![]() |
![]() São Paulo, terça-feira, 21 de janeiro de 2003 |
![]() |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR Coisas que acontecem "São coisas que acontecem", diz o delegado sobre o homem que ficou 18 dias na cadeia sem motivo para ficar preso (Cotidiano, edição de 16/1). Uma sindicância vai apurar se houve falhas... Como se pode cogitar que não tenha havido falhas? O único trabalho da sindicância é determinar de quem foram as falhas!" Sonia F. G. Marmo (São Paulo, SP) Mediação brasileira "Muito simpática a idéia do governo brasileiro de oferecer-se como um dos países mediadores entre o governo e os oposicionistas da Venezuela. Um mediador deve ser neutro. Não deve estabelecer contatos com uma só das partes. Não pode mostrar simpatia por um só do lados. Tomara que o Brasil não passe pelo vexame de ser vetado pelos oposicionistas venezuelanos." Mario Barbedo (São Paulo, SP) ![]() "Não é preciso ser cientista político para compreender o verdadeiro interesse dos EUA ao condenarem a atitude do nosso presidente quando ele sinaliza apoio a Hugo Chávez. Enquanto Lula tenta fortalecer laços com governos eleitos pela legitimidade do voto, o Tio Sam aposta no expediente dos golpes, fortalecendo opositores, a exemplo do que já foi feito no Brasil na década de 60." Odilon Antonio Menegusso (Limeira, SP) Maranhão "A pretexto de criticar o governo Lula por sua posição em relação à disputa pela presidência do Senado, a sra. Gabriela Wolthers (edição de 18/1, pág. A2) ataca de maneira injusta o ex-presidente e senador José Sarney e atinge com inverdades o governador José Reinaldo Tavares. Diferentemente do que ela afirma, as "marcas" que o governo Sarney "deixou na história" foram a consolidação democrática (Lula quase se elege presidente naquela época) e os avanços sociais. A origem do dinheiro apreendido pela Polícia Federal durante invasão armada ao escritório do marido da então governadora Roseana Sarney, com clara motivação política, foi suficientemente explicada no foro competente. O governador José Reinaldo Tavares foi eleito democraticamente no primeiro turno da última eleição com 51,2% dos votos válidos, e não, como afirma a articulista, "depois de uma polêmica decisão da Justiça". A polêmica foi criada pelos que não souberam acatar o resultado das urnas e a decisão da Justiça de diplomar e empossar o candidato eleito." Antonio Carlos Lima, gerente de Comunicação Social do governo do Maranhão (São Luís, MA) Resposta da jornalista Gabriela Wolthers - José Reinaldo Tavares não saiu das urnas com 51,2% dos votos válidos. Ele obteve 48,4% e só atingiu a maioria necessária para se eleger no primeiro turno após a Justiça ter anulado os votos do candidato Ricardo Murad (PSB). Zarattini "Na edição de 15/1, saiu publicada uma reportagem sobre a demissão de dois funcionários da Secretaria Municipal dos Transportes por terem se comunicado com cooperativas de peruas em momento de licitação. O que me causa espanto é a relação feita e o título ('Tatto demite servidores da gestão Zarattini'), citando Carlos Zarattini como se este estivesse envolvido no caso. Gostaria de deixar o meu protesto como mãe do ex-secretário Carlos Zarattini, que teve um desempenho ímpar na Secretaria Municipal dos Transportes. Foi obrigado a se demitir pelas pressões que sofreu por não ter atendido aos interesses de empresários desonestos. Sou ex-mulher de Ricardo Zarattini, que é conhecido pelo seu passado de luta contra a ditadura militar e que sofreu no cárcere as consequências de querer a volta do regime democrático no país -regime que hoje permite aos jornalistas noticiarem os fatos do cotidiano. É preciso chamar a atenção dos que fazem um jornalismo irresponsável e inconsequente como nesse caso -que nos leva a crer que existam interesses inconfessáveis ou problemas pessoais-, com a finalidade exclusiva de denegrir a imagem de pessoas que sempre lutaram e lutam para o bem do povo e da nação." Alceste Rolim de Moura (São Paulo, SP) Barreiras à inclusão "Não duvido dos bons propósitos do presidente ao tomar medidas que beneficiem a inclusão social da população marginalizada. Entretanto sistemáticas complicadas na implementação, na fiscalização e no controle dessas medidas podem torná-las inoperantes. É o que vai acabar acontecendo com o Fome Zero, cujo controle pode sair mais custoso do que os próprios alimentos, além de propiciar as costumeiras tramóias. O PT deverá ser muito cuidadoso para evitar formas cartoriais de administração." Luigi Petti (São Paulo, SP) Violência juvenil "O dr. Ednei José Dutra de Freitas ("Painel do Leitor", edição de 14/1) explica muito bem a gênese da violência que vem sendo praticada no Brasil, principalmente pelos jovens. Trata-se de uma juventude sem perspectiva de trabalho e com uma grande sede de consumo. Também devemos dar o devido crédito à política neoliberal praticada pelo governo brasileiro na última década, que desmontou o Estado, prometendo modernidade, e só trouxe desemprego e dívidas." José Menezes Netto (Macaé, RJ) Desarmar os espíritos "Brilhante, lúcida e ponderada opinião dp advogado Carlos Miguel Aidar, publicada sábado na pág. A3, na seção "Tendências/Debates". Acrescento que a violência é estrutural, haja vista o espírito beligerante de potências e as suas motivações intolerantes. Resta-nos investir nos seres humanos, desarmando seus espíritos." Ângela Luiza S. Bonacci (Pindamonhangaba, SP) Desatenção legislativa "A reportagem "Para petista, faltou atenção maior ao IPTU" (edição de 16/1) traz um retrato exato dos governistas na Câmara Municipal. É vergonhoso votar sem conhecimento. O Legislativo erra pela segunda vez, vide a votação do Plano Diretor. Os prejudicados são a população e o erário público." José Sinésio de Morais (São Paulo, SP) Cidade Universitária "Apesar dos casos de violência ocorridos na Cidade Universitária, a prefeitura do campus da USP na capital tem agido de forma extremamente relapsa em relação à segurança das pessoas. Há sérios problemas de iluminação no campus, provocando a existência de focos de escuridão que representam risco para as pessoas. Mas o mais vergonhoso é o descaso com o corte do mato. No bolsão para estacionamento da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, bem como nos entornos dos três prédios da faculdade, a altura do mato é igual à altura de uma pessoa! É um esconderijo perfeito para criminosos!" Ricardo de Sequeira Lugó (São Paulo, SP) Documentários "É com alegria que leio o artigo "Documentário não é mais um palavrão", de Walter Salles, publicado no último sábado na Ilustrada. Devemos lembrar que o cinema, enquanto forma de arte, deve buscar o esclarecimento e a discussão de temas essenciais. Documentários podem não tratar de assuntos agradáveis, mas são importantes instrumentos que desvendam os dilemas da nossa sociedade. Preocupa-me a apropriação do cinema por parte do entretenimento superficial e idiotizado, que usa a violência gratuita e inconsequente. Filmes devem oferecer divertimento honesto e instigante. E, acima de tudo, devem fazer as pessoas pensarem." Rodrigo Gonzaga Sagastume (Brasília, DF) Texto Anterior: João Herrmann Neto: O sonho tem de continuar Próximo Texto: Erramos Índice |
![]() |