São Paulo, quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Fidel
"Hoje, mal cheguei ao escritório, li, surpreso, o pronunciamento de Fidel. Um texto tão digno e correto que o transcrevo: "Meu dever elementar não é agarrar-me a cargos, muito menos obstruir a passagem a pessoas mais jovens, mas levar minhas experiências e idéias, cujo modesto valor provém da época excepcional que me coube viver. (...) Desejo somente combater como um soldado das idéias. (...) Será uma arma a mais com a qual se poderá contar. Talvez minha voz seja escutada.
Serei cuidadoso. Obrigado".
E foi entusiasmado com essa declaração tão humana e verdadeira que recebi telefonema de meu neto Carlos Eduardo, fotógrafo, que há mais de um mês trabalha em Cuba num roteiro sobre a Revolução Cubana. E o assunto de Fidel voltou à baila, ele a me contar, emocionado, a tristeza imensa com que o povo cubano acompanha o afastamento de Fidel como presidente e comandante revolucionário. No seu relato, o que ele sentiu, e que não me causa surpresa, foi a confiança no futuro que os cubanos revelam diante dos fatos que estão acontecendo, certos de que o grande líder revolucionário seguirá atento aos problemas do país, ameaçado como toda a América Latina pelas forças reacionárias do império norte-americano.
E isso Fidel deixa claro em seu pronunciamento, resolvido a continuar a participar das questões políticas que afetam o seu país."
OSCAR NIEMEYER, arquiteto (Rio de Janeiro, RJ)

PSDB
"O texto "Receita detecta notas frias na campanha de Serra em 2002" (Brasil, 19/2) baseia-se em um relatório preliminar, superado pelo relatório final encaminhado ao PSDB, ao qual o jornalista também teve acesso.
As notas citadas não se referem a despesas da campanha presidencial, mas a despesas efetuadas pelo partido antes do início oficial da campanha e da instalação do respectivo comitê financeiro. Como é óbvio, nenhum candidato tem responsabilidade, mesmo indireta, pelas despesas de seu partido.
Outro erro: o PSDB não foi autuado em R$ 7 milhões, mas em R$ 3 milhões. Esta importância corresponde ao IR que deveria ter sido pago se o partido não tivesse imunidade tributária. Isso também foi esclarecido ao repórter.
A expressão "notas" frias pode dar a entender que o PSDB declarou despesas fictícias. Não é verdade. A Receita reconheceu as provas apresentadas pelo PSDB de que os serviços foram prestados. O que ela questiona são formalidades que consideramos improcedentes e estamos contestando.
O PSDB está seguro quanto à correção de suas contas. As contas do partido foram aprovadas em 2003; as da campanha, em 2002."
SÉRGIO GUERRA, presidente nacional do PSDB (Brasília, DF)

Resposta do repórter Leonardo Souza - O "relatório final" mencionado pelo senador (o auto de infração lavrado pela Delegacia da Receita Federal de Brasília) manteve o entendimento de que duas empresas emitiram notas frias ao PSDB. O partido não comprovou a prestação de serviços de uma delas (Gold Stone); a outra (Marka) foi considerada inidônea pelo fisco para emissão de notas. Documento da Receita informa textualmente que duas notas referem-se a comícios do candidato tucano à Presidência. O vice-presidente-executivo do PSDB, Eduardo Jorge, em entrevista gravada com sua anuência, e o advogado do partido Afonso Ribeiro, na presença de dois funcionários do PSDB, confirmaram à Folha que o auto de infração foi da ordem de R$ 7 milhões.

Universal
"A comunidade evangélica do Brasil apóia no seu inteiro teor o editorial de Primeira Página de ontem ("Intimidação e má-fé'), pois a liberdade religiosa sempre foi defendida pela Folha.
As ações movidas por pessoas mal-intencionadas e litigantes de má-fé serão repudiadas na justiça dos homens e na justiça de Deus.
Os "tartufos" que a Folha condena, nós também condenamos, pois há igrejas sérias e honradas que fazem um trabalho religioso e social da mais alta relevância no Brasil."
CLAUDIO GERIBELLO, presidente da Confederação Nacional das Igrejas Evangélicas do Brasil (São Paulo, SP)

"A atitude dos gerentes da Igreja Universal é lastimável e deve ser repudiada por toda a sociedade. Li a reportagem por completo e não vislumbrei nenhuma ofensa à igreja ou aos fiéis. O que ali está consignado trata da "empresa" que dá sustentação financeira à igreja."
FRANCISCO AUGUSTO DA SILVA (Juazeiro do Norte, CE)

"Magnífico o editorial "Intimidação e má-fé". Lendo-o, percebi-me testemunha de um momento histórico, em que o bom jornalismo se ergue, com a segurança de sua dignidade, para defender os valores democráticos, combater a exploração mercantil da religiosidade e impedir que um grupo econômico cerceie o direito dos cidadãos de conhecerem a verdade."
MARCELO O. DANTAS, escritor e diplomata (Brasília, DF)

"A reportagem veiculada pela Record no "Domingo Espetacular", de conteúdo manipulador e completamente tendencioso, entrevistando advogados ligados à Universal, revela um verdadeiro esquema orquestrado de ataque ao compromisso da Folha e da jornalista Elvira Lobato com a verdade dos fatos."
LUCAS ANTONIO RIBAS CASAGRANDE (Ribeirão Preto, SP)

"Há muito alarde sobre as ações da Universal. Se o sistema permite as ações, que a Folha se defenda com as regras da lei.
Quando a Federação Israelita do Rio, de maneira contundente e arbitrária -e sem tempo de defesa-, impediu o desfile do carro alegórico de uma escola de samba, a Folha achou normal. Não vi reações da imprensa quanto a esse descalabro.
Agora a Iurd está a se defender.
Acho que a Folha deveria também se defender, e não tentar invocar os "deuses" para defendê-la."
WILSON BOLOGNESI (Arapoti, PR)

"Fiquei estupefato com o editorial de ontem. Se as reportagens de Elvira Lobato são verdadeiras e consistentes, não há motivo para o jornal se preocupar com os que buscam salvaguarda jurisdicional por se sentirem agredidos -e não importa em que termos o fazem.
Ademais, parece-me um desprezo à inteligência dos litigantes acreditar que eles só recorrem à Justiça por serem instados por seus pastores. E a Folha é um jornal que circula em todo o país. Por que estranha as petições em nível nacional?
O jornal deve estar preparado para as reações que suas reportagens suscitam."
SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP)

Folha, 87
A Folha agradece as felicitações por seus 87 anos recebidas de: Gilberto Kassab, prefeito (São Paulo, SP); Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Anvisa (Brasília, DF); Jackson Schneider, presidente da Anfavea (São Paulo, SP); Arnaldo Jardim, deputado federal, vice-líder do PPS (Brasília, DF); Vanderlei Macris, deputado federal -PSDB-SP (Brasília, DF).

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