São Paulo, domingo, 20 de setembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Documento único
"A unificação dos números de CPF, Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação e passaporte é uma atitude inteligente e necessária. Não há razão para a existência de tantos números diferentes. Prega a sabedoria e o bom senso que um só número é suficiente para identificar uma pessoa, seja em que situação for. E é muito mais fácil saber quem é a pessoa e o que ela está fazendo com uma única consulta. Unificação numeral já!"
MÁRIO NOGUEIRA NETO (Ponta Grossa, PR)

Heróis
"Desde criança sempre admirei a frase inspirada do almirante Barroso antes da batalha de Riachuelo, em 1865: "O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever". Qual não foi a minha surpresa e decepção ao ler, abaixo da estátua do almirante Nelson em Trafalgar Square, Londres: "England expects that every man will do his duty", dita em 1805. Está lá para quem quiser ver. Que pena! Até as frases dos nossos heróis são de segunda mão."
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)

Reforma agrária
"Sem atualizar os índices de produtividade rural vamos perpetuar o latifúndio improdutivo. O mundo já fez a reforma agrária. No Brasil, o índice de produtividade rural é quem perpetua os latifúndios e impede a reforma. Precisamos criar condições para assentar o maior número de famílias voltadas para produção de alimentos, transformar o Brasil no maior produtor rural do planeta, abastecendo nossas mesas e exportando alimentos para o mundo. Com isso vamos também criar emprego e renda, evitar o inchaço das metrópoles e contribuir para diminuir a violência.
Para isso temos de enfrentar lobbies poderosíssimos que querem manter os latifúndios e a monocultura voltada para exportação. Mudar a face do campo para melhorar a vida na cidade, essa luta não é só do MST, mas de todos os brasileiros."
EMANUEL CANCELLA (Rio de Janeiro, RJ)

Deputados
"A reportagem sobre as emendas clonadas que favorecem as petroleiras (Dinheiro, 18/9) esqueceu de sugerir que este bom serviço prestado pelos parlamentares poderia ser remunerado. Todos sabem que o principal produto que os parlamentares têm a oferecer ao mercado são justamente emendas e leis feitas nos departamentos jurídicos das respectivas empresas. Isto explica o paradoxo de que muitos parlamentares gastam muito mais dinheiro em suas campanhas eleitorais do que a soma do salário que receberão durante o mandato."
ALEXANDRE RUSZCZYK NETO (Porto Alegre, RS)

Poupança
"Não é justo! Quando a poupança era a lanterninha das aplicações, muitos poupadores, receosos de perder suas reservas e chamados pelos analistas do mercado financeiro de pessoas com "perfil conservador", mantiveram suas economias nessa aplicação, lastreando programas públicos de habitação e, provavelmente, ajudando em outros aspectos da política financeira e de seus indicadores econômicos.
Certamente não eram especuladores, mas pessoas que passaram boa parte da vida economizando o que podiam para garantir incertezas futuras. Esse deve ser o perfil da maioria dos quase um milhão de poupadores que hoje têm mais de R$ 50 mil na poupança. Agora serão taxados e tachados como especuladores! Se o propósito é evitar a migração de outras aplicações para a poupança, que se estabeleçam regras que não penalizem o poupador tradicional. Defina-se uma data a partir da qual os depósitos em poupança que ultrapassarem o valor estabelecido sejam tributados, para não tratar as economias de toda uma vida das velhinhas de Taubaté como especulações de mercado."
EDUARDO GARCIA (São Paulo, SP)

Bingos
"Magnífico o editorial "Jogo Perigoso", de 18/9. Ele reproduz de maneira clara, objetiva e profunda a verdadeira finalidade da proposta de reabertura das casas de bingo e dos caça-níqueis. Fazer acreditar que a intenção é destinar recursos para a saúde, a cultura, o esporte e a segurança, ou mesmo fomentar o turismo, como já dizem alguns, é subestimar a inteligência de qualquer cidadão deste nosso pobre país. Fazer cadastro dos "dependentes do jogo", como diz a proposta, além de representar uma odiosa discriminação, demonstra pouca inteligência, considerando-se que estes serão os maiores clientes."
EDGARD CRUZ COELHO (São Paulo, SP)

Barragem
"Com relação à carta de Geraldo Nunes Sebastiani (16/9), esclarecemos que o governo do Estado não tem menosprezado o valor de Taiaçupeba. O início da operação do reservatório, em 1978, foi impedido por uma ação movida pela indústria Manikraft questionando o valor da desapropriação. O processo tramitou por 30 anos e foi concluído em fevereiro de 2008. O impasse jurídico favoreceu a invasão de parte da área do lago. Após a sentença, o Estado iniciou a remoção de 821 ocupações e está licitando a demolição das instalações da Manikraft. A expectativa é concluir essas ações ainda em 2009. A operação do Taiaçupeba não tem nenhum impacto nas enchentes do Aricanduva. Toda a água de reservatório é destinada ao abastecimento público."
GRÉGORY MARTINS , do Departamento de Águas e Energia Elétrica (São Paulo, SP)

Judiciário
"No julgamento que livrou da cadeia e do júri popular o autor de grave acidente de trânsito em Brasília, uma juíza do TJ se queixou da "indevida banalização do dolo eventual". Como assim? Quer dizer que a banalização da violência no trânsito é de somenos importância? Enquanto a magistrada proferia sua decisão, caía em prantos um adolescente, filho de uma das vítimas mortas no acidente. Cena macabra, triste retrato de nosso Judiciário."
MARCOS ANTONIO PAULINO DA SILVA (Brasília, DF)

Rondônia
"A falta de transparência dos políticos sobre os gastos por eles efetuados é uma demonstração de despreocupação para com a vontade pública. O pior, no entanto, se revela no desperdício descarado de recursos. Em Vilhena (RO), a Câmara Municipal mantém a mesma atitude do Legislativo nacional, exposta na reportagem "Assembleias ocultam gastos com deputados e contratos" (Brasil, 18/9). Segundo denúncias, os dez edis vilhenenses consumiram só nos cinco primeiros meses do ano R$ 125 mil com diárias e quase R$ 80 mil com "manutenção" de softwares. Um dos vereadores teve a coragem de se mostrar indignado: "Não sei por que vocês se preocupam tanto com o valor das diárias. Tem coisa muito pior na Câmara envolvendo dinheiro"."
HERBERT WEIL (Vilhena, RO)

Pedágios
"O depoimento do leitor Alberto Benedito de Souza (13/9) está em desacordo com os dados referentes à cobrança de pedágio nos trechos que ele teria percorrido. Nos EUA, as rodovias interestaduais não são federais: são uma sequência de trechos estaduais. Alguns Estados cobram pedágio, outros não. Esta pode ter sido a experiência do leitor. Nas 432 milhas de distância entre Boston (Massachussets) e Fredericton (Canadá) só são cobrados pedágios em dois trechos: um de 76 milhas entre York e West Gardiner, com tarifa de US$ 5, e em 15 milhas entre Portsmouth e a divisa de New Hanpshire, cuja tarifa é de US$ 2 -ou seja, US$ 0,083 dólares por quilômetro. Nos trechos dos outros Estados não é cobrado pedágio."
IVSON QUEIROZ , assessor de Comunicação da ABCR (São Paulo, SP)

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