São Paulo, domingo, 19 de novembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Ensino religioso
"O leitor Roberto Martins pondera, neste "Painel do Leitor" (17/11), que, em nome do Estado laico, muitos meios de comunicação permitem que, nos temas polêmicos, todos opinem, menos as igrejas, cujas convicções deveriam ficar encurraladas nos lares e nas igrejas. E pergunta: "Isso é pluralismo?". A resposta é: sim! É exatamente isso que chamamos de pluralismo. A igreja, qualquer uma, pode dizer a seus seguidores que aborto é pecado, que casamento gay é pecado etc. Mas não pode, em nome desse pluralismo, tentar impedir que os que não professem sua fé sejam obrigados a acatá-la. Entre ter opinião e impô-la aos outros, há uma enorme diferença."
HOMERO OTTONI JÚNIOR (Atibaia, SP)

Tráfego aéreo
"É incoerente e inadmissível que um jornal como a Folha, historicamente defensor da democracia, concorde com as atitudes violentas e abusivas que o Comando da Aeronáutica vem tendo com os controladores de vôo (editorial "Asas ao descontrole", Opinião, 17/11). A greve é um direito a que todos os cidadãos deveriam ter acesso. E quando a Folha diz que as ações da Aeronáutica de prender todos os controladores de vôo é melhor do que deixar a burguesia brasileira sujeita às ocasionais greves, sinto-me não só preocupada e temerosa com a tendência que o jornal vem tendo desde a cobertura das eleições mas também indignada e com vergonha de ser leitora de um jornal que se vem mostrando tão parcial e, infelizmente, defensor de atitudes ditatoriais."
THANA MARA DE SOUZA (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Militares não têm direito a greve. Não há, até aqui, informações de que tenha havido atitudes "violentas e abusivas" da parte da Aeronáutica durante a presente crise aérea.

Privatização
"Não quero aqui ampliar um debate que me parece por demais equivocado. Erram os que ignoram, integralmente, os benefícios que a privatização trouxe para o desenvolvimento econômico do país. Houve erros no processo, mas esperar algo diferente em um país com as dificuldades de governabilidade que nós temos é sonhar acordado. O leitor George Aravanis (17/11) fala da ampliação da dívida pública como sendo resultado da privatização. Vamos com calma! O aumento da dívida pública no governo FHC é resultado da assunção (recepção) da dívida pública dos Estados e das grandes capitais brasileiras. Esse processo não tem absolutamente nada a ver com aposentadoria de servidores das empresas estatais. Aliás, onde eles iriam se aposentar? No INSS do setor privado? O artigo de Alexandre Schwartsman foi no caminho certo."
EMERSON ALVES (Paulínia, SP)

Previdência
"Enquanto se arrastam as intermináveis discussões em torno de medidas para reduzir o crescente déficit da Previdência, talvez a primeira e mais importante delas, até para legitimar a proposição das demais, seria o combate duro e implacável aos fraudadores do órgão. Quase diariamente a imprensa noticia a ação de quadrilhas (formadas por advogados, contadores, empresários, laranjas, políticos e, naturalmente, funcionários da casa) envolvidas em crimes de sonegação previdenciária e recebimento indevido de benefícios. Os prejuízos somados ao longo dos anos exigem uma maior fiscalização e a punição exemplar desses maus brasileiros."
YVETTE KFOURI ABRÃO (São Paulo, SP)

Cultura
"Excelente o artigo de Jorge da Cunha Lima publicado em 16/11 ("E a cultura, presidente?'). Com sobriedade, Lima se dirige ao principal fator de formação de uma verdadeira nação: a valorização cultural. Num país em que a cultura popular é tão rica, tão explosiva, seria um grande fator de estímulo um incentivo mais bem articulado por parte de nosso governo. Assim, uma formação que unisse a cultura popular e a erudita seria a química perfeita para um projeto educacional autêntico, haja vista que, nos dizeres do autor, "educação sem cultura é o mesmo que catecismo sem fé". O que é lamentável é o pouco que se faz atualmente: apenas 0,6% do Orçamento federal é destinado à área, fato que deve ser considerado, antes de tudo, ridículo."
GIL ROBERTO COSTA NEGREIROS , coordenador de letras do Universitas (Itajubá, MG)

Consciência negra
"É revoltante e vergonhoso um feriado como o de amanhã. Um país pobre e em estado calamitoso nos seus recursos de saúde, de educação e de tudo mais, não pode se dar ao luxo de suspender por um dia toda a sua economia por uma razão simplesmente politiqueira e demagógica. A consciência negra, branca, árabe, judaica ou qualquer outra deve ser lembrada e comemorada com trabalho, com produção e com justiça, e não com um simples cruzar de braços e de "papo pro ar" em uma praia qualquer. Desse jeito, jamais chegaremos a um crescimento no mínimo mediano, quanto mais aos 5% preconizados pelo atual governo."
JORGE DERVICHE FILHO (Curitiba, PR)

Obras
"No "Painel do Leitor" de 16/11, o senhor Marco Antônio Antunes, gerente de comunicação social da construtora Norberto Odebrecht , diz que "apenas uma parte mínima, cerca de 10% desse valor (US$ 1,185 bilhão), foi garantida por um organismo de crédito brasileiro ao governo da Venezuela, no caso o Banco do Brasil". Entendi direito? O Banco do Brasil está ajudando a financiar uma obra no exterior? Essa parte mínima é da ordem de US$ 100 milhões? A Venezuela precisa de dinheiro com aquele petróleo todo? Ou o Incor é que precisa? Ou os hospitais públicos é que precisam? Qual é a prioridade deste governo?"
MARGARETH REZENDE ROQUE (Aparecida, SP)

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