulo, SP)

Atendimento bancário
"Sobre o comentário do leitor Sebastião Germano Michelin ("Bancos", "Painel do Leitor", 18/4), alusivo à reportagem "Santander é o primeiro em reclamações contra bancos", e como ex-funcionário de 29 anos de carreira no banco, peço permissão ao nobre comentarista para pedir-lhe sinceras desculpas em nome do bom e velho Banespa. Desculpe..."
Mário Carlos Ferreira (São Paulo, SP)

Educação em SP
"Não conheço o vereador petista expulso. Nunca ouvi falar de Giannazi. Mas a descrição de sua expulsão por defender mais verbas para a educação pública sensibiliza até o mais distante observador do PT. Não há dúvida sobre quem está com a razão: a bandeira do vereador é a de todos os profissionais da educação e, por isso, merece respeito."
Jorge Barcellos, professor (Porto Alegre, RS)

Anúncio
"Acho que a Folha está exagerando na liberdade de propaganda. Eu não assino o jornal de ofertas do Extra. Não me agrada receber meu jornal todos os dias e ver metade da Primeira Página com propaganda cobrindo as notícias. O anúncio do Extra deveria ser mandado para outro espaço."
Adrian Cagnani (Poços de Caldas, MG)

Aumento no STF
"Antes de falarem em aumento, os ministros deveriam falar em trabalho. Só merece aumento quem trabalha ("Ministros do STF estudam aumentar próprios salários", Brasil, pág. A11, 17/4). Por que eles não divulgam quantos processos estão há mais de cinco anos esperando apenas por um despacho? E quantos aguardam há mais de dez anos? Será que eles sabem quanto é o salário mínimo decretado pelo governo? E olhe que o pessoal aqui embaixo não tem recesso de Natal, Carnaval, Semana Santa etc."
Leonardo Feitosa (Curitiba, PR)

CNBB
"A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil realiza a sua 40ª Assembléia Geral, comemorando o seu jubileu áureo. E recebeu, no primeiro dia da Assembléia, a carta autografada do papa João Paulo 2º, que foi entregue aos bispos pelo cardeal Giovanni Battista Re, prefeito da Congregação para os Bispos. A imprensa anunciou a vinda do cardeal Re "com o propósito de determinar que a CNBB retome os valores religiosos e interfira o menos possível nas questões de política e economia". A notícia carece de fundamento. Infelizmente, articulistas insignes, firmados nessa falsa notícia, teceram considerações que atingiram negativamente a CNBB e a sua missão. Em nenhum momento o papa João Paulo 2º, em sua missiva à CNBB, e o cardeal Re, em seus vários pronunciamentos, coibiram ou criticaram o profetismo da CNBB. A insistência papal e do prefeito da Congregação recaíram na urgência de a CNBB ser promotora de efetiva e afetiva colegialidade episcopal em um país de dimensões continentais, que abriga tão numerosos e diferentes bispos. O papa João Paulo 2º e o cardeal Re destacaram ainda o fundamental da missão episcopal: evangelizar. Em sua missão religiosa, que não é sinônimo de alienação, "de ópio do povo", a CNBB se inspira no exemplo e nas palavras de Jesus. Ele fustiga a classe dirigente de seu povo, chamando-a de "raça de víboras" e de "sepulcros caiados". Diante da multidão faminta, apieda-se e multiplica pães e peixes... Na comemoração dos seus 50 anos, a CNBB oferece ao povo brasileiro um verdadeiro presente de aniversário: "Exigências éticas e evangélicas de superação da miséria e da fome". Com esperança e realismo por razões de fé, não por razões de política partidária ou de quaisquer intromissões que não lhes são devidas, a CNBB proclama que um Brasil justo e solidário é possível, rasgando horizontes para que isso aconteça."
Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo de Blumenau (SC), membro da Comissão Episcopal de Pastoral e jornalista (Indaiatuba, SP)

Filantropia
"Em relação à reportagem "Filantropia banca até carros antigos de império luterano" (Brasil, pág. A23, 14/4), a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), a maior das igrejas luteranas no país, com cerca 750 mil membros, no intuito de minimizar o dano à sua própria imagem, esclarece que não mantém vínculo de nenhuma espécie com a Ulbra, entidade à qual se reportou a referida reportagem."
Huberto Kirchheim, pastor presidente da IECLB (São Paulo, SP)



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