São Paulo, sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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McCartney
Infelizmente não poderei vibrar com o show do sempre "beatle" Paul McCartney. Ir ao Morumbi, depois de uma viagem de Curitiba, sem logística para facilitar o meu deslocamento em Sampa, não é para muitos. Mas ontem ganhei um prêmio de consolação: o caderno especial "McCartney em São Paulo".
Infelizmente, Curitiba não esteve no roteiro do Macca. Se estivesse, seria mais uma experiência inesquecível. Portanto, aguardarei as narrativas dos shows. Vá lá, Ivan Finotti, e conte tudo na Folha.
DORALICE ARAÚJO (Curitiba, PR)

PMDB x PT
A briga de foice nos bastidores do Planalto já começou. O PMDB e o PT mais se parecem com hienas quando brigam pelos cobiçados cargos na administração pública. Ainda que sejam "animais" da mesma espécie, eles são de clãs diferentes. Nenhum deles aceita o domínio do outro.
Com orçamentos bilionários, os ministérios, fundos de pensão e as estatais representam verdadeiros filés para quem necessita sobreviver politicamente.
Nesse cenário, Dilma faz o papel de cordeiro. Afamada por ser valente com seus semelhantes, ela pouco pode fazer diante da voracidade dos que a cercam.
ROBERTO DE MORAES (São Roque, SP)

Novo padrão
No artigo "Novo padrão de mudança social" ("Tendências/ Debates", 17/11), o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, argumenta que o Brasil conviveu nas últimas décadas com três padrões diferentes de mudança social: o primeiro entre 1960 e 1970, o segundo entre 1981 e 2003 e o terceiro de meados da década de 2000 até agora.
Não é necessário ser economista para perceber que o artigo é uma simples propaganda política do atual governo. Pochmann dá um tom técnico e apresenta uma série de números para sustentar a tese demagógica de que este é o "país que está dando certo", em oposição ao "país que deu errado". Ou ainda repisar o desgastado discurso de que "nunca antes na história deste país...".
Pessoas bem informadas sabem que as mudanças ocorridas aqui ao longo das últimas décadas não podem ser simplificadas dessa maneira. O presidente Lula não é o responsável por tudo que acontece de positivo no país.
IVAN DAUCHAS (São Paulo, SP)

PanAmericano
Na reportagem "Auditoria nega erro em banco de Silvio" (Mercado, ontem), o senhor Maurício Pires Resende diz que o "auditor não fecha balanço nem prepara demonstração financeira (...) O nosso trabalho é verificar se o dado está correto".
Mas, se o que a auditoria deu como correto estava incorreto, quem errou?
Há 32 anos na profissão de contador, e atendendo auditores durante esses anos todos, nunca vi uma auditoria deixar de verificar a autenticidade dos ativos declarados no balanço patrimonial da empresa.
Se não fosse essa a obrigação das auditorias independentes, o que seria dos acionistas? Ficariam à mercê dos diretores?
MARCIO MICHELAN (Bragança Paulista, SP)

 

Em relação à reportagem "Auditoria ignorou checagens básicas" (Mercado, 17/11), a informação de que os novos diretores do banco PanAmericano teriam recebido o balanço da Deloitte não procede. O banco ainda não recebeu o balanço. Logo, os diretores não poderiam ter se negado a assinar o balanço.
Como a informação não procede (como a Deloitte também afirmou), gostaríamos de solicitar uma retificação.
RAFAEL MACHADO , Cia da Informação, assessoria de imprensa do PanAmericano (São Paulo, SP)

Licença-prêmio
Em relação à reportagem "AGU dá benefício à mulher de Gilmar Mendes" (Poder, ontem), a AGU esclarece o que segue.
1) O direito à indenização da licença-prêmio não gozada já foi reconhecido pelo TCU, pelo STJ, pelo Conselho da Justiça Federal e pelo Ministério Público Federal. O STF tem se manifestado favoravelmente à pretensão de servidores de converter licença-prêmio em indenização.
2) A servidora aposentada Guiomar Feitosa, após recurso administrativo, obteve a concordância da Consultoria-Geral da União, fundamentada em reiterada jurisprudência de tribunais superiores. A decisão da CGU envolve outros 20 servidores da AGU que se encontram na mesma situação. A AGU também propôs ao Ministério do Planejamento a adoção de súmula administrativa que abranja toda a administração.
3) Ao contrário do que afirma o texto, nenhum servidor da AGU recebeu o benefício. A conversão de licença-prêmio em pecúnia depende de análise do MPOG.
4) A lei 9.527 não proíbe o pagamento de indenização pecuniária em casos de licença-prêmio, mesmo que não o preveja expressamente. Daí a razão de reiterada jurisprudência nos tribunais pela concessão da indenização.
5) Por fim, a posição da AGU tem amparo na necessidade de defesa do erário e de redução da litigiosidade judicial, propondo no âmbito da administração pública a incorporação de posições já pacificadas na Justiça.
Nenhum dos fatos acima foi citado ou considerado pela reportagem, mesmo sendo o repórter informado deles. A AGU encaminhou à Folha, em anexo, várias decisões que amparam a posição da instituição.
ADÃO PAULO OLIVEIRA , assessor de comunicação social da AGU (Brasília, DF)

RESPOSTA DO JORNALISTA MATHEUS LEITÃO - A jurisprudência pela concessão do benefício no STJ não anula a lei 9.527, que impede a conversão da licença prêmio em pecúnia para o servidor do Executivo, caso de Guiomar. A própria AGU negou administrativamente pedidos semelhantes, e o Planejamento tem sido contrário ao benefício em casos análogos.

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